Você pesquisou por:"Renato Carneiro de Freitas Chaves"
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Rev Bras Ter Intensiva. 2020;32(1):17-27
DOI 10.5935/0103-507X.20200005
Definir o perfil epidemiológico e os principais determinantes de morbimortalidade dos pacientes cirúrgicos não cardíacos de alto risco no Brasil.
Estudo prospectivo, observacional e multicêntrico. Todos os pacientes cirúrgicos não cardíacos admitidos nas unidades de terapia intensiva, ou seja, considerados de alto risco, no período de 1 mês, foram avaliados e acompanhados diariamente por, no máximo, 7 dias na unidade de terapia intensiva, para determinação de complicações. As taxas de mortalidade em 28 dias de pós-operatório, na unidade de terapia intensiva e hospitalar foram avaliadas.
Participaram 29 unidades de terapia intensiva onde foram realizadas cirurgias em 25.500 pacientes, dos quais 904 (3,5%) de alto risco (intervalo de confiança de 95% - IC95% 3,3% - 3,8%), tendo sido incluídos no estudo. Dos pacientes envolvidos, 48,3% eram de unidades de terapia intensiva privadas e 51,7% de públicas. O tempo de internação na unidade de terapia intensiva foi de 2,0 (1,0 - 4,0) dias e hospitalar de 9,5 (5,4 - 18,6) dias. As taxas de complicações foram 29,9% (IC95% 26,4 - 33,7) e mortalidade em 28 dias pós-cirurgia 9,6% (IC95% 7,4 - 12,1). Os fatores independentes de risco para complicações foram Simplified Acute Physiology Score 3 (SAPS 3; razão de chance − RC = 1,02; IC95% 1,01 - 1,03) e Sequential Organ Failure Assessment Score (SOFA) da admissão na unidade de terapia intensiva (RC =1,17; IC95% 1,09 - 1,25), tempo de cirurgia (RC = 1,001; IC95% 1,000 - 1,002) e cirurgias de emergências (RC = 1,93; IC95% 1,10 - 3,38). Em adição, foram associados com mortalidade em 28 dias idade (RC = 1,032; IC95% 1,011 - 1,052) SAPS 3 (RC = 1,041; IC95% 1,107 - 1,279), SOFA (RC = 1,175; IC95% 1,069 - 1,292) e cirurgias emergenciais (RC = 2,509; IC95% 1,040 - 6,051).
Pacientes com escores prognósticos mais elevados, idosos, tempo cirúrgico e cirurgias emergenciais estiveram fortemente associados a maior mortalidade em 28 dias e mais complicações durante permanência em unidade de terapia intensiva.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2017;29(2):238-247
DOI 10.5935/0103-507X.20170033
Parâmetros relacionados à macrocirculação, como pressão arterial média, pressão venosa central, débito cardíaco e saturação venosa mista e central de oxigênio, são comumente utilizados na avaliação hemodinâmica de pacientes graves. No entanto, diversos estudos demonstram que existe dissociação entre estes parâmetros e o estado da microcirculação neste grupo de pacientes. Técnicas que permitem a visualização direta da microcirculação não estão completamente difundidas e nem incorporadas ao manejo clínico dos pacientes em choque. Entre as inúmeras técnicas desenvolvidas para avaliação da microcirculação encontram-se: avaliação clínica (por exemplo: índice de perfusão periférica e gradiente de temperatura); fluxometria por laser Doppler; eletrodos de avaliação de oxigênio tecidual; videomicroscopia (imagem espectral por polarização ortogonal, análise em campo escuro de fluxo lateral, ou iluminação incidental em campo escuro); e espectroscopia no infravermelho próximo. A monitorização e a otimização da perfusão tecidual por meio da visualização direta e da avaliação da microcirculação pode, em um futuro próximo, tornar-se uma meta a ser atingida na ressuscitação hemodinâmica dos pacientes graves.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2022;34(2):287-294
DOI 10.5935/0103-507X.20220027-en
A cetamina é única entre os anestésicos e analgésicos. A droga é um anestésico geral de ação rápida que produz um estado anestésico caracterizado por analgesia profunda, reflexos faríngeolaríngeos preservados, tônus músculo esquelético normal ou ligeiramente aumentado, estimulação cardiovascular e respiratória e, ocasionalmente, insuficiência respiratória transitória e mínima. Estudos demonstraram a eficácia de seu uso em anestesia, na dor, em cuidados paliativos e em cuidados intensivos. Recentemente, tem sido empregada para dores pós-operatórias e crônicas, como coadjuvante em psicoterapia, como tratamento para depressão e transtorno de estresse pós-traumático, como sedativo para procedimentos cirúrgicos e como tratamento para condições clínicas respiratórias e/ou neurológicas. Apesar de ser um medicamento seguro e amplamente utilizado, muitos médicos, como intensivistas e emergencistas, não estão cientes das aplicações clínicas atuais da cetamina. O objetivo desta revisão bibliográfica narrativa é apresentar aspectos teóricos e práticos das aplicações clínicas da cetamina em ambientes de unidade de terapia intensiva e serviços de emergência.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2019;31(3):410-424
DOI 10.5935/0103-507X.20190063
A oxigenação por membrana extracorpórea é uma modalidade de suporte de vida extracorpóreo que possibilita suporte temporário à falência da função pulmonar e/ou cardíaca, refratária ao tratamento clínico convencional. Desde as primeiras descrições da oxigenação por membrana extracorpórea, melhorias significativas ocorreram no dispositivo, no manejo do paciente e, consequentemente, nos desfechos dos pacientes em oxigenação por membrana extracorpórea. Diversos estudos importantes sobre a utilização de oxigenação por membrana extracorpórea em pacientes com síndrome do desconforto respiratório agudo refratária ao suporte clínico convencional, em parada cardíaca intra-hospitalar e choque cardiogênico refratário foram publicados nos últimos anos. Dessa forma, o objetivo desta revisão é apresentar conceitos teóricos e práticos sobre a utilização da oxigenação por membrana extracorpórea em situações de falência pulmonar e/ou cardíaca refratária ao manejo clínico convencional em pacientes críticos.