Você pesquisou por:"Luciano Cesar Pontes Azevedo"
Encontramos (17) resultados para a sua busca.Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2014;26(3):253-262
DOI 10.5935/0103-507X.20140036
Analisar o custo-utilidade do uso da oxigenação extracorpórea para pacientes com síndrome da angústia respiratória aguda grave no Brasil.
Com bancos de dados de estudos previamente publicados, foi construída uma árvore encadeada de decisões. Os custos foram extraídos da média de 3 meses do preço pago pelo Sistema Único de Saúde em 2011. Com 10 milhões de pacientes simulados com desfechos e custos predeterminados, uma análise da relação de incremento de custo e de anos de vida ganhos ajustados pela qualidade (custo-utilidade) foi realizada com sobrevida de 40 e 60% dos pacientes que usaram oxigenação extracorpórea.
A árvore de decisões resultou em 16 desfechos com técnicas diferentes de suporte à vida. Com a sobrevida de 40/60%, respectivamente, o incremento de custos foi de R$ -301,00/-14,00, com o preço pago de R$ -30.913,00/-1.752,00 por ano de vida ganho ajustado pela qualidade para 6 meses e de R$ -2.386,00/-90,00 por ano de vida ganho ajustado pela qualidade até o fim de vida, quando se analisaram todos os pacientes com síndrome da angústia respiratória aguda grave. Analisando somente os pacientes com hipoxemia grave (relação da pressão parcial de oxigênio no sangue sobre a fração inspirada de oxigênio <100mmHg), o incremento de custos foi de R$ -5.714,00/272,00, com preço por ano de vida ganho ajustado pela qualidade em 6 meses de R$ -9.521,00/293,00, e com o custo de R$ -280,00/7,00 por ano de vida ganho ajustado pela qualidade.
A relação de custo-utilidade do uso da oxigenação extracorpórea no Brasil foi potencialmente aceitável neste estudo hipotético.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2011;23(3):283-290
DOI 10.1590/S0103-507X2011000300005
OBJETIVOS: Apesar da ressuscitação volêmica guiada por saturação venosa central de oxigênio (SvcO2) ser considerada atualmente padrão ouro no tratamento da sepse, poucos estudos caracterizaram o perfil evolutivo de variáveis hemodinâmicas e perfusionais durante esta abordagem terapêutica. Este estudo teve por objetivo descrever evolutivamente estes parâmetros durante o choque séptico experimental sem ressuscitação e após 12 horas de ressuscitação guiada por metas. MÉTODOS: Treze porcos (35-45 kg) anestesiados foram submetidos a peritonite por inoculação fecal (0,75g/kg). Após desenvolverem hipotensão persistente, ambos os grupos receberam antibióticos e foram randomizados em dois grupos: controle (n=7), com suporte hemodinâmico otimizado para pressão venosa central entre 8-12mmHg, diurese acima de 0,5ml/kg/h e pressão arterial média maior que 65mmHg; e SvO2 (n=6), com os objetivos acima e SvO2 acima de 65%. As intervenções incluíram ringer lactato e noradrenalina nos 2 grupos e dobutamina no grupo SvO2. Os animais foram tratados durante doze horas ou óbito. RESULTADOS: A sepse não tratada associou-se a uma significante redução da SvO2, PvO2, débito cardíaco e pressão venosa central e aumento da diferença arterio-venosa da saturação de oxigênio e veno-arterial de CO2. Após ressuscitação, esses parâmetros foram corrigidos em ambos os grupos. A ressuscitação guiada por metas associou-se a um melhor perfil hemodinâmico caracterizado por maiores SvO2, débito cardíaco e pressão venosa central. CONCLUSÕES: A sepse não ressuscitada apresenta um perfil hemodinâmico sugestivo de hipovolemia, com piora perfusional e hemodinâmica revertida após ressuscitação volêmica. A ressuscitação guiada por metas associa-se a uma significante melhora dos parâmetros hemodinâmicos e perfusionais
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2014;26(3):287-291
DOI 10.5935/0103-507X.20140040
Para desenvolver modelos experimentais de transfusão de hemácias, o primeiro passo é assegurar a viabilidade dos eritrócitos transfundidos. Avaliamos a viabilidade de eritrócitos transfundidos com validação in vitro e in vivo de eritrócitos suínos homólogos armazenados por 14 dias.
Neste estudo piloto, o sangue coletado de um suíno Agroceres® foi estocado em duas unidades de hemácias. A validação in vivo foi realizada pela marcação dos eritrócitos com Na2 51CrO4 e recuperação dos eritrócitos viáveis após 24 horas da infusão em um animal autólogo e quatro homólogos. A validação in vitro foi realizada na avaliação basal e após 14 dias, pela mensuração da hemoglobina, hematócrito, índice de hemólise e hemoglobina livre em seis unidades de hemácias. Foi realizada uma esplenectomia post-mortem para avaliar o sequestro esplênico de eritrócitos, e a radioatividade das amostras de sobrenadante foi contada para avaliar a hemólise intravascular.
Após 14 dias de estocagem, as unidades de hemácias tinham volumes menores e concentração total de hemoglobina equivalente em comparação aos padrões humanos. A concentração de hemoglobina livre aumentou de 31,0±9,3 para 112,4±31,4mg/dL (p<0,001) e o índice de hemólise aumentou de 0,1±0,1 para 0,5±0,1% (p<0,001). Entretanto, esses testes se encontravam dentro da faixa aceitável para os padrões humanos. A percentagem de radioatividade nas amostras de sobrenadante foi similar na avaliação basal e após 24 horas, afastando, assim, a presença de hemólise significante. Não se encontraram evidências de sequestro esplênico de eritrócitos radioativos.
Hemácias suínas estocadas por 14 dias são viáveis e podem ser utilizadas em estudos experimentais de transfusão. Esses experimentos de validação são importantes para ajudar os investigadores a estabelecerem modelos experimentais de transfusão.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2018;30(3):317-326
DOI 10.5935/0103-507X.20180052
Caracterizar pacientes graves transportados em suporte respiratório ou cardiovascular extracorpóreo.
Descrição de uma série de 18 casos registrados no Estado de São Paulo. Todos os pacientes foram consecutivamente avaliados por uma equipe multidisciplinar no hospital de origem. Os pacientes foram resgatados, sendo a oxigenação por membrana extracorpórea instalada in loco. Os pacientes foram, então, transportados para os hospitais referenciados já em oxigenação por membrana extracorpórea. Os dados foram recuperados de um banco de dados prospectivamente coletado.
De 2011 até 2017, 18 pacientes com 29 (25 - 31) anos, SAPS3 de 84 (68 - 92), com principais diagnósticos de leptospirose e influenza A (H1N1) foram transportados no Estado de São Paulo para três hospitais referenciados. Uma distância mediana de 39 (15 - 82) km foi percorrida em cada missão, em um tempo de 360 (308 - 431) minutos. As medianas de um (0 - 2) enfermeiro, três (2 - 3) médicos e um (0 - 1) fisioterapeuta foram necessárias por missão. Dezessete transportes foram realizados por ambulância e um por helicóptero. Existiram intercorrências: em duas ocasiões (11%), houve falha de fornecimento de energia para a bomba e, em duas ocasiões, queda da saturação de oxigênio < 70%. Treze pacientes (72%) sobreviveram para a alta hospitalar. Dos pacientes não sobreviventes, dois tiveram morte encefálica; dois, disfunção de múltiplos órgãos; e um, fibrose pulmonar considerada irreversível.
O transporte com suporte extracorpóreo ocorreu sem intercorrências maiores, com uma sobrevida hospitalar alta dos pacientes.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2015;27(1):36-43
DOI 10.5935/0103-507X.20150007
Avaliar os efeitos imediatos da transfusão de hemácias nos níveis de saturação venosa central de oxigênio e de lactato em pacientes com choque séptico usando diferentes níveis gatilho de hemoglobina para indicar transfusão.
Incluímos pacientes com diagnóstico de choque séptico nas últimas 48 horas e níveis de hemoglobina abaixo de 9,0g/dL. Os pacientes foram randomizados para receber imediatamente transfusão se as concentrações se mantivessem acima de 9,0g/dL (Grupo Hb9) ou adiar a transfusão até que a hemoglobina caísse abaixo de 7,0g/dL (Grupo Hb7). Os níveis de hemoglobina, lactato e saturação venosa central de oxigênio foram determinados antes e 1 hora após cada transfusão.
Incluímos 46 pacientes, totalizando 74 transfusões. Os pacientes do Grupo Hb7 tiveram uma redução significante nos níveis medianos de lactato de 2,44 (2,00 - 3,22) mMol/L para 2,21 (1,80 - 2,79) mMol/L; p = 0,005. Isto não foi observado no Grupo Hb9 [1,90 (1,80 - 2,65) mMol/L para 2,00 (1,70 - 2,41) mMol/L; p = 0,23]. A saturação venosa central de oxigênio aumentou no Grupo Hb7 [68,0 (64,0 - 72,0)% para 72,0 (69,0 - 75,0)%; p < 0,0001], mas não no Grupo Hb9 [72,0 (69,0 - 74,0)% para 72,0 (71,0 - 73,0)%; p = 0,98]. Pacientes com elevados níveis de lactato ou saturação venosa central de oxigênio menor que 70% na avaliação basal tiveram um aumento significante nessas variáveis, independentemente dos níveis basais de hemoglobina. Pacientes com valores normais não demonstraram diminuição em quaisquer dos grupos.
A transfusão de hemácias aumentou a saturação venosa central de oxigênio e diminuiu os níveis de lactato em pacientes com hipoperfusão, independentemente de seus níveis basais de hemoglobina. A transfusão não pareceu influenciar essas variáveis em pacientes sem hipoperfusão.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2011;23(3):374-379
DOI 10.1590/S0103-507X2011000300017
Existem poucos relatos na literatura sobre o uso de oxigenação extracorpórea por membrana venoarterial por dupla disfunção decorrente de contusão cardíaca e pulmonar no paciente politraumatizado. Relatamos o caso de um paciente de 48 anos, vítima de acidente de motocicleta e automóvel, que evoluiu rapidamente com choque refratário com baixo débito cardíaco por contusão miocárdica e hipoxemia refratária decorrente de contusão pulmonar, tórax instável e pneumotórax bilateral. O suporte extracorpóreo foi uma medida efetiva de resgate para esse caso dramático, e o seu uso pôde ser interrompido com sucesso no 4º dia após o trauma. O paciente evoluiu com extenso infarto cerebral, morrendo no 7º dia de internação
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2015;27(4):376-382
DOI 10.5935/0103-507X.20150063
Avaliar as concentrações séricas e a variação de vitamina D em pacientes com sepse grave ou choque séptico e indivíduos controles na admissão e após 7 dias de internação na unidade de terapia intensiva, correlacionando-os com a gravidade da disfunção orgânica.
Estudo caso-controle, prospectivo e observacional em pacientes com mais de 18 anos com sepse grave ou choque séptico pareados com grupo controle. Foi realizada dosagem sérica de vitamina D na inclusão (D0) e no sétimo dia (D7). Definiu-se deficiência grave se vitamina D < 10ng/mL, deficiência se entre 10 e 20ng/mL, insuficiência se entre 20 e 30ng/mL e suficiência se ≥ 30ng/mL. Consideramos melhora a modificação para qualquer classificação mais elevada, associada ao incremento de 50% dos valores absolutos.
Incluímos 51 pacientes (26 sépticos e 25 controles). A prevalência de concentrações de vitamina D ≤ 30ng/mL foi de 98%. Não houve correlação entre a concentração sérica de vitamina D no D0 e o escore SOFA no D0 ou com sua variação após 7 dias, tanto na população geral quanto nos sépticos. Pacientes com melhora da deficiência tiveram melhora no escore SOFA no D7 (p = 0,013).
Na população estudada, os pacientes sépticos apresentaram melhora das concentrações séricas de vitamina D no sétimo dia em comparação com controles. Encontramos associação entre a melhora das concentrações de vitamina D e a maior redução da intensidade de disfunção orgânica.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2018;30(4):402-404
DOI 10.5935/0103-507X.20180061