Morte encefálica Archives - Critical Care Science (CCS)

  • Artigo Original

    Doação de pulmão e manejo do doador: um levantamento entre profissionais de saúde na Argentina

    Rev Bras Ter Intensiva. 2021;33(4):557-564

    Resumo

    Artigo Original

    Doação de pulmão e manejo do doador: um levantamento entre profissionais de saúde na Argentina

    Rev Bras Ter Intensiva. 2021;33(4):557-564

    DOI 10.5935/0103-507X.20210072

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    RESUMO

    Objetivo:

    Descrever o conhecimento de profissionais de saúde relacionado com doação de pulmão e manejo do doador.

    Métodos:

    Realizou-se estudo descritivo, transversal, com base em levantamento anônimo conduzido entre março e setembro de 2019 envolvendo profissionais de saúde registrados na Sociedad Argentina de Terapia Intensiva.

    Resultados:

    Dentre os 736 participantes, a média de idade foi de 30,5 anos (desvio-padrão de 8,9), sendo 61,3% do sexo feminino. Dentre os participantes, 60% eram médicos, 21,5% enfermeiros e 17,9% fisioterapeutas. Dentre os participantes, 68% se consideravam adequadamente informados com relação à procura de órgãos, e 79,8% afirmaram estar cientes do manejo de um potencial doador sob terapia intensiva. Os critérios relativos a um doador de pulmão foram respondidos corretamente por 71,3% dos participantes. Entretanto, após a morte cerebral do doador, 51% dos participantes não fariam modificações nos parâmetros de ventilação mecânica, 22,9% não sabiam quais parâmetros reprogramar, e 44,5% escolheriam um volume corrente de 6 - 8mL/kg e pressão positiva expiratória final de 5cmH2O. Para 85% dos profissionais de saúde, o tipo de teste de apneia escolhido foi desconexão do ventilador, e apenas 18,5% utilizariam um protocolo de controle. As intervenções mais frequentemente utilizadas no caso de pressão parcial de oxigênio/fração inspirada de oxigênio < 300 foram titulação da pressão positiva expiratória final, aspiração traqueal em circuito fechado e manobras de recrutamento.

    Conclusão:

    Os profissionais de saúde que participaram deste levantamento na Argentina responderam corretamente à maior parte das questões relacionadas aos critérios para o doador de pulmão. Contudo, faltou-lhes um conhecimento detalhado relativo aos parâmetros ventilatórios, às estratégias ventilatórias e aos protocolos para doadores de pulmão. Programas educacionais são fundamentais para otimizar a doação de múltiplos órgãos e devem focalizar a proteção dos pulmões do doador, com objetivo de incrementar o número de órgãos disponíveis para transplante.

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  • Novos procedimentos de confirmação da morte encefálica no Brasil: resultados da Central Estadual de Transplantes de Santa Catarina

    Rev Bras Ter Intensiva. 2021;33(2):290-297

    Resumo

    Novos procedimentos de confirmação da morte encefálica no Brasil: resultados da Central Estadual de Transplantes de Santa Catarina

    Rev Bras Ter Intensiva. 2021;33(2):290-297

    DOI 10.5935/0103-507X.20210037

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    RESUMO

    Objetivo:

    Analisar o impacto da resolução 2.173/2017 do Conselho Federal de Medicina nos resultados da Central Estadual de Transplantes de Santa Catarina.

    Métodos:

    Estudo observacional do tipo transversal, com dados de prontuário de todos os pacientes (1.605) com suspeita de morte encefálica notificados à Central Estadual de Transplantes de Santa Catarina e que iniciaram procedimentos para confirmação desse diagnóstico entre julho de 2016 e dezembro de 2017 e entre janeiro de 2018 e junho de 2019. A mediana do tempo de duração do protocolo em cada período foi considerada para a comparação entre os intervalos. Os dados coletados foram transformados em taxas (por milhão de população). As taxas médias dos períodos antes e depois da implantação do protocolo foram analisadas pelo teste t de Student, e as variáveis qualitativas foram analisadas pelo teste do qui-quadrado de Pearson.

    Resultados:

    O tempo médio de duração dos procedimentos de confirmação de morte encefálica apresentou redução de mais de 1 hora no segundo período em relação ao primeiro, com significância estatística (p = 0,001). As taxas de fígados captados e de pâncreas transplantados, o número de notificações por porte hospitalar e a taxa de parada cardiorrespiratória na macrorregião do Vale do Itajaí também apresentaram diferenças com significância estatística na comparação entre os dois períodos.

    Conclusão:

    No período após a nova resolução sobre morte encefálica, houve redução do tempo de duração do diagnóstico. Contudo, outros indicadores não sofreram alteração significativa, evidenciando a natureza multidimensional do processo de transplante de órgãos em Santa Catarina e a necessidade de mais estudos para a melhor compreensão e otimização do processo.

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  • Diretrizes brasileiras para o manejo de potenciais doadores de órgãos em morte encefálica. Uma força-tarefa composta por Associação de Medicina Intensiva Brasileira, Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, Brazilian Research in Critical Care Network e Coordenação Geral do Sistema Nacional de Transplantes

    Rev Bras Ter Intensiva. 2021;33(1):1-11

    Resumo

    Diretrizes brasileiras para o manejo de potenciais doadores de órgãos em morte encefálica. Uma força-tarefa composta por Associação de Medicina Intensiva Brasileira, Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, Brazilian Research in Critical Care Network e Coordenação Geral do Sistema Nacional de Transplantes

    Rev Bras Ter Intensiva. 2021;33(1):1-11

    DOI 10.5935/0103-507X.20210001

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    RESUMO

    Objetivo:

    Fornecer recomendações para nortear o manejo clínico do potencial doador em morte encefálica.

    Métodos:

    O presente documento foi formulado em dois painéis compostos por uma força tarefa integrada por 27 especialistas de diferentes áreas que responderam a questões dirigidas aos seguintes temas: ventilação mecânica, hemodinâmica, suporte endócrino-metabólico, infecção, temperatura corporal, transfusão sanguínea, e uso de checklists. Os desfechos considerados foram: parada cardíaca, número de órgãos retirados ou transplantados e função/sobrevida dos órgãos transplantados. A qualidade das evidências das recomendações foi avaliada pelo sistema Grading of Recommendations Assessment, Development, and Evaluation.

    Resultados:

    Foram geradas 19 recomendações a partir do painel de especialistas. Dessas, 7 foram classificadas como fortes, 11 fracas e uma foi considerada boa prática clínica.

    Conclusão:

    Apesar da concordância entre os membros do painel em relação à maior parte das recomendações, o grau de recomendação é fraco em sua maioria.

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    Diretrizes brasileiras para o manejo de potenciais doadores de órgãos em morte encefálica. Uma força-tarefa composta por Associação de Medicina Intensiva Brasileira, Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, Brazilian Research in Critical Care Network e Coordenação Geral do Sistema Nacional de Transplantes
  • Teste de apneia para diagnóstico de morte encefálica em paciente em oxigenação por membrana extracorpórea

    Rev Bras Ter Intensiva. 2020;32(3):468-473

    Resumo

    Teste de apneia para diagnóstico de morte encefálica em paciente em oxigenação por membrana extracorpórea

    Rev Bras Ter Intensiva. 2020;32(3):468-473

    DOI 10.5935/0103-507X.20200077

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    RESUMO

    A oxigenação por membrana extracorpórea é utilizada como suporte extracirculatório para a assistência de pacientes em severa e reversível falência cardíaca e/ou respiratória. Complicações neurológicas podem estar relacionadas ao procedimento. Diante da evolução neurológica desfavorável e da necessidade de realização de protocolo de morte encefálica, permanece um desafio a realização de teste de apneia nesse contexto. Relatamos o caso de teste de apneia para diagnóstico de morte encefálica em pós-operatório de cirurgia cardíaca em paciente utilizando oxigenação por membrana extracorpórea venoarterial.

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    Teste de apneia para diagnóstico de morte encefálica em paciente em oxigenação por membrana extracorpórea
  • Uso da CPAP como alternativa para realização do teste de apneia durante determinação da morte encefálica em pacientes hipoxêmicos. Relato de dois casos

    Rev Bras Ter Intensiva. 2020;32(2):319-325

    Resumo

    Uso da CPAP como alternativa para realização do teste de apneia durante determinação da morte encefálica em pacientes hipoxêmicos. Relato de dois casos

    Rev Bras Ter Intensiva. 2020;32(2):319-325

    DOI 10.5935/0103-507X.20200032

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    RESUMO

    O teste de apneia com desconexão do ventilador mecânico representa riscos durante a determinação da morte encefálica, especialmente em pacientes hipoxêmicos. Descrevemos a realização do teste de apneia sem desconexão do ventilador mecânico em dois pacientes. O primeiro caso é o de um menino de 8 anos, admitido com hipoxemia grave por pneumonia. Apresentou parada cardiorrespiratória, seguida de coma não responsivo por encefalopatia hipóxico-isquêmica. Dois exames clínicos constataram ausência de reflexos de tronco, e o Doppler transcraniano revelou parada circulatória encefálica. Realizaram-se três tentativas de teste de apneia, que foram interrompidas por hipoxemia, sendo então realizado teste de apneia sem desconexão do ventilador mecânico, ajustando a pressão contínua nas vias aéreas em 10cmH2O e fração inspirada de oxigênio em 100%. A saturação de oxigênio manteve-se em 100% por 10 minutos. A gasometria pós-teste foi a seguinte: pH de 6,90, pressão parcial de oxigênio em 284,0mmHg, pressão parcial de dióxido de carbono em 94,0mmHg e saturação de oxigênio em 100%. O segundo caso é de uma mulher de 43 anos, admitida com hemorragia subaracnóidea (Hunt-Hess V e Fisher IV). Dois exames clínicos constataram coma não responsivo e ausência de todos os reflexos de tronco. A cintilografia cerebral evidenciou ausência de captação de radioisótopos no parênquima cerebral. A primeira tentativa do teste de apneia foi interrompida após 5 minutos por hipotermia (34,9oC). Após reaquecimento, o teste de apneia foi repetido sem desconexão do ventilador mecânico, evidenciando-se manutenção do volume residual funcional com tomografia de bioimpedância elétrica. Gasometria pós-teste de apneia apresentava pH em 7,01, pressão parcial de oxigênio em 232,0mmHg, pressão parcial de dióxido de carbono 66,9mmHg e saturação de oxigênio em 99,0%. O teste de apneia sem desconexão do ventilador mecânico permitiu a preservação da oxigenação em ambos os casos. O uso de pressão contínua nas vias aéreas durante o teste de apneia parece ser uma alternativa segura para manter o recrutamento alveolar e a oxigenação durante determinação da morte encefálica.

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    Uso da CPAP como alternativa para realização do teste de apneia durante determinação da morte encefálica em pacientes hipoxêmicos. Relato de dois casos
  • A liberação de citocinas induzida pela morte cerebral não está associada à disfunção primária do enxerto: um estudo de coorte

    Rev Bras Ter Intensiva. 2019;31(1):86-92

    Resumo

    A liberação de citocinas induzida pela morte cerebral não está associada à disfunção primária do enxerto: um estudo de coorte

    Rev Bras Ter Intensiva. 2019;31(1):86-92

    DOI 10.5935/0103-507X.20190009

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    RESUMO

    Objetivo:

    Examinar a associação entre os níveis de citocinas no plasma do doador e o desenvolvimento de disfunção primária do enxerto de órgãos transplantados a partir de doadores falecidos.

    Métodos:

    Foram incluídos no estudo de forma prospectiva 17 doadores falecidos e os respectivos 47 pacientes receptores de transplante. Os receptores foram divididos em dois grupos: grupo 1, de pacientes que desenvolveram disfunção primária do enxerto, e grupo 2, de pacientes que não desenvolveram disfunção primária do enxerto. Os níveis de TNF, IL-6, IL-1β, e IFN-γ, avaliados por meio de ELISA, foram comparados entre os grupos.

    Resultados:

    Obtiveram-se 69 órgãos, sendo realizados 48 transplantes. Os níveis plasmáticos de citocinas nos doadores não diferiram entre os grupos (em pg/mL): TNF no grupo 1, com 10,8 (4,3 - 30,8) versus no grupo 2, com 8,7 (4,1 - 33,1), com valor de p = 0,63; IL-6 no grupo 1: 1.617,8 (106,7 - 5.361,7) versus no grupo 2: 922,9 (161,7 - 5.361,7), com p = 0,56; IL-1β, no grupo 1: 0,1 (0,1 - 126,1) versus no grupo 2: 0,1 (0,1 - 243,6), com p = 0,60; e IFN-γ, no grupo 1: 0,03 (0,02 - 0,2) versus no grupo 2: 0,03 (0,02 - 0,1), p = 0,93). Obtivemos resultados similares ao examinar separadamente os casos de transplante renal.

    Conclusão:

    Nesta amostra de receptores de transplante, os níveis plasmáticos das citocinas TNF, IL-6, IL-1β e IFN-γ nos doadores não se associaram com o desenvolvimento de disfunção primária do enxerto.

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    A liberação de citocinas induzida pela morte cerebral não está associada à disfunção primária do enxerto: um estudo de coorte
  • Otimização de condições para teste de apneia em paciente hipoxêmico com morte encefálica

    Rev Bras Ter Intensiva. 2019;31(1):106-110

    Resumo

    Otimização de condições para teste de apneia em paciente hipoxêmico com morte encefálica

    Rev Bras Ter Intensiva. 2019;31(1):106-110

    DOI 10.5935/0103-507X.20190015

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    RESUMO

    Relatamos o caso de um paciente que evoluiu com suspeita de morte encefálica associada à atelectasia e à hipoxemia moderada a grave, apesar de instituídos ventilação protetora, sistema de aspiração traqueal fechado, pressão positiva ao final da expiração moderada e manobra de recrutamento. Diante da não obtenção de pressão parcial de oxigênio adequada para o teste de apneia, optamos por pronar o paciente, utilizar pressão positiva expiratória final mais elevada, realizar nova manobra de recrutamento e ventilar com volume corrente mais elevado (8mL/kg), sem ultrapassar pressão de platô de 30cmH2O. O teste de apneia foi realizado em posição prona, com válvula de pressão positiva contínua nas vias aéreas acoplada em tubo T. O atraso no diagnóstico foi de 10 horas; a doação de órgãos não foi possível devido à parada circulatória. Este relato demonstra as dificuldades para obtenção de níveis de pressão parcial de oxigênio mais altos para a realização do teste de apneia. Os atrasos que isso pode acarretar ao diagnóstico de morte encefálica e ao processo de doação de órgãos são discutidos, além de potenciais estratégias de otimização da pressão parcial de oxigênio para realização do teste, conforme as recomendações atuais.

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    Otimização de condições para teste de apneia em paciente hipoxêmico com morte encefálica
  • Doação de órgãos: a realidade de uma unidade de cuidados intensivos portuguesa

    Rev Bras Ter Intensiva. 2018;30(2):201-207

    Resumo

    Doação de órgãos: a realidade de uma unidade de cuidados intensivos portuguesa

    Rev Bras Ter Intensiva. 2018;30(2):201-207

    DOI 10.5935/0103-507X.20180040

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    RESUMO

    Objetivo:

    Caracterizar, clínica e demograficamente, os potenciais doadores de órgãos admitidos em uma unidade de cuidados intensivos polivalente, bem como as respectivas coletas.

    Métodos:

    Estudo retrospectivo, realizado no período de 2010 a 2015, analisando variáveis demográficas, clínicas e número de órgãos e tecidos captados.

    Resultados:

    Foram encontrados 92 potenciais doadores de órgãos, dos quais 8 não efetivos e 84 efetivos (59,5% doadores de critérios expandidos). A média de idade dos potenciais doadores foi 60,7 anos e houve predomínio do sexo masculino. O acidente vascular cerebral hemorrágico originou 55,4% das mortes encefálicas. O principal grupo sanguíneo foi A Rh+ (43,5%) e, dentre as comorbidades, a hipertensão arterial (43,3%) foi a mais prevalente. Os rins (84,5%) e o fígado (66,7%) foram os órgãos mais frequentemente captados, e a razão de órgãos por doador foi 2,8, sendo inferior nos doadores de critérios expandidos em relação aos demais.

    Conclusão:

    O potencial doador de órgãos, em geral, foi a óbito por morte encefálica, estava acima da meia-idade, era do sexo masculino e vítima de acidente vascular cerebral hemorrágico. Ainda, a maioria era de doadores de critérios expandidos e doava, em média, dois a três órgãos, sendo os mais frequentes o fígado e os rins.

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