Sobre a revista
A Critical Care Science (Crit Care Sci), ISSN 2965-2774 (anteriormente Revista Brasileira de Terapia Intensiva), é uma publicação contínua da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) e da Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos (SPCI) e tem como objetivo divulgar pesquisas clínicas, epidemiológicas, translacionais e de serviços de saúde de alta qualidade relacionadas à medicina intensiva de adulto e pediátrica.
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Artigo Original
Eficácia da melatonina na redução da incidência de delirium em pacientes adultos graves: um ensaio clínico randomizado
Crit Care Sci. 2024;36:e20240144en
Resumo
Artigo OriginalEficácia da melatonina na redução da incidência de delirium em pacientes adultos graves: um ensaio clínico randomizado
Crit Care Sci. 2024;36:e20240144en
DOI 10.62675/2965-2774.20240144-pt
Visualizações78RESUMO
Objetivo:
Determinar se a melatonina enteral diminui a incidência de delirium em adultos em estado grave.
Métodos:
Neste estudo controlado e randomizado, os adultos foram admitidos à unidade de terapia intensiva e/ou receberam apenas o padrão de cuidado habitual (Grupo Controle) ou o tratamento combinado com 3mg de melatonina enteral uma vez ao dia às 21h (Grupo Melatonina). A ocultação da alocação foi feita por meio de envelopes selados opacos e numerados sequencialmente. O intensivista que avaliou o delirium e o pesquisador que realizou a análise dos dados foram cegados quanto à alocação do grupo. O desfecho primário foi a incidência de delirium dentro de 24 horas de internação na unidade de terapia intensiva. Os desfechos secundários foram a incidência de delirium nos dias 3 e 7, a mortalidade na unidade de terapia intensiva, a duração da internação na unidade de terapia intensiva, a duração da ventilação mecânica e o escore da escala de desfecho de Glasgow (na alta).
Resultados:
Foram incluídos 108 pacientes na análise final, com 54 sujeitos em cada grupo. Em 24 horas de internação na unidade de terapia intensiva, a incidência de delirium não foi diferente entre os Grupos Melatonina e Controle (29,6% versus 46,2%; RR = 0,6; IC95% 0,38 – 1,05; p = 0,11). Nenhum desfecho secundário apresentou diferenças estatisticamente significativas.
Conclusão:
Em adultos em estado grave, 3mg de melatonina enteral não foi mais eficaz que os cuidados padrão na redução da incidência de delirium.
Palavras-chave: deliriumEstado terminalMelatoninaRitmo circadianoTranstornos do sono-vigíliaUnidades de terapia intensivaVer mais -
Ponto de Vista
Por que o escore Sequential Organ Failure Assessment precisa ser atualizado?
Crit Care Sci. 2024;36:e20240296en
Resumo
Ponto de VistaPor que o escore Sequential Organ Failure Assessment precisa ser atualizado?
Crit Care Sci. 2024;36:e20240296en
DOI 10.62675/2965-2774.20240296-pt
Visualizações176O escore Sequential Organ Failure Assessment (SOFA) foi desenvolvido há quase 30 anos. Rapidamente, tornou-se um dos sistemas de pontuação mais utilizados em terapia intensiva, tanto para a prática clínica quanto para a pesquisa,(,) e continua sendo uma das pontuações mais citadas em nossa especialidade. Desde sua descrição original, houve mudanças substanciais na prática clínica […]Ver mais -
Artigo Original
Avaliação físico-funcional abrangente de sobreviventes de internação em unidade de terapia intensiva devido à COVID-19
Crit Care Sci. 2024;36:e20240284en
Resumo
Artigo OriginalAvaliação físico-funcional abrangente de sobreviventes de internação em unidade de terapia intensiva devido à COVID-19
Crit Care Sci. 2024;36:e20240284en
DOI 10.62675/2965-2774.20240284-pt
Visualizações10RESUMO
Objetivo:
Examinar a função física e a força muscular respiratória de pacientes que se recuperaram da COVID-19 grave após a alta da unidade de terapia intensiva para a enfermaria nos Dias 1 e 7 e investigar as variáveis associadas ao comprometimento funcional.
Métodos:
Trata-se de estudo de coorte prospectivo de pacientes adultos com COVID-19 que necessitaram de ventilação mecânica invasiva, ventilação mecânica não invasiva ou cânula nasal de alto fluxo e tiveram alta da unidade de terapia intensiva para a enfermaria. Os participantes foram submetidos aos testes Medical Research Council sum-score, força de preensão manual, pressão inspiratória máxima, pressão expiratória máxima e short physical performance battery. Os participantes foram agrupados em dois grupos conforme a necessidade de ventilação mecânica invasiva: o Grupo Ventilação Mecânica Invasiva (Grupo VMI) e o Grupo Não Ventilação Mecânica Invasiva (Grupo Não VMI).
Resultados:
Os pacientes do Grupo VMI (n = 31) eram mais jovens e tinham pontuações do Sequential Organ Failure Assessment mais altas do que os do Grupo VMI (n = 33). As pontuações do short physical performance battery (intervalo de zero a 12) nos Dias 1 e 7 foram 6,1 ± 4,3 e 7,3 ± 3,8, respectivamente para o Grupo Não VMI, e 1,3 ± 2,5 e 2,6 ± 3,7, respectivamente para o Grupo VMI. A prevalência de fraqueza adquirida na unidade de terapia intensiva no Dia 7 foi de 13% para o Grupo Não VMI e de 72% para o Grupo VMI. A pressão inspiratória máxima, a pressão expiratória máxima e a força de preensão manual aumentaram no Dia 7 em ambos os grupos, porém a pressão expiratória máxima e a força de preensão manual ainda eram fracas. Apenas a pressão inspiratória máxima foi recuperada (ou seja, > 80% do valor previsto) no Grupo Não VMI. As variáveis sexo feminino, e necessidade e duração da ventilação mecânica invasiva foram associadas de forma independente e negativa à pontuação do short physical performance battery e à força de preensão manual.
Conclusão:
Os pacientes que se recuperaram da COVID-19 grave e receberam ventilação mecânica invasiva apresentaram maior incapacidade do que aqueles que não foram ventilados invasivamente. No entanto, os dois grupos de pacientes apresentaram melhora funcional marginal durante a fase inicial de recuperação, independentemente da necessidade de ventilação mecânica invasiva. Esse resultado pode evidenciar a gravidade da incapacidade causada pelo SARS-CoV-2.
Palavras-chave: COVID-19Cuidados críticosInfecções por coronavírusRecuperação de função fisiológicaTestes de função respiratóriaVer mais -
Artigo Original
Associação entre biomarcadores e sucesso do desmame ventilatório em pacientes com COVID-19: um estudo observacional
Crit Care Sci. 2024;36:e20240158en
Resumo
Artigo OriginalAssociação entre biomarcadores e sucesso do desmame ventilatório em pacientes com COVID-19: um estudo observacional
Crit Care Sci. 2024;36:e20240158en
DOI 10.62675/2965-2774.20240158-pt
Visualizações11RESUMO
Objetivo:
Avaliar a associação de biomarcadores com o sucesso do desmame ventilatório em pacientes com COVID-19.
Métodos:
Trata-se de estudo observacional, retrospectivo e de centro único realizado entre março de 2020 e abril de 2021. Foram avaliados a proteína C-reativa, os linfócitos totais e a relação neutrófilos/linfócitos durante o atrito e a extubação; mediu-se a variação desses valores de biomarcadores. O desfecho primário foi o sucesso da extubação. As curvas ROC foram desenhadas para encontrar os melhores pontos de corte dos biomarcadores segundo a sensibilidade e a especificidade. A análise estatística foi realizada por meio de regressão logística.
Resultados:
Dos 2.377 pacientes admitidos na unidade de terapia intensiva, 458 foram incluídos na análise, 356 no Grupo Sucesso do desmame e 102 no Grupo Fracasso do desmame. Os pontos de corte encontrados nas curvas ROC foram −62,4% para proteína C-reativa, +45,7% para linfócitos totais e −32,9% para relação neutrófilo/linfócito. Esses pontos foram significativamente associados ao maior sucesso da extubação. Na análise multivariada, apenas a variação da proteína C-reativa permaneceu estatisticamente significativa (RC 2,6; IC95% 1,51 – 4,5; p < 0,001).
Conclusão:
Neste estudo, uma diminuição nos níveis de proteína C-reativa foi associada ao sucesso da extubação em pacientes com COVID-19. Os linfócitos totais e a relação neutrófilos/linfócitos não mantiveram a associação após a análise multivariada. No entanto, uma diminuição nos níveis de proteína C-reativa não deve ser usada como única variável para identificar pacientes com COVID-19 adequados para o desmame; como em nosso estudo, a área sob a curva ROC demonstrou baixa precisão na discriminação dos resultados de extubação, com baixas sensibilidade e especificidade.
Palavras-chave: BiomarcadoresCOVID-19Desmame do respiradorExtubaçãoInfecções por coronavírusIntubação intratraquealRespiração artificialUnidades de terapia intensivaVer mais -
Carta Científica
Contribuição da COVID-19 à hipótese da equidade inversa entre a assistência médica pública e privada no Brasil
Crit Care Sci. 2024;36:e20240294en
Resumo
Carta CientíficaContribuição da COVID-19 à hipótese da equidade inversa entre a assistência médica pública e privada no Brasil
Crit Care Sci. 2024;36:e20240294en
DOI 10.62675/2965-2774.20240294-pt
Visualizações9Desde 1990, o sistema público de saúde brasileiro, conhecido como Sistema Único de Saúde (SUS), oferece assistência médica gratuita a todos os indivíduos em todo o país. No entanto, aproximadamente 24,9% da população brasileira tem condições financeiras de pagar por alternativas de assistência médica privada.() A equidade, um princípio fundamental do SUS, tem sido amplamente […]Ver mais -
Relato Clínico
Trinitrato de glicerilo tópico para aumentar o diâmetro da artéria radial em recém-nascidos: protocolo de estudo de um ensaio clínico randomizado
Crit Care Sci. 2024;36:e20240235en
Resumo
Relato ClínicoTrinitrato de glicerilo tópico para aumentar o diâmetro da artéria radial em recém-nascidos: protocolo de estudo de um ensaio clínico randomizado
Crit Care Sci. 2024;36:e20240235en
DOI 10.62675/2965-2774.20240235-pt
Visualizações6RESUMO
Histórico:
Os recém-nascidos internados na unidade de terapia intensiva neonatal necessitam de canulação arterial para monitoramento hemodinâmico e coleta de sangue. O acesso arterial é obtido por meio de cateterização das artérias umbilicais ou periféricas. A canulação da artéria periférica é realizada em recém-nascidos em estado grave, mas a localização e a canulação da artéria são, muitas vezes, desafiadoras e sem sucesso. Assim, o aumento do diâmetro interno e a prevenção do vasoespasmo são importantes para o sucesso da canulação da artéria periférica em recém-nascidos. O trinitrato de glicerilo tópico tem o potencial de aumentar o sucesso da canulação ao relaxar a musculatura lisa arterial e, dessa forma, aumentar o diâmetro interno. Nosso objetivo é realizar um ensaio piloto controlado e randomizado para avaliar a eficácia e segurança do trinitrato de glicerilo tópico no aumento do diâmetro da artéria radial em recém-nascidos.
Métodos/Desenho:
Este estudo será um estudo de centro único, cego para o observador, randomizado, controlado por placebo, conduzido na unidade de terapia intensiva neonatal do Perth Children’s Hospital, Austrália Ocidental. Serão recrutados 60 bebês nascidos com mais de 34 semanas de gestação, internados para cirurgia eletiva ou por razões médicas e para os quais é necessária a colocação de um acesso arterial periférico para coleta de amostras ou monitoramento da pressão arterial, após a obtenção do consentimento informado dos pais. O desfecho primário será a mudança no diâmetro arterial radial basal e pós-intervenção. Os desfechos secundários serão a alteração absoluta e percentual basal no diâmetro arterial radial em ambos os membros e a segurança (hipotensão e metemoglobinemia).
Discussão:
Este será o primeiro estudo controlado e randomizado a avaliar o uso de trinitrato de glicerilo tópico para facilitar a canulação da artéria periférica em recém-nascidos. Se nosso estudo-piloto randomizado e controlado confirmar os benefícios dos adesivos de trinitrato de glicerilo, ele abrirá caminho para grandes estudos multicêntricos randomizados e controlados nesse campo.
Palavras-chave: Artéria radialCateterismo periféricoLactenteNitroglicerinaRecém-NascidoUnidades de terapia intensiva neonatalVer mais -
Carta Científica
Generalização da aplicação de modelos preditivos de aprendizado de máquina em diferentes populações: um modelo que prevê o uso de terapia de substituição renal em pacientes com COVID-19 em estado grave se aplica a pacientes de unidades de terapia intensiva em geral?
Crit Care Sci. 2024;36:e20240285en
Resumo
Carta CientíficaGeneralização da aplicação de modelos preditivos de aprendizado de máquina em diferentes populações: um modelo que prevê o uso de terapia de substituição renal em pacientes com COVID-19 em estado grave se aplica a pacientes de unidades de terapia intensiva em geral?
Crit Care Sci. 2024;36:e20240285en
DOI 10.62675/2965-2774.20240285-pt
Visualizações28AO EDITOR O uso generalizado do aprendizado de máquina criou a possibilidade de gerar modelos de previsão robustos específicos para cada paciente. No entanto, é necessário ter cuidado ao usá-los em populações heterogêneas de pacientes graves.() A literatura recente demonstrou grandes avanços no campo da previsão de lesão renal aguda e da necessidade de terapia […]Ver mais -
Artigo Original
Pronação consciente em pacientes com COVID-19 não intubados e com síndrome do desconforto respiratório agudo: revisão sistemática e metanálise
Crit Care Sci. 2024;36:e20240176en
Resumo
Artigo OriginalPronação consciente em pacientes com COVID-19 não intubados e com síndrome do desconforto respiratório agudo: revisão sistemática e metanálise
Crit Care Sci. 2024;36:e20240176en
DOI 10.62675/2965-2774.20240176-pt
Visualizações111RESUMO
Objetivo:
Revisar sistematicamente o efeito da posição prona na intubação endotraqueal e na mortalidade em pacientes com COVID-19 não intubados com síndrome do desconforto respiratório agudo.
Métodos:
Registramos o protocolo (CRD42021286711) e pesquisamos quatro bancos de dados e literatura cinzenta desde o início até 31 de dezembro de 2022. Incluímos estudos observacionais e ensaios clínicos. Não houve limite de data ou idioma de publicação. Excluímos relatos de casos, séries de casos, estudos não disponíveis em texto completo e estudos que incluíram pacientes < 18 anos de idade.
Resultados:
Incluímos 10 estudos observacionais, 8 ensaios clínicos, 3.969 pacientes, 1.120 eventos de intubação endotraqueal e 843 mortes. Todos os estudos tinham baixo risco de viés (ferramentas Newcastle-Ottawa Scale e Risk of Bias 2). Observamos que a pronação consciente reduziu as chances de intubação endotraqueal em 44% (RC 0,56; IC95% 0,40 – 0,78) e a mortalidade em 43% (RC 0,57; IC95% 0,39 – 0,84) em pacientes com COVID-19 não intubados com síndrome do desconforto respiratório agudo. Esse efeito protetor sobre a intubação endotraqueal e a mortalidade foi mais robusto naqueles que passaram > 8 horas por dia na pronação consciente (RC 0,43; IC95% 0,26 – 0,72 e OR 0,38; IC95% 0,24 – 0,60, respectivamente). A certeza da evidência, de acordo com os critérios GRADE, foi moderada.
Conclusão:
A pronação consciente diminuiu as chances de intubação endotraqueal e mortalidade, especialmente quando os pacientes passaram > 8 horas por dia na pronação consciente e tratamento na unidade de terapia intensiva. Contudo, nossos resultados devem ser interpretados com cautela devido às limitações na avaliação de ensaios clínicos randomizados, ensaios clínicos não randomizados e estudos observacionais. Não obstante, apesar das revisões sistemáticas com metanálises de ensaios clínicos randomizados, devemos ter em mente que esses estudos permanecem heterogêneos do ponto de vista clínico e metodológico.
Palavras-chave: COVID-19Infecções por coronavírusMortalidadeMortalidade hospitalarposição pronaPosicionamento do pacienteVer mais
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Artigo Especial
Brazilian recommendations of mechanical ventilation 2013. Part I
Rev Bras Ter Intensiva. 2014;26(2):89-121
Resumo
Artigo EspecialBrazilian recommendations of mechanical ventilation 2013. Part I
Rev Bras Ter Intensiva. 2014;26(2):89-121
DOI 10.5935/0103-507X.20140017
Visualizações5Ver maisPerspectives on invasive and noninvasive ventilatory support for critically ill patients are evolving, as much evidence indicates that ventilation may have positive effects on patient survival and the quality of the care provided in intensive care units in Brazil. For those reasons, the Brazilian Association of Intensive Care Medicine (Associação de Medicina Intensiva Brasileira – AMIB) and the Brazilian Thoracic Society (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia – SBPT), represented by the Mechanical Ventilation Committee and the Commission of Intensive Therapy, respectively, decided to review the literature and draft recommendations for mechanical ventilation with the goal of creating a document for bedside guidance as to the best practices on mechanical ventilation available to their members. The document was based on the available evidence regarding 29 subtopics selected as the most relevant for the subject of interest. The project was developed in several stages, during which the selected topics were distributed among experts recommended by both societies with recent publications on the subject of interest and/or significant teaching and research activity in the field of mechanical ventilation in Brazil. The experts were divided into pairs that were charged with performing a thorough review of the international literature on each topic. All the experts met at the Forum on Mechanical Ventilation, which was held at the headquarters of AMIB in São Paulo on August 3 and 4, 2013, to collaboratively draft the final text corresponding to each sub-topic, which was presented to, appraised, discussed and approved in a plenary session that included all 58 participants and aimed to create the final document.
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Original Articles
The reality of patients requiring prolonged mechanical ventilation: a multicenter study
Rev Bras Ter Intensiva. 2015;27(1):26-35
Resumo
Original ArticlesThe reality of patients requiring prolonged mechanical ventilation: a multicenter study
Rev Bras Ter Intensiva. 2015;27(1):26-35
DOI 10.5935/0103-507X.20150006
Visualizações5Ver maisObjective:
The number of patients who require prolonged mechanical ventilation increased during the last decade, which generated a large population of chronically ill patients. This study established the incidence of prolonged mechanical ventilation in four intensive care units and reported different characteristics, hospital outcomes, and the impact of costs and services of prolonged mechanical ventilation patients (mechanical ventilation dependency ≥ 21 days) compared with non-prolonged mechanical ventilation patients (mechanical ventilation dependency < 21 days).
Methods:
This study was a multicenter cohort study of all patients who were admitted to four intensive care units. The main outcome measures were length of stay in the intensive care unit, hospital, complications during intensive care unit stay, and intensive care unit and hospital mortality.
Results:
There were 5,287 admissions to the intensive care units during study period. Some of these patients (41.5%) needed ventilatory support (n = 2,197), and 218 of the patients met criteria for prolonged mechanical ventilation (9.9%). Some complications developed during intensive care unit stay, such as muscle weakness, pressure ulcers, bacterial nosocomial sepsis, candidemia, pulmonary embolism, and hyperactive delirium, were associated with a significantly higher risk of prolonged mechanical ventilation. Prolonged mechanical ventilation patients had a significant increase in intensive care unit mortality (absolute difference = 14.2%, p < 0.001) and hospital mortality (absolute difference = 19.1%, p < 0.001). The prolonged mechanical ventilation group spent more days in the hospital after intensive care unit discharge (26.9 ± 29.3 versus 10.3 ± 20.4 days, p < 0.001) with higher costs.
Conclusion:
The classification of chronically critically ill patients according to the definition of prolonged mechanical ventilation adopted by our study (mechanical ventilation dependency ≥ 21 days) identified patients with a high risk for complications during intensive care unit stay, longer intensive care unit and hospital stays, high death rates, and higher costs.
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Artigo Original
Investigação da associação de dois oxigenadores em paralelo ou em série durante o suporte respiratório com oxigenação por membrana extracorpórea
Rev Bras Ter Intensiva. 2022;34(4):402-409
Resumo
Artigo OriginalInvestigação da associação de dois oxigenadores em paralelo ou em série durante o suporte respiratório com oxigenação por membrana extracorpórea
Rev Bras Ter Intensiva. 2022;34(4):402-409
DOI 10.5935/0103-507X.20220299-en
Visualizações3RESUMO
Objetivo:
Caracterizar as pressões, as resistências, a oxigenação e a eficácia da descarboxilação de dois oxigenadores associados em série ou em paralelo durante o suporte com oxigenação veno-venosa por membrana extracorpórea.
Métodos:
Usando os resultados de insuficiência respiratória grave em suínos associada à disfunção de múltiplos órgãos, ao modelo de suporte com oxigenação por membrana extracorpórea veno-venosa e à modelagem matemática, exploramos os efeitos na oxigenação, descarboxilação e pressões do circuito de associações de oxigenadores em paralelo e em série.
Resultados:
Testaram-se cinco animais com peso mediano de 80kg. Ambas as configurações aumentaram a pressão parcial de oxigênio após os oxigenadores. O teor de oxigênio da cânula de retorno também foi ligeiramente maior, mas o efeito na oxigenação sistêmica foi mínimo, usando oxigenadores com alto fluxo nominal (~ 7L/minuto). Ambas as configurações reduziram significativamente a pressão parcial de dióxido de carbono sistêmico. Como o fluxo sanguíneo na oxigenação por membrana extracorpórea aumentou, a resistência do oxigenador diminuiu inicialmente, com aumento posterior, com fluxos sanguíneos mais altos, mas pouco efeito clínico.
Conclusão:
A associação de oxigenadores em paralelo ou em série durante o suporte com oxigenação veno-venosa por membrana extracorpórea proporciona um modesto aumento na depuração da pressão parcial de dióxido de carbono, com leve melhora na oxigenação. O efeito das associações de oxigenadores nas pressões de circuitos extracorpóreos é mínimo.
Palavras-chave: DescarboxilaçãoHipercapniaHipóxiaOxigenação por membrana extracorpóreaOxigenadoresSíndrome do desconforto respiratórioSuínosVer mais -
Artigo Original
Incidência e fatores de risco associados à síndrome pós-cuidados intensivos em uma coorte de pacientes em estado crítico
Rev Bras Ter Intensiva. 2022;34(3):380-385
Resumo
Artigo OriginalIncidência e fatores de risco associados à síndrome pós-cuidados intensivos em uma coorte de pacientes em estado crítico
Rev Bras Ter Intensiva. 2022;34(3):380-385
DOI 10.5935/0103-507X.20220224-en
Visualizações3RESUMO
Objetivo:
Determinar a incidência da síndrome pós-cuidados intensivos em uma coorte de pacientes em estado crítico admitidos à unidade de terapia intensiva e identificar fatores de risco relacionados ao seu desenvolvimento nas áreas de saúde física, cognitiva e mental.
Métodos:
Este foi um estudo de coorte observacional prospectivo desenvolvido na unidade de terapia intensiva de um hospital universitário. Foram incluídos no estudo pacientes internados em unidade de terapia intensiva a partir de 1 semana e com necessidade de ventilação mecânica por mais de 3 dias, choque ou delirium. Foram registradas variáveis demográficas, motivo da admissão, diagnósticos, sedação, tipo de ventilação mecânica, complicações e tempo de internação. Realizou-se análise univariada para identificar os fatores de risco relacionados à síndrome pós-cuidados intensivos. As escalas utilizadas para a avaliação das diferentes esferas foram Barthel, Pfeiffer, Hospital Anxiety and Depression Scale e Impact of Event Scale-6. As principais variáveis de interesse foram incidência da síndrome pós-cuidados intensivos de modo geral e por domínios. Os fatores de risco foram examinados em cada um dos domínios da saúde (saúde física, cognitiva e mental).
Resultados:
Participaram 87 pacientes. A Acute Physiology and Chronic Health Evaluation II média foi de 16,5. O número médio de dias na unidade de terapia intensiva foi 17. A incidência geral da síndrome pós-cuidados intensivos foi de 56,3% (n = 49; IC95% 45,8 – 66,2). A incidência da síndrome pós-cuidados intensivos em cada uma das esferas foi de 32,1% (física), 11,5% (cognitiva) e 36,6% (saúde mental).
Conclusão:
A incidência da síndrome pós-cuidados intensivos foi de 56,3%. A esfera da saúde mental foi a mais frequentemente envolvida. Os fatores de risco diferem, dependendo da área considerada.
Palavras-chave: Cuidados críticosEstado terminalfatores de riscoIncidênciaSíndrome dos cuidados pós-intensivosVer mais -
Carta ao Editor
To: Use of a noninvasive ventilation device following tracheotomy: an alternative to facilitate ICU discharge?
Rev Bras Ter Intensiva. 2013;25(4):352-354
Resumo
Carta ao EditorTo: Use of a noninvasive ventilation device following tracheotomy: an alternative to facilitate ICU discharge?
Rev Bras Ter Intensiva. 2013;25(4):352-354
DOI 10.5935/0103-507X.20130059
Visualizações2To the EditorIn intensive care units (ICUs), the incidence clinical conditions that make it difficult to wean patients from mechanical ventilation is approximately 30% worldwide.[…]Ver mais -
Artigo Original
COVID-19 crítico e disfunção neurológica – uma análise comparativa direta entre o SARS-CoV-2 e outros agentes infecciosos
Rev Bras Ter Intensiva. 2022;34(3):342-350
Resumo
Artigo OriginalCOVID-19 crítico e disfunção neurológica – uma análise comparativa direta entre o SARS-CoV-2 e outros agentes infecciosos
Rev Bras Ter Intensiva. 2022;34(3):342-350
DOI 10.5935/0103-507X.20220229-en
Visualizações8RESUMO
Objetivo:
Avaliar se a infecção grave pelo SARS-CoV-2 está mais comumente associada a sinais de disfunção do trato corticoespinhal e outros sinais, sintomas e síndromes neurológicas, em comparação com outros agentes infecciosos.
Métodos:
Este foi um estudo de coorte prospectivo com inclusão consecutiva de doentes admitidos a unidades de cuidados intensivos devido a síndrome do desconforto respiratório agudo infeccioso primário, com necessidade de ventilação mecânica invasiva por > 48 horas. Os doentes incluídos foram atribuídos aleatoriamente a três investigadores para a avaliação clínica, a qual incluía a pesquisa de sinais de disfunção do trato corticoespinhal. Os dados clínicos, incluindo outras complicações neurológicas e possíveis preditores, foram obtidos independentemente a partir dos registros clínicos.
Resultados:
Foram incluídos consecutivamente 54 doentes com síndrome do desconforto respiratório agudo, 27 devido a SARS-CoV-2 e 27 devido a outros agentes infecciosos. Os grupos eram comparáveis na maioria das características. Os doentes com COVID-19 apresentavam risco significativamente superior de complicações neurológicas (RR = 1,98; IC95% 1,23 – 3,26). Os sinais de disfunção do trato corticoespinhal tendiam a ser mais prevalentes em doentes com COVID-19 (RR = 1,62; IC95% 0,72 – 3,44).
Conclusão:
Este estudo foi a primeira análise comparativa visando avaliar disfunção neurológica, entre doentes com infecção SARS-CoV-2 e outros agentes infecciosos, em um contexto de unidade de cuidados intensivos. Reportamos um risco significativamente superior de disfunção neurológica em doentes com COVID-19. Como tal, sugere-se o rastreio sistemático de complicações neurológicas em doentes com COVID-19 crítico.
Palavras-chave: COVID-19cuidados intensivosInfecções por coronavírusManifestações neurológicasSARS-CoV-2Síndrome do desconforto respiratórioTratos piramidaisVer mais -
Original Articles
Parenteral colistin for the treatment of severe infections: a single center experience
Rev Bras Ter Intensiva. 2013;25(4):297-305
Resumo
Original ArticlesParenteral colistin for the treatment of severe infections: a single center experience
Rev Bras Ter Intensiva. 2013;25(4):297-305
DOI 10.5935/0103-507X.20130051
Visualizações2Objective:
To describe a single center experience involving the administration of colistin to treat nosocomial infections caused by multidrug-resistant Gram-negative bacteria and identify factors associated with acute kidney injury and mortality.
Methods:
This retrospective longitudinal study evaluates critically ill patients with infections caused by multidrug-resistant Gram-negative bacteria. All adult patients who required treatment with intravenous colistin (colistimethate sodium) from January to December 2008 were considered eligible for the study. Data include demographics, diagnosis, duration of treatment, presence of acute kidney injury and 30-day mortality.
Results:
Colistin was used to treat an infection in 109 (13.8%) of the 789 patients admitted to the intensive care unit. The 30-day mortality observed in these patients was 71.6%. Twenty-nine patients (26.6%) presented kidney injury prior to colistin treatment, and six of these patients were able to recover kidney function even during colistin treatment. Twenty-one patients (19.2%) developed acute kidney injury while taking colistin, and 11 of these patients required dialysis. The variable independently associated with the presence of acute kidney injury was the Sequential Organ Failure Assessment at the beginning of colistin treatment (OR 1.46; 95%CI 1.20-1.79; p<0.001). The factors age (OR 1.03; 95%CI 1.00-1.05; p=0.02) and vasopressor use (OR 12.48; 95%CI 4.49-34.70; p<0.001) were associated with death in the logistic-regression model.
Conclusions:
Organ dysfunction at the beginning of colistin treatment was associated with acute kidney injury. In a small group of patients, we were able to observe an improvement of kidney function during colistin treatment. Age and vasopressor use were associated with death.
Palavras-chave: Acinetobacter baumanniiAcute kidney injuryColistin/therapeutic useCross infection/drug therapyDeathIntensive carePseudomonas aeruginosaVer mais
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Epimed Monitor ICU Database®: um registro nacional baseado na nuvem, para pacientes adultos internados em unidades de terapia intensiva do Brasil
Rev Bras Ter Intensiva. 2017;29(4):418-426
Resumo
Epimed Monitor ICU Database®: um registro nacional baseado na nuvem, para pacientes adultos internados em unidades de terapia intensiva do Brasil
Rev Bras Ter Intensiva. 2017;29(4):418-426
DOI 10.5935/0103-507X.20170062
Visualizações7Ver maisRESUMO
Objetivo:
Descrever a Epimed Monitor ICU Database®, uma base de dados brasileira cujo objetivo é a melhora da qualidade nas unidades de terapia intensiva do país.
Métodos:
Descrevemos a Epimed Monitor ICU Database®, inclusive sua estrutura e seus dados principais. Com utilização de estatística descritiva, apresentamos dados informativos agregados das admissões às unidades de terapia intensiva entre os anos de 2010 e 2016. Descrevemos também a expansão e o crescimento da base de dados juntamente da distribuição geográfica das unidades participantes no Brasil.
Resultados:
Os dados principais da base de dados incluíram informações demográficas, parâmetros administrativos e fisiológicos, assim como formulários específicos de relato para obter dados detalhados, com relação ao uso dos recursos da unidade de terapia intensiva, episódios infecciosos, eventos adversos e uma lista de verificação para adesão às melhores práticas clínicas. Até o final de 2016 tomou parte desta base de dados um total de 598 unidades de terapia intensiva para pacientes adultos, localizadas em 318 hospitais, perfazendo 8.160 leitos de terapia intensiva. Em sua maioria, as unidades participantes se localizavam em hospitais privados da Região Sudeste. O número anual de admissões apresentou um crescimento neste período, com predominância de admissões clínicas. A proporção de admissões em razão de doença cardiovascular diminuiu, enquanto as admissões por sepse ou infecções se tornaram mais comuns. Severidade da doença (Simplified Acute Physiology Score – SAPS 3 – 62 pontos), idade (média = 62 anos) e mortalidade hospitalar (cerca de 17%) permaneceram razoavelmente estáveis durante o período.
Conclusão:
Uma grande base de dados de pacientes críticos privados é viável e pode oferecer dados epidemiológicos abrangentes e relevantes para fins de melhoria da qualidade e comparação de resultados entre as unidades de terapia intensiva participantes. A base de dados é útil não apenas por razões administrativas, mas também por melhorar os cuidados diários, ao facilitar a adoção das melhores práticas e pode também ser utilizada em pesquisas clínicas.
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Influência da mobilização precoce na força muscular periférica e respiratória em pacientes críticos
Rev Bras Ter Intensiva. 2012;24(2):173-178
Resumo
Influência da mobilização precoce na força muscular periférica e respiratória em pacientes críticos
Rev Bras Ter Intensiva. 2012;24(2):173-178
DOI 10.1590/S0103-507X2012000200013
Visualizações7Ver maisOBJETIVO: Avaliar os efeitos de um protocolo de mobilização precoce na musculatura periférica e respiratória de pacientes críticos. MÉTODOS: Ensaio clínico, controlado e randomizado realizado em 59 pacientes de ambos os gêneros, em ventilação mecânica. Os pacientes foram divididos em grupo fisioterapia convencional – grupo controle, n=14, que realizou a fisioterapia do setor, e grupo mobilização precoce, n=14, que recebeu um protocolo sistemático de mobilização precoce. A força muscular periférica foi avaliada por meio do Medical Research Council e a força muscular respiratória (dada por pressão inspiratória máxima e pressão expiratória máxima) foi mensurada pelo manovacuômetro com uma válvula unidirecional. A mobilização precoce sistemática foi realizada em cinco níveis. RESULTADOS: Para os valores de pressão inspiratória máxima e do Medical Research Council, foram encontrados ganhos significativos no grupo mobilização precoce. Entretanto, a pressão expiratória máxima e o tempo de ventilação mecânica (dias), tempo de internamento na unidade de terapia intensiva (dias), e tempo de internamento hospitalar (dias) não apresentaram significância estatística. CONCLUSÃO: Houve ganho da força muscular inspiratória e periférica para a população estudada quando submetida a um protocolo de mobilização precoce e sistematizado.
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Fisioterapia em pacientes críticos adultos: recomendações do Departamento de Fisioterapia da Associação de Medicina Intensiva Brasileira
Rev Bras Ter Intensiva. 2012;24(1):6-22
Resumo
Fisioterapia em pacientes críticos adultos: recomendações do Departamento de Fisioterapia da Associação de Medicina Intensiva Brasileira
Rev Bras Ter Intensiva. 2012;24(1):6-22
DOI 10.1590/S0103-507X2012000100003
Visualizações5Ver maisA incidência de complicações decorrentes dos efeitos deletérios da imobilidade na unidade de terapia intensiva contribui para o declínio funcional, aumento dos custos assistenciais, redução da qualidade de vida e mortalidade pós-alta. A fisioterapia é uma ciência capaz de promover a recuperação e preservação da funcionalidade, podendo minimizar estas complicações. Para nortear as condutas fisioterapêuticas nas unidades de terapia intensiva, um grupo de especialistas reunidos pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), desenvolveu recomendações mínimas aplicáveis à realidade brasileira. Prevenção e tratamento de atelectasias, condições respiratórias relacionadas à remoção de secreção e condições relacionadas a falta de condicionamento físico e declínio funcional foram as três áreas discutidas. Além destas recomendações específicas, outro aspecto importante foi a consideração de que a prescrição e execução de atividades, mobilizações e exercícios físicos são do domínio específico do fisioterapeuta e o seu diagnóstico deve preceder qualquer intervenção.
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Análise da subnotificação de COVID-19 no Brasil
Rev Bras Ter Intensiva. 2020;32(2):224-228
Resumo
Análise da subnotificação de COVID-19 no Brasil
Rev Bras Ter Intensiva. 2020;32(2):224-228
DOI 10.5935/0103-507X.20200030
Visualizações4RESUMO
Objetivo:
Estimar as taxas de notificação de casos de doença pelo coronavírus 2019 (COVID-19) para o Brasil em geral e em todos os estados.
Métodos:
Estimamos o número real de casos de COVID-19 utilizando o número de óbitos notificados no Brasil e em cada estado e a proporção entre casos e letalidade, conforme a Organização Mundial da Saúde. A proporção entre casos e letalidade prevista para o Brasil foi também ajustada segundo a pirâmide de idade populacional. Assim, a taxa de notificações pode ser definida como o número de casos confirmados (informados pelo Ministério da Saúde) dividido pelo número de casos previstos (estimado a partir do número de óbitos).
Resultados:
A taxa de notificação de COVID-19 no Brasil foi estimada em 9,2% (IC95%: 8,8% – 9,5%), sendo que, em todos os estados, as taxas encontradas foram inferiores a 30%. São Paulo e Rio de Janeiro, os estados mais populosos do país, mostraram baixas taxas de notificação (8,9% e 7,2%, respectivamente). A taxa de notificação mais alta ocorreu em Roraima (31,7%) e a mais baixa na Paraíba (3,4%).
Conclusão:
Os resultados indicam que a notificação de casos confirmados no Brasil é muito abaixo da encontrada em outros países que avaliamos. Assim, os responsáveis pela tomada de decisões, inclusive os governos, não têm conhecimento da real dimensão da pandemia, o que pode prejudicar a determinação das medidas de controle.
Palavras-chave: BrasilCOVID-19Infecções por coronavírusMortalidadePandemias/estatísticas e dados numéricosRelatórios de dados de saúdeVer mais -
A realidade dos pacientes que necessitam de ventilação mecânica prolongada: um estudo multicêntrico
Rev Bras Ter Intensiva. 2015;27(1):26-35
Resumo
A realidade dos pacientes que necessitam de ventilação mecânica prolongada: um estudo multicêntrico
Rev Bras Ter Intensiva. 2015;27(1):26-35
DOI 10.5935/0103-507X.20150006
Visualizações5Ver maisObjetivo:
Na última década ocorreu um aumento no número de pacientes que necessitam manutenção de ventilação mecânica prolongada, resultando no surgimento de uma grande população de pacientes crônicos criticamente enfermos. Este estudo estabeleceu a incidência de ventilação mecânica prolongada em quatro unidades de terapia intensiva e relatou as diferentes características, desfechos hospitalares e impacto nos custos e serviços de pacientes com ventilação mecânica prolongada (dependência de ventilação mecânica por 21 dias ou mais) em comparação a pacientes sem ventilação mecânica prolongada (dependência de ventilação mecânica inferior a 21 dias).
Métodos:
Este foi um estudo multicêntrico de coorte que envolveu todos os pacientes admitidos em quatro unidades de terapia intensiva. As principais avaliações de desfechos incluíram o tempo de permanência na unidade de terapia intensiva e no hospital, a incidência de complicações durante a permanência na unidade de terapia intensiva, e a mortalidade na unidade de terapia intensiva e no hospital.
Resultados:
Durante o período do estudo, ocorreram 5.287 admissões às unidades de terapia intensiva. Alguns desses pacientes (41,5%) necessitaram de suporte ventilatório (n = 2.197), e 218 dos pacientes (9,9%) cumpriram os critérios de ventilação mecânica prolongada. Algumas complicações se desenvolveram durante a permanência na unidade de terapia intensiva como fraqueza muscular, úlceras de pressão, sepse nosocomial bacteriana, candidemia, embolia pulmonar, e delirium hiperativo; estas se associaram com um risco significantemente maior de ventilação mecânica prolongada. Os pacientes de ventilação mecânica prolongada tiveram um aumento significante da mortalidade na unidade de terapia intensiva (diferença absoluta = 14,2%; p < 0,001) e da mortalidade hospitalar (diferença absoluta = 19,1%; p < 0,001). O grupo com ventilação mecânica prolongada permaneceu mais dias no hospital após receber alta da unidade de terapia intensiva (26,9 ± 29,3 versus 10,3 ± 20,4 dias; p < 0,001) e acarretou custos mais elevados.
Conclusão:
A classificação de pacientes crônicos criticamente enfermos segundo a definição de ventilação mecânica prolongada adotada em nosso estudo (dependência de ventilação mecânica por período igual ou superior a 21 dias) identificou pacientes com risco elevado de complicações durante a permanência na unidade de terapia intensiva, permanência mais longa na unidade de terapia intensiva e no hospital, taxas de mortalidade maiores e custos mais elevados.
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Recomendações brasileiras de ventilação mecânica 2013. Parte I
Rev Bras Ter Intensiva. 2014;26(2):89-121
Resumo
Recomendações brasileiras de ventilação mecânica 2013. Parte I
Rev Bras Ter Intensiva. 2014;26(2):89-121
DOI 10.5935/0103-507X.20140017
Visualizações5Ver maisO suporte ventilatório artificial invasivo e não invasivo ao paciente crítico tem evoluído e inúmeras evidências têm surgido, podendo ter impacto na melhora da sobrevida e da qualidade do atendimento oferecido nas unidades de terapia intensiva no Brasil. Isto posto, a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) e a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) – representadas pelo seus Comitê de Ventilação Mecânica e Comissão de Terapia Intensiva, respectivamente, decidiram revisar a literatura e preparar recomendações sobre ventilação mecânica objetivando oferecer aos associados um documento orientador das melhores práticas da ventilação mecânica na beira do leito, baseado nas evidencias existentes, sobre os 29 subtemas selecionados como mais relevantes no assunto. O projeto envolveu etapas visando distribuir os subtemas relevantes ao assunto entre experts indicados por ambas as sociedades que tivessem publicações recentes no assunto e/ou atividades relevantes em ensino e pesquisa no Brasil na área de ventilação mecânica. Esses profissionais, divididos por subtemas em duplas, responsabilizaram-se por fazer revisão extensa da literatura mundial sobre cada subtema. Reuniram-se todos no Forum de Ventilação Mecânica na sede da AMIB em São Paulo, em 03 e 04 de agosto de 2013 para finalização conjunta do texto de cada subtema e apresentação, apreciação, discussão e aprovação em plenária pelos 58 participantes, permitindo a elaboração de um documento final.
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Comparação dos critérios RIFLE, AKIN e KDIGO quanto à capacidade de predição de mortalidade em pacientes graves
Rev Bras Ter Intensiva. 2013;25(4):290-296
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Comparação dos critérios RIFLE, AKIN e KDIGO quanto à capacidade de predição de mortalidade em pacientes graves
Rev Bras Ter Intensiva. 2013;25(4):290-296
DOI 10.5935/0103-507X.20130050
Visualizações7Ver maisObjetivo:
A lesão renal aguda é uma complicação comum em pacientes gravemente enfermos, sendo os critérios RIFLE, AKIN e KDIGO utilizados para sua classificação. Esse trabalho teve como objetivo a comparação dos critérios citados quanto à capacidade de predição de mortalidade em pacientes gravemente enfermos.
Métodos:
Estudo de coorte prospectiva, utilizando como fonte de dados prontuários médicos. Foram incluídos todos os pacientes admitidos na unidade de terapia intensiva. Os critérios de exclusão foram tempo de internamento menor que 24 horas e doença renal crônica dialítica. Os pacientes foram acompanhados até a alta ou óbito Para análise dos dados, foram utilizados os testes t de Student, qui-quadrado, regressão logística multivariada e curva ROC.
Resultados:
A média de idade foi de 64 anos, com mulheres e afrodescendentes representando maioria. Segundo o RIFLE, a taxa de mortalidade foi de 17,74%, 22,58%, 24,19% e 35,48% para pacientes sem lesão renal aguda e em estágios Risk, Injury e Failure, respectivamente. Quanto ao AKIN, a taxa de mortalidade foi de 17,74%, 29,03%, 12,90% e 40,32% para pacientes sem lesão renal aguda, estágio I, estágio II e estágio III, respectivamente. Considerando o KDIGO 2012, a taxa de mortalidade foi de 17,74%, 29,03%, 11,29% e 41,94% para pacientes sem lesão renal aguda, estágio I, estágio II e estágio III, respectivamente. As três classificações apresentaram resultados de curvas ROC para mortalidade semelhantes.
Conclusão:
Os critérios RIFLE, AKIN e KDIGO apresentaram-se como boas ferramentas para predição de mortalidade em pacientes graves, não havendo diferença relevante entre os mesmos.
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