Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2007;19(2):264-272
DOI 10.1590/S0103-507X2007000200021
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Em 2000, foi publicado o II Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica. Desde então, o conhecimento na área da ventilação mecânica avançou rapidamente, com a publicação de numerosos estudos clínicos que acrescentaram informações importantes para o manejo de pacientes críticos em ventilação artificial. Além disso, a expansão do conceito de Medicina Baseada em Evidências determinou a hierarquização das recomendações clínicas, segundo o rigor metodológico dos estudos que as embasaram. Essa abordagem explícita vem ampliando a compreensão e a aplicação das recomendações clínicas. Por esses motivos, a AMIB - Associação de Medicina Intensiva Brasileira - e a SBPT - Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia - julgaram conveniente a atualização das recomendações descritas no Consenso anterior. Dentre os tópicos selecionados a Ventilação Mecânica na Agudização da DPOC foi um dos temas propostos. O objetivo deste estudo foi descrever os pontos mais importantes relacionados à ventilação mecânica durante a agudização da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e sugerir as principais abordagens terapêuticas. MÉTODO: Objetivou-se chegar a um documento suficientemente sintético, que refletisse a melhor evidência disponível na literatura. A revisão bibliográfica baseou-se na busca de estudos através de palavras-chave e em sua gradação conforme níveis de evidência. As palavras-chave utilizadas para a busca foram: ventilação mecânica na DPOC: COPD and mechanical ventilation. RESULTADOS: São apresentadas recomendações quanto aos modos ventilatórios e aos parâmetros a serem aplicados quando do ajuste do ventilador, além da monitoração recomendada. Apresentam-se ainda, técnicas alternativas que possam ser utilizadas. CONCLUSÕES: Estratégias protetoras de ventilação mecânica são recomendadas durante a ventilação mecânica de um paciente DPOC agudizado.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2007;19(2):258-263
DOI 10.1590/S0103-507X2007000200020
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Em 2000, foi publicado o II Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica. Desde então, o conhecimento na área da ventilação mecânica avançou rapidamente, com a publicação de inúmeros estudos clínicos que acrescentaram informações importantes para o manuseio de pacientes críticos em ventilação artificial. Além disso, a expansão do conceito de Medicina Baseada em Evidências (MBE) determinou a hierarquização das recomendações clínicas, segundo o rigor metodológico dos estudos que as embasaram. Essa abordagem explícita vem ampliando a compreensão e a aplicação das recomendações clínicas. Por esses motivos, a AMIB - Associação de Medicina Intensiva Brasileira - e a SBPT - Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia - julgaram conveniente a atualização das recomendações descritas no Consenso anterior. Dentre os tópicos selecionados a Ventilação Mecânica na Crise de Asma foi um dos temas propostos. O objetivo deste estudo foi descrever os pontos mais importantes relacionados à ventilação mecânica durante a crise de asma e sugerir as principais abordagens terapêuticas. MÉTODO: Objetivou-se chegar a um documento suficientemente sintético, que refletisse a melhor evidência disponível na literatura. A revisão bibliográfica baseou-se na busca de estudos através de palavras-chave e em sua gradação conforme níveis de evidência. As palavras-chave utilizadas para a busca foram: Ventilação mecânica na asma: asthma and mechanical ventilation. RESULTADOS: São apresentadas recomendações quanto aos modos ventilatórios e aos parâmetros a serem aplicados quando do ajuste do ventilador, além da monitoração recomendada. Apresentam-se ainda, técnicas alternativas que possam ser utilizadas. CONCLUSÕES: Estratégias protetoras de ventilação mecânica são recomendadas durante a ventilação mecânica de paciente asmático grave.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2007;19(1):38-43
DOI 10.1590/S0103-507X2007000100005
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O desmame da ventilação mecânica é um importante processo e rotineiro nas unidades de terapia intensiva (UTI). O objetivo deste estudo foi identificar, caracterizar e demonstrar as práticas utilizadas por fisioterapeutas respiratórios na obtenção dos parâmetros de desmame, bem como a sua execução em UTI. MÉTODO: Foram incluídos somente fisioterapeutas atuantes em UTI no DF, no ano de 2005. Foi utilizado um questionário, composto por 31 perguntas, objetivas e subjetivas, relacionadas ao processo de desmame, sendo que algumas permitiam respostas múltiplas. RESULTADOS: Foram avaliados 20 hospitais a partir de 80 questionários. Observou-se que 90% dos participantes apresentaram especialização na área de atuação, e, em média, tinham aproximadamente três anos de experiência em UTI. Médicos e fisioterapeutas, em 98,7% das respostas, são os profissionais responsáveis pelo manuseio dos ventiladores. Foi observado que 61,3% das respostas destacavam os médicos e fisioterapeutas em conjunto com os responsáveis pelo desmame e, 36,3% somente o fisioterapeuta. Verificou-se que apenas 24 fisioterapeutas (30%) seguem um protocolo para o desmame. Dentre os parâmetros rotineiramente avaliados no processo do desmame, a freqüência respiratória (98%), o volume-corrente (97,5%) e a saturação periférica de oxigênio (92,5%) são os mais utilizados, sendo menos utilizados os índices de pressão inspiratória máxima (18,8%) e a capacidade vital (13,8%). CONCLUSÕES: Observou-se grande variabilidade nos modos utilizados, na escolha dos parâmetros e na forma como foram coletados, sugerindo, então, a falta de rotina nos serviços e a necessidade de implantação de protocolos simples e facilmente aplicáveis.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2007;19(1):44-52
DOI 10.1590/S0103-507X2007000100006
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O trauma cranioencefálico (TCE) constitui um problema de saúde mundial, muito destes pacientes evoluem com insuficiência respiratória necessitando de intubação traqueal e suporte ventilatório artificial, apresentando como complicações freqüentes a síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA). Dessa forma, este estudo teve o objetivo de descrever a prática clínica diária sobre o manuseio ventilatório destes pacientes. MÉTODO: Foram avaliados quais os modos e os parâmetros ventilatórios utilizados para ventilar os pacientes com TCE e SDRA por uma amostra de fisioterapeutas da cidade de Salvador, BA, a partir de um estudo descritivo, por meio de entrevistas face-a-face no período de outubro de 2005 a março de 2006. Para tanto foi elaborado um questionário semi-estruturado contendo variáveis sócio-demográficas, o perfil do hospital e a estratégia ventilatória aplicada em pacientes com TCE que viessem desenvolver a SDRA. RESULTADOS: A amostra foi composta por 70 fisioterapeutas, 41 (58,6%) eram do sexo feminino, com média de idade de 31,2 ± 6,4 (24-49) anos e tempo de formado 7,7 ± 6,4 (1-27) anos, dos quais 37 (52,9%) trabalham em hospital público; 67 (95,7%) têm alguma especialização. Sessenta e quatro fisioterapeutas afirmam utilizar o modo pressão controlada (PCV). A pressão de pico e a pressão platô desejada para ventilar os pacientes com TCE e SDRA foram em média, de 35,6 ± 5,3 (25-50) e 28,4 ± 5,8 (15-35) cmH2O, respectivamente. Quarenta e oito entrevistados (68,6%) afirmaram desejar ventilar os pacientes com TCE e SDRA com a PaCO2 entre 30 e 35 mmHg. Trinta e um (44,3%) dos entrevistados afirmaram encontrar a PEEP ideal através da PEEP que ofertasse melhor SpO2 com menor FiO2. CONCLUSÔES: É incontestável que a estratégia ventilatória de paciente com TCE grave que venha a desenvolver LPA ou SDRA constitua um autêntico desafio; observa-se uma predileção pelo modo PCV devido à já conhecida ventilação com estratégia de proteção pulmonar.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2007;19(1):107-112
DOI 10.1590/S0103-507X2007000100014
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O desmame da ventilação mecânica ainda é um desafio na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e está relacionado a complicações e a mortalidade. A visita diária aos pacientes internados pela equipe de saúde faz parte das boas práticas e pode identificar aqueles capazes de serem submetidos a um teste em ventilação espontânea. O objetivo deste estudo foi sugerir uma técnica de memorização com o termo "Estratégia" considerando alguns aspectos chave que podem ser aplicados por qualquer pessoa da equipe multidisciplinar, durante a ronda à beira do leito, a fim de abreviar o desmame. CONTEÚDO: Introduzir a palavra "Estratégia" como um método de memorização, baseado nos estudos relacionados ao desmame da ventilação mecânica e sua aplicabilidade, como um checklist em qualquer UTI pela equipe multidisciplinar, em que cada letra lembra alguns aspectos chave relacionados ao assunto. CONCLUSÕES: A aplicação de mecanismos de memorização como checklist para o desmame de pacientes da ventilação mecânica, pode ser facilmente praticada durante a ronda diária para identificar aqueles aptos a realizar um teste de ventilação espontânea.