Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2022;34(3):374-379
DOI 10.5935/0103-507X.20220114-en
Comparar as percepções de familiares de pacientes com as percepções de profissionais de saúde a respeito de um modelo de visitação flexível em unidades de terapia intensiva.
Este estudo transversal foi realizado de setembro a dezembro de 2018 com familiares de pacientes e membros de equipe de assistência ao paciente de uma unidade de terapia intensiva clínico-cirúrgica com um modelo de visitação flexível (12 horas ao dia). A avaliação da política de visitação flexível foi realizada por meio de um instrumento de visitação aberto composto de 22 perguntas divididas em três domínios (avaliação do estresse familiar, fornecimento de informações e interferência no trabalho da equipe).
Foram analisados 95 familiares acompanhantes e 95 membros da equipe de assistência. As percepções dos familiares quanto à diminuição da ansiedade e do estresse com visitas flexíveis foram superiores às percepções da equipe (91,6% versus 58,9%; p < 0,001). A família também teve uma percepção mais positiva quanto ao fornecimento de informações (86,3% versus 64,2%; p < 0,001). A equipe de assistência acreditava que a presença do parente dificultava a assistência ao paciente e causava interrupções de trabalho (46,3% versus 6,3%; p < 0,001).
Os familiares e as equipes da unidade de terapia intensiva têm percepções diferentes sobre visitas flexíveis na unidade de terapia intensiva. Entretanto, predomina uma visão positiva entre os membros da família em relação à percepção da diminuição da ansiedade e do estresse e maiores informações e contribuições para a recuperação do paciente.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2010;22(3):300-304
DOI 10.1590/S0103-507X2010000300013
A maioria dos hospitais estabelece idade mínima de 12 anos para a entrada de crianças nas unidades de terapia intensiva de adultos, porém, crianças menores participativas do processo de hospitalização têm manifestado, por meio de seus familiares, o desejo de visitar seus entes hospitalizados. Essa situação suscita diferentes opiniões entre os membros da equipe de saúde, principalmente no que diz respeito a pouca orientação sobre como manejar a entrada de criança na unidade de terapia intensiva sem causar danos psicológicos. Com objetivo de ampliar e fundamentar essa prática realizou-se revisão bibliográfica sobre o tema, alinhada ao estudo das fases do desenvolvimento cognitivo e emocional da criança em relação à compreensão da morte para, em seguida, sugerir proposta para rotina de entrada de crianças em unidade de terapia intensiva adulto.