Artigo Original Archives - Critical Care Science (CCS)

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    Tradução e adaptação transcultural dos pontos âncoras da escala Cornell Assessment of Pediatric Delirium para língua portuguesa

    Crit Care Sci. 2023;35(3):320-327

    Resumo

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    Tradução e adaptação transcultural dos pontos âncoras da escala Cornell Assessment of Pediatric Delirium para língua portuguesa

    Crit Care Sci. 2023;35(3):320-327

    DOI 10.5935/2965-2774.20230165-pt

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    RESUMO

    Objetivo:

    Traduzir e realizar a adaptação transcultural dos pontos âncoras da escala Cornell Assessment of Pediatric Delirium do inglês para a língua portuguesa do Brasil.

    Métodos:

    O processo de tradução e adaptação transcultural dos pontos âncoras seguiu todas as etapas recomendadas internacionalmente após a autorização de uso pela autora principal. As etapas foram: tradução da versão original para língua portuguesa por dois tradutores bilíngues nativos do idioma-alvo; síntese das versões; tradução reversa por dois tradutores nativos do idioma de origem; revisão e síntese da retradução; revisão por um comitê de juízes formado por especialistas e elaboração da versão final.

    Resultados:

    O processo de tradução e adaptação transcultural dos pontos âncoras seguiu as recomendações. As questões linguísticas e semânticas que surgiram foram discutidas pelo comitê de juízes, no qual se observou concordância de 91,8% pela escala de Likert com pequenas alterações de forma consensual. Após reanálise dos autores, não houve alterações, resultando na versão final, de fácil compreensão e administração.

    Conclusão:

    A tradução e a adaptação transcultural dos pontos âncoras da escala de Cornell Assessment of Pediatric Delirium para a língua portuguesa falada no Brasil foram bem-sucedidas com manutenção das propriedades linguísticas e semânticas do instrumento original. A tabela dos pontos âncoras mostrou ser de fácil compreensão e auxílio durante a avaliação das crianças abaixo de 24 meses por meio da escala de Cornell Assessment of Pediatric Delirium.

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    Acurácia do persistent AKI risk index na predição de injúria renal aguda em pacientes admitidos na unidade de terapia intensiva por insuficiência respiratória aguda

    Crit Care Sci. 2023;35(3):302-310

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    Acurácia do persistent AKI risk index na predição de injúria renal aguda em pacientes admitidos na unidade de terapia intensiva por insuficiência respiratória aguda

    Crit Care Sci. 2023;35(3):302-310

    DOI 10.5935/2965-2774.20230141-pt

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    RESUMO

    Objetivo:

    Avaliar a acurácia do persistent AKI risk index (PARI) na predição de injúria renal aguda em 72 horas após a admissão em unidade de terapia intensiva, injúria renal aguda persistente, terapia de substituição renal e óbito, em até 7 dias em pacientes internados por insuficiência respiratória aguda.

    Métodos:

    Estudo de método-diagnóstico com base em coorte de inclusão consecutiva de pacientes adultos internados em unidade de terapia intensiva de oito hospitais de Curitiba (PR) entre março e setembro de 2020, por insuficiência respiratória aguda secundária à suspeita de COVID-19, com confirmação ou refutação diagnóstica dada pelo resultado de RT-PCR para detecção do SARS-CoV-2. O potencial preditor do PARI foi analisado por curva ROC em relação a delta creatinina, SOFA e APACHE II, para os desfechos injúria renal aguda em 72 horas; injúria renal aguda persistente; terapia de substituição renal e mortalidade em até 7 dias.

    Resultados:

    Dos 1.001 pacientes da coorte, 538 foram incluídos na análise. A média de idade foi de 62 ± 17 anos, 54,8% eram homens e o APACHE II mediano foi de 12. Na admissão, o SOFA mediano era 3, e 83,3% não apresentavam disfunção renal. Após admissão na unidade de terapia intensiva, 17,1% apresentaram injúria renal aguda em 72 horas e, até o sétimo dia, 19,5% apresentaram injúria renal aguda persistente, 5% realizaram terapia de substituição renal, e 17,1% foram a óbito. O PARI apresentou área sob a curva ROC de 0,75 (0,696 - 0,807) para predição de injúria renal aguda em 72 horas, 0,71 (0,613 - 0,807) para terapia de substituição renal e 0,64 (0,565 - 0,710) para mortalidade.

    Conclusão:

    O PARI tem acurácia aceitável na predição de injúria renal aguda em 72 horas e terapia de substituição renal em até 7 dias da admissão na unidade de terapia intensiva, porém sem diferença significativa dos demais escores.

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    Biomarcadores de disfunção neuropsiquiátrica em sobreviventes de unidades de terapia intensiva: um estudo de coorte prospectivo

    Crit Care Sci. 2023;35(2):147-155

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    Biomarcadores de disfunção neuropsiquiátrica em sobreviventes de unidades de terapia intensiva: um estudo de coorte prospectivo

    Crit Care Sci. 2023;35(2):147-155

    DOI 10.5935/2965-2774.20230422-pt

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    RESUMO

    Objetivo:

    Avaliar os fatores associados aos desfechos neuropsiquiátricos de longo prazo, incluindo biomarcadores, medidos após a alta da unidade de terapia intensiva.

    Métodos:

    Foi realizado um estudo de coorte prospectivo com 65 sobreviventes de unidades de terapia intensiva. A avaliação cognitiva foi realizada por meio do Miniexame do Estado Mental; os sintomas de ansiedade e depressão foram avaliados por meio da Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão, e o transtorno de estresse pós-traumático foi avaliado pela Escala de Impacto do Evento-6. Os níveis plasmáticos de beta amiloide (1-42), beta amiloide (1-40), interleucina 10, interleucina 6, interleucina 33, interleucina 4, interleucina 5, fator de necrose tumoral alfa, proteína C-reativa e fator neurotrófico derivado do cérebro foram medidos na alta da unidade de terapia intensiva.

    Resultados:

    Das variáveis associadas à terapia intensiva, apenas o delirium foi relacionado de forma independente à ocorrência de comprometimento cognitivo de longo prazo. Além disso, níveis mais altos de interleucina 10 e interleucina 6 foram associados à disfunção cognitiva. Apenas a interleucina 6 foi associada de forma independente à depressão. A ventilação mecânica, os níveis de interleucina 33 e os níveis de proteína C-reativa foram associados de forma independente à ansiedade. Nenhuma variável foi associada de forma independente ao transtorno de estresse pós-traumático.

    Conclusão:

    A disfunção cognitiva, bem como os sintomas de depressão, ansiedade e transtorno de estresse pós-traumático, estão presentes em pacientes que sobrevivem a uma doença grave, e alguns desses desfechos estão associados aos níveis de biomarcadores inflamatórios medidos na alta da unidade de terapia intensiva.

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    Fatores associados ao paciente com síndrome do desconforto respiratório agudo grave devido ao SARS-CoV-2 irresponsivo ao decúbito ventral

    Crit Care Sci. 2023;35(2):156-162

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    Fatores associados ao paciente com síndrome do desconforto respiratório agudo grave devido ao SARS-CoV-2 irresponsivo ao decúbito ventral

    Crit Care Sci. 2023;35(2):156-162

    DOI 10.5935/2965-2774.20230343-pt

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    RESUMO

    Objetivo:

    Identificar fatores de risco em pacientes submetidos à ventilação mecânica devido à síndrome do desconforto respiratório agudo grave associada à COVID-19 e hipoxemia refratária irresponsivos ao decúbito ventral em um hospital terciário na Colômbia.

    Métodos:

    Estudo observacional baseado em coorte retrospectiva de pacientes submetidos à ventilação mecânica devido à síndrome do desconforto respiratório agudo grave associada ao SARS-CoV-2 em decúbito ventral devido à hipoxemia refratária. O estudo considerou resposta a melhora ≥ 20% na relação entre pressão parcial de oxigênio e fração inspirada de oxigênio após o primeiro ciclo de 16 horas em decúbito ventral. Os pacientes irresponsivos foram considerados casos, e os responsivos foram considerados controles. Controlamos as variáveis clínicas, laboratoriais e radiológicas.

    Resultados:

    Foram incluídos 724 pacientes (58,67 ± 12,37 anos, 67,7% do sexo masculino). Destes, 21,9% eram pacientes irresponsivos. A mortalidade foi de 54,1% nos irresponsivos e de 31,3% nos responsivos (p < 0,001). As variáveis associadas à ausência de resposta foram tempo do início da ventilação mecânica até o decúbito ventral (RC de 1,23; IC95% 1,10 - 1,41); relação entre pressão parcial de oxigênio e fração inspirada de oxigênio pré-intubação (RC de 0,62; IC95% 0,40 - 0,96); relação entre pressão parcial de oxigênio e fração inspirada de oxigênio anterior ao decúbito ventral (RC de 1,88; IC95% 1,22 - 2,94); e consolidação radiológica de múltiplos lobos (RC de 2,12; IC95% 1,33 - 3,33) ou padrão misto (RC de 1,72; IC95% 1,07 - 2,85) em comparação com um padrão em vidro fosco.

    Conclusão:

    Este estudo identificou fatores associados à ausência de resposta ao decúbito ventral em pacientes com hipoxemia refratária e síndrome do desconforto respiratório agudo devido ao SARS-CoV-2 em ventilação mecânica. O reconhecimento desses fatores ajuda a identificar os candidatos a outras estratégias de resgate, incluindo decúbito ventral mais prolongado ou oxigenação por membrana extracorpórea. São necessários novos estudos para avaliar a consistência desses achados em populações com síndrome do desconforto respiratório agudo por causa de outras etiologias.

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    Falha de extubação e uso de ventilação não invasiva durante o processo de desmame em pacientes críticos com COVID-19

    Crit Care Sci. 2023;35(2):163-167

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    Falha de extubação e uso de ventilação não invasiva durante o processo de desmame em pacientes críticos com COVID-19

    Crit Care Sci. 2023;35(2):163-167

    DOI 10.5935/2965-2774.20230009-pt

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    RESUMO

    Objetivo:

    Avaliar o desfecho da extubação em pacientes com COVID-19 e o uso da ventilação não invasiva no processo de desmame.

    Métodos:

    Este estudo retrospectivo, observacional e unicêntrico foi realizado em pacientes com COVID-19 com 18 anos ou mais, internados em uma unidade de terapia intensiva entre abril de 2020 e dezembro de 2021, colocados sob ventilação mecânica por mais de 48 horas com progressão para o desmame. A extubação precoce foi definida como a extubação sem um teste de ventilação espontânea e com uso imediato de ventilação não invasiva após a extubação. Em pacientes submetidos a um teste de ventilação espontânea, a ventilação não invasiva poderia ser usada como assistência ventilatória profilática, quando iniciada imediatamente após a extubação (ventilação não invasiva profilática), ou como terapia de resgate em casos de insuficiência respiratória pós-extubação (ventilação não invasiva terapêutica). O desfecho primário foi falha de extubação durante a internação na unidade de terapia intensiva.

    Resultados:

    Foram incluídos 384 pacientes extubados. A falha de extubação foi observada em 107 (27,9%) pacientes. Quarenta e sete (12,2%) pacientes receberam ventilação não invasiva profilática. Em 26 (6,8%) pacientes, a extubação precoce foi realizada com o uso imediato de ventilação não invasiva. A ventilação não invasiva para o manejo da insuficiência respiratória pós-extubação foi administrada em 64 (16,7%) pacientes.

    Conclusão:

    Os pacientes com COVID-19 apresentaram alta taxa de falha de extubação. Apesar do alto risco de falha de extubação, observamos baixo uso de ventilação não invasiva profilática nesses pacientes.

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    Efeitos da insuflação-exsuflação mecânica na prevenção da insuficiência respiratória aguda pós-extubação em pacientes com fraqueza adquirida em terapia intensiva: um estudo controlado e randomizado

    Crit Care Sci. 2023;35(2):168-176

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    Efeitos da insuflação-exsuflação mecânica na prevenção da insuficiência respiratória aguda pós-extubação em pacientes com fraqueza adquirida em terapia intensiva: um estudo controlado e randomizado

    Crit Care Sci. 2023;35(2):168-176

    DOI 10.5935/2965-2774.20230410-pt

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    RESUMO

    Objetivo:

    Verificar se o uso de insuflação-exsuflação mecânica pode reduzir a incidência da insuficiência respiratória aguda no período de 48 horas pós-extubação em pacientes com fraqueza adquirida em unidades de terapia intensiva.

    Métodos:

    Estudo prospectivo, randomizado, controlado e aberto. Os pacientes diagnosticados com fraqueza adquirida em unidade de terapia intensiva foram incluídos consecutivamente, com base em uma pontuação do Medical Research Council ≤ 48/60. Os pacientes receberam aleatoriamente duas sessões diárias; no grupo controle, realizou-se fisioterapia torácica convencional, enquanto no grupo intervenção, combinou-se fisioterapia torácica com insuflação-exsuflação mecânica. Avaliou-se a incidência de insuficiência respiratória aguda dentro de 48 horas após a extubação. Da mesma forma, avaliaram-se a taxa de reintubação, o tempo de permanência na unidade de terapia intensiva, a mortalidade aos 28 dias e a probabilidade de sobrevida aos 90 dias. O estudo foi interrompido após resultados de futilidade na análise intermediária.

    Resultados:

    Incluímos 122 pacientes consecutivos (n = 61 por grupo). Não houve diferença significativa na incidência de insuficiência respiratória aguda entre os tratamentos (11,5% no grupo controle versus 16,4% no grupo intervenção; p = 0,60), na necessidade de reintubação (3,6% versus 10,7%; p = 0,27), no tempo médio de internação (3 versus 4 dias; p = 0,33), na mortalidade aos 28 dias (9,8% versus 15,0%; p = 0,42) ou na probabilidade de sobrevida aos 90 dias (21,3% versus 28,3%; p = 0,41).

    Conclusão:

    A insuflação-exsuflação mecânica associada à fisioterapia torácica parece não ter impacto na prevenção da insuficiência respiratória aguda pós-extubação em pacientes com fraqueza adquirida na unidade de terapia intensiva. Da mesma forma, a mortalidade e a probabilidade de sobrevida foram semelhantes em ambos os grupos. No entanto, devido ao término precoce do estudo, recomenda-se enfaticamente uma investigação clínica mais aprofundada.

    Registro Clinical Trials:

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    Relação entre reserva microvascular isquêmica periférica, hiperlactatemia persistente e sua dinâmica temporal na sepse: um estudo post hoc

    Crit Care Sci. 2023;35(2):177-186

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    Relação entre reserva microvascular isquêmica periférica, hiperlactatemia persistente e sua dinâmica temporal na sepse: um estudo post hoc

    Crit Care Sci. 2023;35(2):177-186

    DOI 10.5935/2965-2774.20230348-pt

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    RESUMO

    Objetivo:

    Avaliar o valor prognóstico da reserva microvascular isquêmica periférica no contexto da hiperlactatemia persistente induzida pela sepse, determinar sua influência na dinâmica temporal de lactato e analisar a força da associação entre essas variáveis.

    Métodos:

    Análise post hoc do estudo de índice de perfusão periférica/hiperemia reativa pós-oclusiva caracterizada por uma coorte observacional que incluiu pacientes com sepse que persistiram com níveis de lactato ≥ 2mmol/L após a ressuscitação volêmica (com ou sem choque). A reserva microvascular isquêmica periférica foi mensurada utilizando-se a associação dos métodos do índice de perfusão periférica e hiperemia reativa pós-oclusiva. O ponto de corte dos valores da ∆ índice de perfusão periférica de pico (%) definiu os grupos com baixa (≤ 62%) e alta (> 62%) reserva microvascular isquêmica periférica.

    Resultados:

    Estudaram-se 108 pacientes consecutivos com hiperlactatemia persistente induzida pela sepse. O grupo com alta reserva microvascular isquêmica periférica apresentou maior mortalidade aos 28 dias em relação ao grupo com baixa reserva microvascular isquêmica periférica (p < 0,01). A dinâmica temporal de lactato nas primeiras 48 horas mostrou redução rápida dos níveis de lactato no grupo com baixa reserva microvascular isquêmica periférica (p < 0,01). No entanto, esse resultado não foi reproduzido no modelo de efeitos mistos lineares. Observou-se fraca correlação (%) entre os valores da reserva microvascular isquêmica periférica e níveis de lactato (mmol/L) nas primeiras 24 horas (r = 0,23; p < 0,05).

    Conclusão:

    O valor prognóstico da alta reserva microvascular isquêmica periférica foi confirmado no contexto da hiperlactatemia persistente induzida por sepse. Embora tenha sido observada uma baixa correlação positiva entre os valores da reserva microvascular isquêmica periférica e os níveis de lactato nas primeiras 24 horas do diagnóstico de sepse, o grupo com baixa reserva microvascular isquêmica periférica pareceu apresentar redução mais rápida do lactato nas 48 horas de seguimento.

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    Valor preditivo do strain longitudinal global do ventrículo esquerdo em pacientes críticos normotensos com sepse

    Crit Care Sci. 2023;35(2):187-195

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    Valor preditivo do strain longitudinal global do ventrículo esquerdo em pacientes críticos normotensos com sepse

    Crit Care Sci. 2023;35(2):187-195

    DOI 10.5935/2965-2774.20230378-pt

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    RESUMO

    Objetivo:

    A avaliação da função sistólica do ventrículo esquerdo utilizando ecocardiografia com speckle tracking é mais sensível do que a medição ecocardiográfica convencional na detecção de disfunções sutis do ventrículo esquerdo em pacientes sépticos. Nosso objetivo foi investigar a significância preditora do strain longitudinal global do ventrículo esquerdo em pacientes sépticos normotensos internados em unidades de terapia intensiva.

    Métodos:

    Este estudo de coorte observacional e prospectivo incluiu adultos sépticos normotensos internados em uma unidade de terapia intensiva entre 1° de junho de 2021 e 31 de agosto de 2021. A função sistólica do ventrículo esquerdo foi mensurada utilizando a ecocardiografia com speckle tracking nas primeiras 24 horas após a internação.

    Resultados:

    Foram recrutados 152 pacientes. A taxa de mortalidade na unidade de terapia intensiva foi de 27%. O strain longitudinal global do ventrículo esquerdo foi menos negativo, o que indicou pior função do ventrículo esquerdo em não sobreviventes do que em sobreviventes (mediana [intervalo interquartil] -15,2 [-17,2 - -12,5] versus -17,3 [-18,8 - -15,5]; p < 0,001). O valor de corte ótimo para o strain longitudinal global do ventrículo esquerdo foi -17% para prever a mortalidade na unidade de terapia intensiva (área sob a curva de 0,728). Pacientes com strain longitudinal global do ventrículo esquerdo > -17% (menos negativo do que -17%, o que indicou pior função do ventrículo esquerdo) apresentaram taxa de mortalidade significativamente maior (39,2% versus 13,7%; p < 0,001). De acordo com a análise multivariada, o strain longitudinal global do ventrículo esquerdo foi um preditor independente de mortalidade na unidade de terapia intensiva [RC (IC95%), 1,326 (1,038 - 1,693); p = 0,024], com ventilação mecânica invasiva e os escores de risco da escala de coma de Glasgow, APACHE II e SOFA.

    Conclusão:

    Alterações do strain longitudinal global do ventrículo esquerdo estão associadas a mortalidade e podem fornecer dados preditivos em pacientes sépticos normotensos internados em unidades de terapia intensiva.

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