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Artigo Especial19/04/2021
Diretrizes brasileiras para o manejo de potenciais doadores de órgãos em morte encefálica. Uma força-tarefa composta por Associação de Medicina Intensiva Brasileira, Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, Brazilian Research in Critical Care Network e Coordenação Geral do Sistema Nacional de Transplantes
Revista Brasileira de Terapia Intensiva. 2021;33(1):1-11
Resumo
Artigo EspecialDiretrizes brasileiras para o manejo de potenciais doadores de órgãos em morte encefálica. Uma força-tarefa composta por Associação de Medicina Intensiva Brasileira, Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, Brazilian Research in Critical Care Network e Coordenação Geral do Sistema Nacional de Transplantes
Revista Brasileira de Terapia Intensiva. 2021;33(1):1-11
DOI 10.5935/0103-507X.20210001
Visualizações94Ver maisRESUMO
Objetivo:
Fornecer recomendações para nortear o manejo clínico do potencial doador em morte encefálica.
Métodos:
O presente documento foi formulado em dois painéis compostos por uma força tarefa integrada por 27 especialistas de diferentes áreas que responderam a questões dirigidas aos seguintes temas: ventilação mecânica, hemodinâmica, suporte endócrino-metabólico, infecção, temperatura corporal, transfusão sanguínea, e uso de checklists. Os desfechos considerados foram: parada cardíaca, número de órgãos retirados ou transplantados e função/sobrevida dos órgãos transplantados. A qualidade das evidências das recomendações foi avaliada pelo sistema Grading of Recommendations Assessment, Development, and Evaluation.
Resultados:
Foram geradas 19 recomendações a partir do painel de especialistas. Dessas, 7 foram classificadas como fortes, 11 fracas e uma foi considerada boa prática clínica.
Conclusão:
Apesar da concordância entre os membros do painel em relação à maior parte das recomendações, o grau de recomendação é fraco em sua maioria.
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Artigo Original27/11/2020
Plano de análise estatística para o estudo Balanced Solution versus Saline in Intensive Care Study (BaSICS)
Revista Brasileira de Terapia Intensiva. 2020;32(4):493-505
Resumo
Artigo OriginalPlano de análise estatística para o estudo Balanced Solution versus Saline in Intensive Care Study (BaSICS)
Revista Brasileira de Terapia Intensiva. 2020;32(4):493-505
DOI 10.5935/0103-507X.20200081
Visualizações27RESUMO
Objetivo:
Relatar o plano de análise estatística (primeira versão) para o estudo Balanced Solutions versus Saline in Intensive Care Study (BaSICS).
Métodos:
O estudo BaSICS é um ensaio multicêntrico fatorial e randomizado que avaliará os efeitos da administração dos fluidos Plasma-Lyte 148 em comparação com solução salina 0,9% como fluido de escolha em pacientes críticos, assim como os efeitos de uma velocidade de infusão lenta (333mL/hora) em comparação com uma velocidade de infusão rápida (999mL/hora) durante desafios com volume, em importantes desfechos do paciente. O tipo de fluido será mantido cego para os investigadores, pacientes e nas análises. Não será possível, entretanto, ocultar dos investigadores a velocidade de infusão, mas os procedimentos de análise serão mantidos cegos quanto a esse aspecto.
Resultados:
O estudo BaSICS terá como parâmetro primário a mortalidade em 90 dias, que será testada com utilização de modelos de risco proporcional de Cox de efeitos mistos, considerando os centros de estudo como variável randômica (modelos de fragilidade) ajustada por idade, disfunção de órgãos e tipo de admissão. Os parâmetros secundários importantes incluem terapia de substituição renal até 90 dias, insuficiência renal aguda, disfunção de órgãos nos dias 3 e 7 e dias sem ventilação mecânica em 28 dias.
Conclusão:
Este artigo fornece detalhes referentes à primeira versão do plano de análise estatística para o estudo BaSICS e orientará a análise do estudo após a conclusão do seguimento.
Palavras-chave: Lesão renal agudaSolução salinaSolução salina normalSoluções balanceadasterapia intensivaVer mais -
Artigo de Revisão20/01/2019
Traqueobronquite associada à ventilação mecânica: uma atualização
Revista Brasileira de Terapia Intensiva. 2019;31(4):541-547
Resumo
Artigo de RevisãoTraqueobronquite associada à ventilação mecânica: uma atualização
Revista Brasileira de Terapia Intensiva. 2019;31(4):541-547
DOI 10.5935/0103-507X.20190079
Visualizações82RESUMO
As infecções do trato respiratório inferior associadas à ventilação mecânica são uma das complicações mais frequentes em pacientes em ventilação mecânica. Há muitos anos, a traqueobronquite associada à ventilação mecânica tem sido considerada uma doença que não demanda antibioticoterapia. Na última década, diversos estudos demonstraram que a traqueobronquite associada à ventilação mecânica deve ser considerada um processo intermediário que leva à pneumonia associada à ventilação mecânica, uma vez que apesar de ter impacto limitado sobre a mortalidade dos pacientes gravemente enfermos internados nas unidades de terapia intensiva, em contrapartida, demonstra associação significativa com o aumento dos custos hospitalares desses pacientes, assim como do tempo de internação na unidade de terapia intensiva e hospitalar, do uso de antibióticos, e da duração da ventilação mecânica. Embora ainda necessitemos de evidências científicas mais robustas, especialmente no que tange às modalidades terapêuticas, os dados atuais a respeito da traqueobronquite associada à ventilação mecânica salientam que há desfechos suficientemente importantes que exigem vigilância epidemiológica e controle clínico adequados.
Palavras-chave: Infecção nosocomialmortalidadepneumoniaPneumonia associada a assistência à saúdePneumonia associada à ventilação mecânicaterapia intensivaTraqueobronquite associada a ventilação mecânicaVer mais -
Artigo Original03/09/2018
Versão brasileira da Functional Status Scale pediátrica: tradução e adaptação transcultural
Revista Brasileira de Terapia Intensiva. 2018;30(3):301-307
Resumo
Artigo OriginalVersão brasileira da Functional Status Scale pediátrica: tradução e adaptação transcultural
Revista Brasileira de Terapia Intensiva. 2018;30(3):301-307
DOI 10.5935/0103-507X.20180043
Visualizações93RESUMO
Objetivo:
Realizar a tradução e a adaptação transcultural da Functional Status Scale em crianças hospitalizadas para o português do Brasil.
Métodos:
Estudo metodológico de tradução e adaptação transcultural da Functional Status Scale, seguindo as etapas tradução, síntese das traduções, retradução, síntese das retraduções, análise por comitê de juízes e pré-teste com amostra da população-alvo. Durante a avaliação do comitê de juízes, foi realizada a análise semântica, de conteúdo e dos itens.
Resultados:
Foram obtidas as equivalências semântica, idiomática, cultural e conceitual entre as versões traduzidas e a original, resultando na versão brasileira da Functional Status Scale. Após a análise do comitê de juízes, não se constataram problemas quanto às equivalências culturais e conceituais, pois os itens foram pertinentes à cultura brasileira, e poucos termos foram modificados. Na etapa de pré-teste, a escala foi aplicada por dois avaliadores em uma amostra de 25 crianças. Observaram-se clareza e facilidade em responder os itens da escala. Obteve-se boa confiabilidade entre os observadores, com coeficiente de correlação intraclasse de 0,85 (0,59 - 0,95).
Conclusões:
A Functional Status Scale para uso pediátrico foi traduzida e adaptada culturalmente para o português com uso no Brasil. Os itens traduzidos foram pertinentes à cultura brasileira e avaliaram a dimensão proposta pelo instrumento original. Sugerem-se estudos de validação deste instrumento, a fim de viabilizar sua utilização nas diversas regiões do Brasil.
Palavras-chave: criançaEstudos de validaçãoInquéritos e questionáriosSemânticaterapia intensivaTraduçõesUnidades de Terapia IntensivaVer mais -
Artigo Original01/01/2015
Concentrações séricas de vitamina D e disfunção orgânica em pacientes com sepse grave e choque séptico
Revista Brasileira de Terapia Intensiva. 2015;27(4):376-382
Resumo
Artigo OriginalConcentrações séricas de vitamina D e disfunção orgânica em pacientes com sepse grave e choque séptico
Revista Brasileira de Terapia Intensiva. 2015;27(4):376-382
DOI 10.5935/0103-507X.20150063
Visualizações17Ver maisRESUMO
Objetivo:
Avaliar as concentrações séricas e a variação de vitamina D em pacientes com sepse grave ou choque séptico e indivíduos controles na admissão e após 7 dias de internação na unidade de terapia intensiva, correlacionando-os com a gravidade da disfunção orgânica.
Métodos:
Estudo caso-controle, prospectivo e observacional em pacientes com mais de 18 anos com sepse grave ou choque séptico pareados com grupo controle. Foi realizada dosagem sérica de vitamina D na inclusão (D0) e no sétimo dia (D7). Definiu-se deficiência grave se vitamina D < 10ng/mL, deficiência se entre 10 e 20ng/mL, insuficiência se entre 20 e 30ng/mL e suficiência se ≥ 30ng/mL. Consideramos melhora a modificação para qualquer classificação mais elevada, associada ao incremento de 50% dos valores absolutos.
Resultados:
Incluímos 51 pacientes (26 sépticos e 25 controles). A prevalência de concentrações de vitamina D ≤ 30ng/mL foi de 98%. Não houve correlação entre a concentração sérica de vitamina D no D0 e o escore SOFA no D0 ou com sua variação após 7 dias, tanto na população geral quanto nos sépticos. Pacientes com melhora da deficiência tiveram melhora no escore SOFA no D7 (p = 0,013).
Conclusão:
Na população estudada, os pacientes sépticos apresentaram melhora das concentrações séricas de vitamina D no sétimo dia em comparação com controles. Encontramos associação entre a melhora das concentrações de vitamina D e a maior redução da intensidade de disfunção orgânica.
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Artigo Original01/01/2015
Delirium em pacientes na unidade de terapia intensiva submetidos à ventilação não invasiva: um inquérito multinacional
Revista Brasileira de Terapia Intensiva. 2015;27(4):360-368
Resumo
Artigo OriginalDelirium em pacientes na unidade de terapia intensiva submetidos à ventilação não invasiva: um inquérito multinacional
Revista Brasileira de Terapia Intensiva. 2015;27(4):360-368
DOI 10.5935/0103-507X.20150061
Visualizações16RESUMO
Objetivos:
Conduzir um inquérito multinacional com profissionais de unidades de terapia intensiva para determinar as práticas relacionadas à avaliação e ao manejo do delirium, bem como as percepções e as atitudes relacionadas à avaliação e ao impacto do delirium em pacientes submetidos à ventilação não invasiva.
Métodos:
Foi elaborado um questionário eletrônico para avaliar o perfil dos respondedores e das unidades de terapia intensiva a eles relacionadas; a realização de avaliação sistemática e a forma de manejo do delirium; e as percepções e condutas dos profissionais com relação à presença de delirium em pacientes submetidos à ventilação não invasiva. O questionário foi distribuído por meio da mala direta de correio eletrônico da rede de cooperação em pesquisa clínica da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB-Net) e para pesquisadores em diferentes centros da América Latina e Europa.
Resultados:
Foram analisados 436 questionários que, em sua maioria, eram provenientes do Brasil (61,9%), seguidos por Turquia (8,7%) e Itália (4,8%). Aproximadamente 61% dos respondedores relataram não proceder à avaliação de delirium na unidade de terapia intensiva, enquanto 31% a realizavam em pacientes submetidos à ventilação não invasiva. Confusion Assessment Method for the Intensive Care Unit foi a ferramenta diagnóstica validada mais frequentemente citada (66,9%). Com relação à indicação de ventilação não invasiva para pacientes em delirium, 16,3% dos respondedores nunca permitiam o uso de ventilação não invasiva neste contexto clínico.
Conclusão:
Este inquérito fornece dados que enfatizam a escassez de esforços direcionados à avaliação e ao manejo do delirium no ambiente da terapia intensiva, em especial nos pacientes submetidos à ventilação não invasiva.
Palavras-chave: Atitude do pessoal de saúdeDelírioQuestionáriosTécnicas de diagnóstico neurológicoterapia intensivaventilação não-invasivaVer mais -
Artigo Original01/01/2015
Eventos adversos por interações medicamentosas potenciais em unidade de terapia intensiva de um hospital de ensino
Revista Brasileira de Terapia Intensiva. 2015;27(4):353-359
Resumo
Artigo OriginalEventos adversos por interações medicamentosas potenciais em unidade de terapia intensiva de um hospital de ensino
Revista Brasileira de Terapia Intensiva. 2015;27(4):353-359
DOI 10.5935/0103-507X.20150060
Visualizações28RESUMO
Objetivo:
Avaliar a existência de interações medicamentosas potenciais na unidade de terapia intensiva de um hospital, com foco nos antimicrobianos.
Métodos:
Estudo transversal, que analisou prescrições eletrônicas de pacientes da unidade de terapia intensiva de um hospital de ensino, avaliando potenciais interações medicamentosas relacionadas aos antimicrobianos, entre 1º de janeiro e 31 de março de 2014. O consumo dos antimicrobianos foi expresso em dose diária definida por 100 pacientes-dia. A busca e a classificação das interações foram realizadas com base no sistema Micromedex®.
Resultados:
Foram analisadas prescrições diárias de 82 pacientes, totalizando 656 prescrições. Do total de medicamentos prescritos, 25% eram antimicrobianos, sendo meropenem, vancomicina e ceftriaxona os mais prescritos. Os antimicrobianos mais consumidos, segundo a metodologia de dose diária definida por 100 pacientes-dia, foram cefepime, meropenem, sulfametoxazol + trimetoprima e ciprofloxacino. A média de interações por paciente foi de 2,6. Entre as interações, 51% foram classificadas como contraindicadas ou de gravidade importante. Destacaram-se as interações altamente significativas (valor clínico 1 e 2), com prevalência de 98%.
Conclusão:
Com o presente trabalho verifica-se que os antimicrobianos são uma classe frequentemente prescrita na unidade de terapia intensiva, apresentando elevada quantidade de interações medicamentosas potenciais, sendo a maior parte das interações considerada altamente significativa.
Palavras-chave: Anti-infecciososEfeitos colaterais e reações adversas relacionados a medicamentosHospitais de ensinoInterações de medicamentosPreparações farmacêuticasterapia intensivaUso de medicamentosVer mais -
Artigo Original01/01/2014
Adequação dos balanços energético e proteico na nutrição por via enteral em terapia intensiva: quais são os fatores limitantes?
Revista Brasileira de Terapia Intensiva. 2014;26(2):155-162
Resumo
Artigo OriginalAdequação dos balanços energético e proteico na nutrição por via enteral em terapia intensiva: quais são os fatores limitantes?
Revista Brasileira de Terapia Intensiva. 2014;26(2):155-162
DOI 10.5935/0103-507X.20140023
Visualizações23Objetivo:
Determinar os fatores que influenciam na adequação da terapia nutricional enteral em uma unidade de terapia intensiva.
Métodos:
Estudo prospectivo e observacional realizado em uma unidade de terapia intensiva entre 2010 e 2012. Foram incluídos pacientes >18 anos em terapia nutricional enteral exclusiva por ≥72 horas. As necessidades de energia e proteínas foram calculadas segundo protocolo da unidade. Foram coletados diariamente dados relacionados à nutrição enteral, causas de não conformidade e exames bioquímicos.
Resultados:
Dentre os pacientes internados na unidade, 93 foram avaliados, 82% iniciaram a terapia nutricional enteral precocemente e 80% atingiram a meta nutricional em <36 horas. Foram administrados 81,6% (±15,4) de volume de terapia nutricional enteral, com adequação de 82,2% (±16,0) de calorias, 82,2% (±15,9) de proteínas e balanço energético médio de -289,9 kcal/dia (±277,1). Houve correlação negativa da proteína C-reativa com o volume administrado e os balanços energético e proteico, e correlação positiva com o tempo para atingir a meta nutricional. A pausa para extubação foi a principal causa de interrupções (29,9% das horas de pausa) e os pacientes >60 anos apresentaram menor porcentagem de recuperação da via oral em relação aos mais jovens (p=0,014).
Conclusão:
O início precoce da terapia nutricional enteral, e a adequação do volume administrado, de energia e de proteínas estiveram de acordo com as diretrizes. A inadequação dos balanços energético e proteico parece estar associada à resposta inflamatória aguda (proteína C-reativa elevada). A principal causa de interrupção da oferta da terapia nutricional foi a pausa para extubação.
Palavras-chave: Apoio nutricionalBalanço energético e proteicocuidados críticosNecessidade energéticanutrição enteralterapia intensivaterapia nutricionalVer mais