Você pesquisou por:"Luiz Alberto Forgiarini Júnior"
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Rev Bras Ter Intensiva. 2009;21(2):155-161
DOI 10.1590/S0103-507X2009000200007
OBJETIVOS: Os pacientes com incapacidade de desempenhar suas funções ventilatórias podem ser submetidos à ventilação mecânica invasiva. A fisioterapia respiratória atua no tratamento destes pacientes com a finalidade de melhorar sua função pulmonar. O objetivo do estudo foi avaliar os efeitos da compressão torácica manual versus a manobra de pressão expiratória final positiva-pressão expiratória final zero (PEEP-ZEEP) na complacência do sistema respiratório e na oxigenação de pacientes em ventilação mecânica invasiva. MÉTODOS: Foi realizado um estudo bicêntrico, prospectivo, randomizado e crossover, incluindo pacientes em ventilação mecânica invasiva em modo controlado por um período superior a 48 horas. Os protocolos de fisioterapia respiratória foram realizados de forma aleatória, com intervalo de 24 horas entre eles. Dados da complacência do sistema respiratório e da oxigenação foram coletados antes da aplicação dos protocolos e 30 minutos após a aplicação dos mesmos. RESULTADOS: Doze pacientes completaram o estudo. Na análise intragrupo, em ambas as técnicas houve aumento estatisticamente significativo do volume corrente (p=0,002), da complacência estática (p=0,002) e complacência dinâmica (p=0,002). Com relação à oxigenação, no grupo compressão torácica manual, a saturação periférica de oxigênio aumentou com diferença significativa (p=0,011). CONCLUSÕES: A compressão torácica manual e a manobra de PEEP-ZEEP têm efeitos clínicos positivos e não diferem entre si. Em relação à oxigenação encontramos um comportamento favorável da saturação periférica de oxigênio no grupo compressão torácica manual.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2012;24(2):167-172
DOI 10.1590/S0103-507X2012000200012
OBJETIVO: Avaliar a utilização de equipamentos para realização de ventilação não invasiva em pacientes crônicos traqueostomizados com desmame prolongado. MÉTODOS: Estudo observacional retrospectivo, por meio de levantamento de dados de prontuários, em pacientes traqueostomizados com diagnóstico de desmame prolongado, os quais estiveram internados na unidade de terapia intensiva para adultos do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre (RS), no período de dezembro de 2007 a dezembro de 2008. RESULTADOS: Durante o período pré-estabelecido para a coleta dos dados, 1.482 pacientes estiveram internados na unidade de terapia intensiva. Destes, 126 pacientes foram traqueostomizados e 26 preencheram os critérios de inclusão no estudo. A média idade dos pacientes foi de 73 ± 12 anos, 57,7% eram do gênero feminino e 80,8% dos casos internaram por insuficiência respiratória aguda hipoxêmica. Após a realização de traqueostomia, os pacientes permaneceram, em média, 29,8 dias ainda em ventilação mecânica e, após o início do protocolo nos traqueostomizados, 53,5 dias em ventilação com ventilador portátil de ventilação não invasiva na traquestomia até a alta, desmame da ventilação não invasiva ou óbito durante a internação na unidade de terapia intensiva ou no hospital. De todos os pacientes protocolados, 76,9% (20/26) receberam alta da unidade de terapia intensiva e 53,8% (14/26) alta hospitalar. CONCLUSÃO: A utilização de ventiladores portáteis utilizados para a realização de ventilação não invasiva conectados a traqueostomia pode ser uma alternativa para a descontinuação da ventilação e alta da unidade de terapia intensiva em pacientes traqueostomizados com desmame ventilatório prolongado.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2016;28(1):27-32
DOI 10.5935/0103-507X.20160010
Determinar a eficácia da manobra de hiperinsuflação pulmonar com o ventilador mecânico, em comparação à aspiração traqueal isolada, para remover secreções, normalizar a hemodinâmica e melhorar a mecânica pulmonar em pacientes em ventilação mecânica.
Ensaio clínico randomizado cruzado incluindo pacientes em ventilação mecânica por mais de 48 horas internados na unidade de terapia intensiva. Os pacientes foram randomizados para receber a aspiração traqueal isolada (Grupo Controle) e hiperinsuflação pulmonar por meio do ventilador mecânico (Grupo HVM). Mensuraram-se parâmetros hemodinâmicos e de mecânica respiratória, assim como a quantidade de secreção aspirada.
Foram incluídos 50 pacientes. A média de idade dos pacientes foi de 44,7 ± 21,6 anos, sendo 31 do sexo masculino. O Grupo HVM apresentou maior quantidade de secreção aspirada (3,9g versus 6,4g; p = 0,0001), variação na média da complacência dinâmica (-1,3 ± 2,3 versus -2,9 ± 2,3; p = 0,008), volume corrente expirado (-0,7 ± 0,0 versus -54,1 ± 38,8; p = 0,0001) e diminuição significativa da pressão inspiratória de pico (0,2 ± 0,1 versus 2,5 ± 0,1; p = 0,001), em comparação com o Grupo Controle.
Na amostra estudada, a técnica de HVM apresentou maior quantidade de secreção aspirada, aumento significativo da complacência dinâmica e volume corrente expirado, além de diminuição significativa da pressão de pico inspiratória.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2022;34(2):272-278
DOI 10.5935/0103-507X.20220025-en
Realizar a tradução, a adaptação transcultural e a avaliação das propriedades clinimétricas da Critical Care Functional Rehabilitation Outcome Measure para avaliação da funcionalidade de pacientes internados em unidades de terapia intensiva no Brasil.
O processo de tradução e adaptação transcultural seguiu as seguintes etapas: tradução inicial, síntese, retrotradução, revisão por comitê de especialistas e pré-teste. Foram analisadas a confiabilidade intra e interavaliador e a concordância, com dados gerados a partir da avaliação de dois fisioterapeutas no mesmo grupo de pacientes (n = 35). As avaliações foram feitas de forma independente e cega quanto ao escore atribuído pelo outro profissional. A análise qualitativa foi realizada pelo comitê de revisão, e os especialistas adaptaram e sintetizaram a tradução da escala Critical Care Functional Rehabilitation Outcome Measure na língua portuguesa.
Observou-se concordância entre as traduções da escala Critical Care Functional Rehabilitation Outcome Measure para versão brasileira.
A versão da escala Critical Care Functional Rehabilitation Outcome Measure para avaliação da funcionalidade de pacientes internados em unidade de terapia intensiva pode ser utilizada de forma confiável no Brasil, pois foi traduzida e adaptada transculturamente para o português brasileiro e apresenta evidências de excelentes propriedades
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2015;27(3):293-295
DOI 10.5935/0103-507X.20150049
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2013;25(4):312-318
DOI 10.5935/0103-507X.20130053
O desenvolvimento da cirurgia abdominal proporcionou uma alternativa terapêutica para obesos mórbidos; entretanto, os pacientes submetidos a esse procedimento frequentemente apresentam complicações pulmonares pós-operatórias. Uma possível alternativa para a redução dessas complicações é a utilização da manobra de recrutamento alveolar e/ou estratégias ventilatórias perioperatórias, com foco na redução das complicações pulmonares pós-operatórias. Nesta revisão, são descritos os benefícios de estratégias ventilatórias perioperatórias, assim como a realização de manobra de recrutamento alveolar em pacientes obesos submetidos a cirurgia abdominal.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2015;27(4):347-352
DOI 10.5935/0103-507X.20150059
O posicionamento do paciente no leito pode afetar diretamente a mecânica respiratória. Este estudo teve como objetivo avaliar a mecânica respiratória em diferentes angulações da cabeceira em pacientes internados na unidade de terapia intensiva sob ventilação mecânica.
Trata-se de um estudo prospectivo fisiológico, no qual foram mensuradas a complacência estática e dinâmica; a pressão resistiva das vias aéreas e saturação periférica de oxigênio nas diferentes posições adotadas (0° = P1, 30° = P2, 45° = P3 e 60° = P4). Para comparação dos valores obtidos nas diferentes posições, foi utilizada a Análise de Variância de medidas repetidas (ANOVA) com pós-teste de Bonferroni e análise de Friedman.
Quando comparamos os 35 pacientes avaliados, os valores da pressão resistiva das vias aéreas na posição a 0° foram superiores em relação às angulações mais elevadas. Já na análise da pressão elástica, a posição a 60° apresentou o maior valor em relação às outras posições. Em a relação à complacência estática, houve redução dos valores da posição 0° para a posição 60°. Quando analisada a complacência dinâmica, observou-se que a angulação de 30° apresentou o maior valor, quando comparada às demais posições. A saturação periférica de oxigênio apresentou pequena variação, sendo o maior valor obtido na posição 0°.
A complacência dinâmica apresentou maior valor na posição a 30° em relação às outras angulações, sendo que a posição de maior oxigenação foi a 0°.