prognóstico Archives - Critical Care Science (CCS)

  • Artigo Original18/11/2024

    Resposta da perfusão periférica ao estresse semiortostático: um método simples para avaliar disfunção autonômica na sepse?

    Critical Care Science. 2024;36:e20240090en

    Resumo

    Artigo Original

    Resposta da perfusão periférica ao estresse semiortostático: um método simples para avaliar disfunção autonômica na sepse?

    Critical Care Science. 2024;36:e20240090en

    DOI 10.62675/2965-2774.20240090-pt

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    RESUMO

    Objetivo:

    Avaliar se a resposta do índice de perfusão ao estresse semiortostático pode ser usada para monitorar a resposta simpático-vascular em pacientes com sepse.

    Métodos:

    Três grupos foram estudados: Grupo A (30 pacientes saudáveis), Grupo B (30 pacientes em estado crítico sem sepse) e Grupo C (92 pacientes com sepse). Os pacientes foram submetidos a um teste de estresse semiortostático (elevação da cabeça de zero a 60°) e avaliaram-se a hemodinâmica, os valores do índice de perfusão e os dados de ultrassom cardíaco. Os valores do SOFA também foram avaliados em pacientes com sepse, comparando aqueles com índices de perfusão maiores e menores após o teste.

    Resultados:

    Após o teste, o Grupo A apresentou diminuição significativa no volume sistólico (p < 0,01) e no índice cardíaco (p < 0,05), com aumento da frequência cardíaca (p < 0,05) e da pressão arterial média (p < 0,001). Essas respostas não foram observadas nos Grupos B e C. Na análise individual do Grupo A, houve diminuição do índice de perfusão (p < 0,001), enquanto nos Grupos B e C a resposta foi heterogênea. Além disso, os pacientes com sepse com índice de perfusão menor após o teste tiveram uma queda significativa no escore SOFA em 72 horas em comparação com o grupo com índice de perfusão maior (p < 0,05). Entretanto, o escore delta-SOFA não diferiu nos grupos.

    Conclusão:

    A resposta do índice de perfusão ao estresse semiortostático em pacientes com sepse é um método simples e econômico na detecção da resposta simpático-microvascular à beira do leito e parece ter valor prognóstico.

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    Resposta da perfusão periférica ao estresse semiortostático: um método simples para avaliar disfunção autonômica na sepse?
  • Artigo Original11/11/2024

    Diferenças na importância relativa dos preditores de mortalidade em curto e longo prazo de pacientes críticos com câncer

    Critical Care Science. 2024;36:e20240149en

    Resumo

    Artigo Original

    Diferenças na importância relativa dos preditores de mortalidade em curto e longo prazo de pacientes críticos com câncer

    Critical Care Science. 2024;36:e20240149en

    DOI 10.62675/2965-2774.20240149-pt

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    RESUMO

    Objetivo:

    Identificar a importância relativa de variáveis clínicas presentes na admissão na unidade de terapia intensiva na mortalidade em curto e longo prazo de pacientes críticos com câncer após admissão não planejada.

    Métodos:

    Trata-se de estudo de coorte retrospectivo de pacientes com câncer com admissão não planejada na unidade de terapia intensiva de janeiro de 2017 a dezembro de 2018. Desenvolvemos modelos para analisar a importância relativa de preditores conhecidos de mortalidade em pacientes com câncer admitidos na unidade de terapia intensiva na mortalidade em 28, 90 e 360 dias, tanto em toda a coorte quanto na estratificada pelo tipo de câncer.

    Resultados:

    Dos 3.592 pacientes, 3.136 (87,3%) tinham tumores sólidos, com doença metastática observada em 60,8% deles. Foi registrada a morte de 1.196 (33,3%), 1.738 (48,4%) e 2.435 pacientes (67,8%) em 28, 90 e 360 dias, respectivamente. A maior contribuição na mortalidade de todos os pacientes foi o comprometimento da capacidade funcional em curto prazo e, em curto e longo prazo, nos subgrupos de pacientes com tumores sólidos. O SOFA na admissão foi importante para prever a mortalidade apenas de pacientes com tumores sólidos metastáticos e neoplasias hematológicas. O uso de vasopressores e terapia de substituição renal teve uma pequena importância na predição de mortalidade em todos os momentos analisados após considerar o SOFA.

    Conclusão:

    Os profissionais de saúde devem considerar a capacidade funcional, o uso de ventilação mecânica e a gravidade da doença ao discutirem o prognóstico, as preferências de cuidados e o planejamento de cuidados no fim da vida com os pacientes ou seus familiares durante a internação na unidade de terapia intensiva.

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    Diferenças na importância relativa dos preditores de mortalidade em curto e longo prazo de pacientes críticos com câncer
  • Artigo Original21/10/2024

    Importância prognóstica da disfunção gastrintestinal em pacientes graves com COVID-19

    Critical Care Science. 2024;36:e20240020en

    Resumo

    Artigo Original

    Importância prognóstica da disfunção gastrintestinal em pacientes graves com COVID-19

    Critical Care Science. 2024;36:e20240020en

    DOI 10.62675/2965-2774.20240020-pt

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    RESUMO

    Objetivo:

    Analisar a morbidade e a mortalidade intra-hospitalar e em 1 ano associadas à disfunção gastrintestinal aguda em pacientes graves com COVID-19 por meio de um sistema de pontuação predefinido.

    Métodos:

    Entre março e julho de 2020, pacientes consecutivos hospitalizados com COVID-19 de uma única instituição foram analisados retrospectivamente por meio de revisão de prontuários médicos. Foram incluídos somente aqueles que permaneceram na unidade de terapia intensiva por mais de 24 horas. A disfunção gastrintestinal foi avaliada segundo um sistema predefinido de pontuação de lesão gastrintestinal progressiva de cinco pontos, considerando os primeiros 7 dias de hospitalização. Também se registraram os dados laboratoriais, as comorbidades, a necessidade de ventilação mecânica, a duração da internação na unidade de terapia intensiva e as taxas de mortalidade intra-hospitalar e em 1 ano.

    Resultados:

    Do total de 230 pacientes examinados, 215 foram incluídos na análise. A idade mediana foi de 68 anos (54 - 82), e 57,7% eram do sexo masculino. Os escores totais de disfunção gastrintestinal foram zero (79,1%), I (15,3%), II (4,7%), III (0,9%) e IV (0%). Qualquer manifestação de disfunção gastrintestinal estava presente em 20,9% de todos os pacientes e foi associada à maior duração da internação (20 dias [11 - 33] versus 7 dias [4 - 16]; p < 0,001) e a níveis mais altos de proteína C-reativa na admissão (12,8mg/mL [6,4 - 18,4] versus 5,7mg/mL [3,2 - 13,4]; p < 0,001). O escore de disfunção gastrintestinal foi significativamente associado à mortalidade (RC 2,8; IC95% 1,7 - 4,8; p < 0,001) e à necessidade de ventilação mecânica (RC 2,8; IC95% 1,7 - 4,6; p < 0,001). As taxas de mortalidade hospitalar e em 1 ano aumentaram progressivamente com o aumento dos escores de disfunção gastrintestinal.

    Conclusão:

    Na série atual de pacientes de unidades de terapia intensiva com COVID-19, a gravidade da disfunção gastrintestinal, conforme definida por um sistema de pontuação predefinido, foi preditiva de resultados adversos no hospital e em 1 ano.

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    Importância prognóstica da disfunção gastrintestinal em pacientes graves com COVID-19
  • Artigo Original17/01/2023

    Gravidade do delirium e desfechos de pacientes críticos com COVID-19

    Critical Care Science. 2023;35(4):394-401

    Resumo

    Artigo Original

    Gravidade do delirium e desfechos de pacientes críticos com COVID-19

    Critical Care Science. 2023;35(4):394-401

    DOI 10.5935/2965-2774.20230170-pt

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    RESUMO

    Objetivo:

    Investigar como a gravidade do delirium afeta pacientes graves com COVID-19 e sua associação com os desfechos.

    Métodos:

    Estudo de coorte prospectivo realizado em duas unidades de terapia intensiva terciárias no Rio de Janeiro (RJ). Os pacientes com COVID-19 foram avaliados diariamente durante os primeiros 7 dias de internação na unidade de terapia intensiva usando a escala de agitação e sedação de Richmond, a Confusion Assessment Method for Intensive Care Unit (CAM-ICU) e a Confusion Assessment Method for Intensive Care Unit-7 (CAM-ICU-7). A gravidade do delirium foi correlacionada com os desfechos e a mortalidade em 1 ano.

    Resultados:

    Entre os 277 pacientes com COVID-19 incluídos, o delirium ocorreu em 101 (36,5%) durante os primeiros 7 dias de internação na unidade de terapia intensiva e foi associado a maior tempo de internação na unidade de terapia intensiva em dias (IQ: 13 [7 - 25] versus 6 [4 - 12]; p < 0,001), maior mortalidade hospitalar (25,74% versus 5,11%; p < 0,001) e maior mortalidade em 1 ano (5,3% versus 0,6%, p < 0,001). O delirium foi classificado pela CAM-ICU-7 em termos de gravidade, e escores maiores foram associados à maior mortalidade hospitalar (17,86% versus 34,38% versus 38,46%, IC95%, valor de p < 0,001). O delirium grave foi associado a um risco maior de progressão ao coma (RC de 7,1; IC95% 1,9 - 31,0; p = 0,005) e à ventilação mecânica (RC de 11,09; IC95% 2,8 - 58,5; p = 0,002) na análise multivariada, ajustada por gravidade e fragilidade

    Conclusão:

    Em pacientes internados com COVID-19 na unidade de terapia intensiva, o delirium foi fator de risco independente para o pior prognóstico, incluindo mortalidade. A gravidade do delirium avaliada pela CAM-ICU-7 durante a primeira semana na unidade de terapia intensiva foi associada a desfechos desfavoráveis, incluindo a progressão ao coma e à ventilação mecânica.

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    Gravidade do delirium e desfechos de pacientes críticos com COVID-19
  • Artigo Original22/12/2023

    Acurácia do persistent AKI risk index na predição de injúria renal aguda em pacientes admitidos na unidade de terapia intensiva por insuficiência respiratória aguda

    Critical Care Science. 2023;35(3):302-310

    Resumo

    Artigo Original

    Acurácia do persistent AKI risk index na predição de injúria renal aguda em pacientes admitidos na unidade de terapia intensiva por insuficiência respiratória aguda

    Critical Care Science. 2023;35(3):302-310

    DOI 10.5935/2965-2774.20230141-pt

    Visualizações46

    RESUMO

    Objetivo:

    Avaliar a acurácia do persistent AKI risk index (PARI) na predição de injúria renal aguda em 72 horas após a admissão em unidade de terapia intensiva, injúria renal aguda persistente, terapia de substituição renal e óbito, em até 7 dias em pacientes internados por insuficiência respiratória aguda.

    Métodos:

    Estudo de método-diagnóstico com base em coorte de inclusão consecutiva de pacientes adultos internados em unidade de terapia intensiva de oito hospitais de Curitiba (PR) entre março e setembro de 2020, por insuficiência respiratória aguda secundária à suspeita de COVID-19, com confirmação ou refutação diagnóstica dada pelo resultado de RT-PCR para detecção do SARS-CoV-2. O potencial preditor do PARI foi analisado por curva ROC em relação a delta creatinina, SOFA e APACHE II, para os desfechos injúria renal aguda em 72 horas; injúria renal aguda persistente; terapia de substituição renal e mortalidade em até 7 dias.

    Resultados:

    Dos 1.001 pacientes da coorte, 538 foram incluídos na análise. A média de idade foi de 62 ± 17 anos, 54,8% eram homens e o APACHE II mediano foi de 12. Na admissão, o SOFA mediano era 3, e 83,3% não apresentavam disfunção renal. Após admissão na unidade de terapia intensiva, 17,1% apresentaram injúria renal aguda em 72 horas e, até o sétimo dia, 19,5% apresentaram injúria renal aguda persistente, 5% realizaram terapia de substituição renal, e 17,1% foram a óbito. O PARI apresentou área sob a curva ROC de 0,75 (0,696 - 0,807) para predição de injúria renal aguda em 72 horas, 0,71 (0,613 - 0,807) para terapia de substituição renal e 0,64 (0,565 - 0,710) para mortalidade.

    Conclusão:

    O PARI tem acurácia aceitável na predição de injúria renal aguda em 72 horas e terapia de substituição renal em até 7 dias da admissão na unidade de terapia intensiva, porém sem diferença significativa dos demais escores.

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    Acurácia do persistent AKI risk index na predição de injúria renal aguda em pacientes admitidos na unidade de terapia intensiva por insuficiência respiratória aguda
  • Artigo Original07/08/2023

    Abordagem de cuidados neurocríticos apoiada por monitorização cerebral multimodal após lesão cerebral aguda

    Critical Care Science. 2023;35(2):196-202

    Resumo

    Artigo Original

    Abordagem de cuidados neurocríticos apoiada por monitorização cerebral multimodal após lesão cerebral aguda

    Critical Care Science. 2023;35(2):196-202

    DOI 10.5935/2965-2774.20230036-pt

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    RESUMO

    Objetivo:

    Avaliar a associação entre diferentes tipos de unidades de cuidados intensivos e os níveis de monitorização cerebral com desfechos na lesão cerebral aguda.

    Métodos:

    Foram incluídos doentes com traumatismo craniencefálico e hemorragia subaracnoide internados em unidades de cuidados intensivos. A abordagem na unidade de cuidados neurocríticos foi comparada à abordagem na unidade de cuidados intensivos polivalente geral. Os doentes com monitorização cerebral multimodal e pressão de perfusão cerebral ótima foram comparados aos que passaram por tratamento geral. Um bom desfecho foi definido como pontuação de 4 ou 5 na Glasgow outcome scale.

    Resultados:

    Dos 389 doentes, 237 foram admitidos na unidade de cuidados neurocríticos e 152 na unidade de cuidados intensivos geral. Doentes com abordagem em unidades de cuidados neurocríticos apresentaram menor risco de um mau desfecho (Odds ratio = 0,228). Um subgrupo de 69 doentes com monitorização cerebral multimodal (G1) foi comparado aos demais doentes (G2). Em G1 e G2, respectivamente, 59% e 23% dos doentes apresentaram bom desfecho na alta da unidade de cuidados intensivos; 64% e 31% apresentaram bom desfecho aos 28 dias; 76% e 50% apresentaram bom desfecho aos 3 meses (p < 0,001); e 77% e 58% apresentaram bom desfecho aos 6 meses (p = 0,005). Quando os desfechos foram ajustados para o escore de gravidade do SAPS II, usando o bom desfecho como variável dependente, os resultados foram os seguintes: para o G1, em comparação ao G2, a odds ratio foi de 4,607 na alta da unidade de cuidados intensivos (p < 0,001), 4,22 aos 28 dias (p = 0,001), 3,250 aos 3 meses (p = 0,001) e 2,529 aos 6 meses (p = 0,006). Os doentes com abordagem da pressão de perfusão cerebral ótima (n = 127) apresentaram melhor desfecho em todos os momentos de avaliação. A mortalidade desses doentes foi significativamente menor aos 28 dias (p = 0,001), aos 3 meses (p < 0,001) e aos 6 meses (p = 0,001).

    Conclusão:

    A monitorização cerebral multimodal com autorregulação e abordagem na unidade de cuidados neurocríticos foi associado a melhores desfechos e deve ser levado em consideração após lesão cerebral aguda grave.

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    Abordagem de cuidados neurocríticos apoiada por monitorização cerebral multimodal após lesão cerebral aguda
  • Artigo Original07/08/2023

    Relação entre reserva microvascular isquêmica periférica, hiperlactatemia persistente e sua dinâmica temporal na sepse: um estudo post hoc

    Critical Care Science. 2023;35(2):177-186

    Resumo

    Artigo Original

    Relação entre reserva microvascular isquêmica periférica, hiperlactatemia persistente e sua dinâmica temporal na sepse: um estudo post hoc

    Critical Care Science. 2023;35(2):177-186

    DOI 10.5935/2965-2774.20230348-pt

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    RESUMO

    Objetivo:

    Avaliar o valor prognóstico da reserva microvascular isquêmica periférica no contexto da hiperlactatemia persistente induzida pela sepse, determinar sua influência na dinâmica temporal de lactato e analisar a força da associação entre essas variáveis.

    Métodos:

    Análise post hoc do estudo de índice de perfusão periférica/hiperemia reativa pós-oclusiva caracterizada por uma coorte observacional que incluiu pacientes com sepse que persistiram com níveis de lactato ≥ 2mmol/L após a ressuscitação volêmica (com ou sem choque). A reserva microvascular isquêmica periférica foi mensurada utilizando-se a associação dos métodos do índice de perfusão periférica e hiperemia reativa pós-oclusiva. O ponto de corte dos valores da ∆ índice de perfusão periférica de pico (%) definiu os grupos com baixa (≤ 62%) e alta (> 62%) reserva microvascular isquêmica periférica.

    Resultados:

    Estudaram-se 108 pacientes consecutivos com hiperlactatemia persistente induzida pela sepse. O grupo com alta reserva microvascular isquêmica periférica apresentou maior mortalidade aos 28 dias em relação ao grupo com baixa reserva microvascular isquêmica periférica (p < 0,01). A dinâmica temporal de lactato nas primeiras 48 horas mostrou redução rápida dos níveis de lactato no grupo com baixa reserva microvascular isquêmica periférica (p < 0,01). No entanto, esse resultado não foi reproduzido no modelo de efeitos mistos lineares. Observou-se fraca correlação (%) entre os valores da reserva microvascular isquêmica periférica e níveis de lactato (mmol/L) nas primeiras 24 horas (r = 0,23; p < 0,05).

    Conclusão:

    O valor prognóstico da alta reserva microvascular isquêmica periférica foi confirmado no contexto da hiperlactatemia persistente induzida por sepse. Embora tenha sido observada uma baixa correlação positiva entre os valores da reserva microvascular isquêmica periférica e os níveis de lactato nas primeiras 24 horas do diagnóstico de sepse, o grupo com baixa reserva microvascular isquêmica periférica pareceu apresentar redução mais rápida do lactato nas 48 horas de seguimento.

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  • Artigo Original03/03/2022

    Retorno ao trabalho após a alta da unidade de terapia intensiva: uma coorte multicêntrica brasileira

    Revista Brasileira de Terapia Intensiva. 2022;34(4):492-498

    Resumo

    Artigo Original

    Retorno ao trabalho após a alta da unidade de terapia intensiva: uma coorte multicêntrica brasileira

    Revista Brasileira de Terapia Intensiva. 2022;34(4):492-498

    DOI 10.5935/0103-507X.20220169-pt

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    RESUMO

    Objetivo:

    Descrever a taxa e os fatores relacionados ao não retorno ao trabalho no terceiro mês pós-alta da unidade de terapia intensiva, além dos impactos do desemprego, da perda de renda e dos gastos com saúde para os sobreviventes.

    Métodos:

    Estudo de coorte prospectivo multicêntrico, que incluiu sobreviventes da doença aguda grave, hospitalizados entre 2015 e 2018, previamente empregados, que permaneceram mais de 72 horas internados na unidade de terapia intensiva. Os desfechos foram avaliados por entrevista telefônica no terceiro mês após a alta.

    Resultados:

    Dos 316 pacientes incluídos no estudo que trabalhavam previamente, 193 (61,1%) não retornaram ao trabalho nos 3 meses após a alta da unidade de terapia intensiva. Foram associados ao não retorno ao trabalho: baixo nível educacional (razão de prevalência de 1,39; IC95% 1,10 - 1,74; p = 0,006), vínculo empregatício prévio (razão de prevalência de 1,32; IC95% 1,10 - 1,58; p = 0,003), necessidade de ventilação mecânica (razão de prevalência de 1,20; IC95% 1,01 - 1,42; p = 0,04) e dependência física no terceiro mês pós-alta (razão de prevalência de 1,27; IC95% 1,08 - 1,48; p = 0,003). Os sobreviventes incapazes de retornar ao trabalho mais frequentemente apresentaram redução da renda familiar (49,7% versus 33,3%; p = 0,008) e aumento dos gastos em saúde (66,9% versus 48,3%; p = 0,002) quando comparados àqueles que retornaram ao trabalho no terceiro mês após a alta da unidade de terapia intensiva.

    Conclusão:

    Frequentemente, os sobreviventes de unidade de terapia intensiva não retornam ao trabalho até o terceiro mês pós-alta da unidade de terapia intensiva. Baixo nível educacional, trabalho formal, necessidade de suporte ventilatório e dependência física no terceiro mês pós-alta relacionaram-se ao não retorno ao trabalho. O não retorno ao trabalho também se relacionou com redução na renda familiar e aumento dos custos com saúde após a alta da unidade de terapia intensiva.

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Comunicação Breve
Consenso Brasileiro de Monitorização e Suporte Hemodinâmico
Correspondência
Diretrizes e Consenso
Editorial
Errata
III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecância
Informação Clínica
Ponto De Vista
Relato de Caso
Resposta dos Autores
Revisão Narrativa
Série: Medicina baseada em evidências e terapia intensiva
Série: Terminalidade em UTI
Terminalidade em UTI pediátrica
Ano / Volume
2025; v.37
2024; v.37
2024; v.36
2023; v.35
2022; v.34
2021; v.33
2020; v.32
2019; v.31
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2017; v.29
2016; v.28
2015; v.27
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