Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2022;34(3):386-392
DOI 10.5935/0103-507X.20220446-en
Analisar a associação da cultura de segurança do paciente na percepção dos profissionais de enfermagem com os incidentes registrados durante as passagens de plantão de enfermagem nas unidades de terapia intensiva.
Estudo transversal que investigou a cultura de segurança do paciente medida pelo instrumento Hospital Survey on Patient Safety Culture. Estatísticas descritivas, teste do qui-quadrado, teste t de Student e modelo de regressão linear múltiplo foram analisados considerando o nível de significância de 5%.
O estudo relatou média de 3,1 (desvio-padrão de 0,4) para a cultura de segurança do paciente na percepção dos profissionais de enfermagem e 480 incidentes com e sem danos registrados nas passagens de plantão de enfermagem. As variáveis cultura de segurança do paciente com diferença entre médias de 0,543 (IC95% 0,022 - 1,065; p < 0,05) e técnicos de enfermagem com diferença entre médias de -0,133 (IC95% -0,192 - -0,074; p < 0,05) foram associadas aos incidentes registrados nas passagens de plantão de enfermagem, considerando ainda que os técnicos de enfermagem apresentaram menor tendência de registro que os enfermeiros.
O fortalecimento da cultura de segurança do paciente e dos aspectos tangentes aos profissionais de enfermagem representam uma possibilidade real de intervenção para favorecer os incidentes registrados durante as passagens de plantão de enfermagem nas unidades de terapia intensiva deste estudo.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2022;34(3):374-379
DOI 10.5935/0103-507X.20220114-en
Comparar as percepções de familiares de pacientes com as percepções de profissionais de saúde a respeito de um modelo de visitação flexível em unidades de terapia intensiva.
Este estudo transversal foi realizado de setembro a dezembro de 2018 com familiares de pacientes e membros de equipe de assistência ao paciente de uma unidade de terapia intensiva clínico-cirúrgica com um modelo de visitação flexível (12 horas ao dia). A avaliação da política de visitação flexível foi realizada por meio de um instrumento de visitação aberto composto de 22 perguntas divididas em três domínios (avaliação do estresse familiar, fornecimento de informações e interferência no trabalho da equipe).
Foram analisados 95 familiares acompanhantes e 95 membros da equipe de assistência. As percepções dos familiares quanto à diminuição da ansiedade e do estresse com visitas flexíveis foram superiores às percepções da equipe (91,6% versus 58,9%; p < 0,001). A família também teve uma percepção mais positiva quanto ao fornecimento de informações (86,3% versus 64,2%; p < 0,001). A equipe de assistência acreditava que a presença do parente dificultava a assistência ao paciente e causava interrupções de trabalho (46,3% versus 6,3%; p < 0,001).
Os familiares e as equipes da unidade de terapia intensiva têm percepções diferentes sobre visitas flexíveis na unidade de terapia intensiva. Entretanto, predomina uma visão positiva entre os membros da família em relação à percepção da diminuição da ansiedade e do estresse e maiores informações e contribuições para a recuperação do paciente.