Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2022;34(2):272-278
DOI 10.5935/0103-507X.20220025-en
Realizar a tradução, a adaptação transcultural e a avaliação das propriedades clinimétricas da Critical Care Functional Rehabilitation Outcome Measure para avaliação da funcionalidade de pacientes internados em unidades de terapia intensiva no Brasil.
O processo de tradução e adaptação transcultural seguiu as seguintes etapas: tradução inicial, síntese, retrotradução, revisão por comitê de especialistas e pré-teste. Foram analisadas a confiabilidade intra e interavaliador e a concordância, com dados gerados a partir da avaliação de dois fisioterapeutas no mesmo grupo de pacientes (n = 35). As avaliações foram feitas de forma independente e cega quanto ao escore atribuído pelo outro profissional. A análise qualitativa foi realizada pelo comitê de revisão, e os especialistas adaptaram e sintetizaram a tradução da escala Critical Care Functional Rehabilitation Outcome Measure na língua portuguesa.
Observou-se concordância entre as traduções da escala Critical Care Functional Rehabilitation Outcome Measure para versão brasileira.
A versão da escala Critical Care Functional Rehabilitation Outcome Measure para avaliação da funcionalidade de pacientes internados em unidade de terapia intensiva pode ser utilizada de forma confiável no Brasil, pois foi traduzida e adaptada transculturamente para o português brasileiro e apresenta evidências de excelentes propriedades
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2021;33(2):243-250
DOI 10.5935/0103-507X.20210031
Relatar a independência funcional e o grau de comprometimento pulmonar em pacientes adultos 3 meses após a alta da unidade de terapia intensiva.
Este foi um estudo de coorte retrospectiva conduzido em uma unidade de terapia intensiva multiprofissional para pacientes adultos em um único centro. Incluíram-se pacientes admitidos à unidade de terapia intensiva entre janeiro de 2012 e dezembro de 2013 que, 3 meses mais tarde, foram submetidos à espirometria e responderam ao questionário Medida de Independência Funcional.
Os pacientes foram divididos em grupos segundo sua classificação de independência funcional e espirometria. O estudo incluiu 197 pacientes, que foram divididos entre os grupos maior dependência (n = 4), menor dependência (n = 12) e independente (n = 181). Na comparação dos três grupos com relação à classificação pela Medida de Independência Funcional, pacientes com maior dependência tinham escores Acute Physiology and Chronic Health Evaluation II e Sequential Organ Failure Assessment mais altos quando da admissão à unidade de terapia intensiva, idade mais avançada, mais dias sob ventilação mecânica e tempo mais longo de permanência na unidade de terapia intensiva e no hospital. A maioria dos pacientes apresentava comprometimento pulmonar, sendo o padrão obstrutivo o mais frequentemente observado. Na comparação da independência funcional com a função pulmonar, observou-se que, quanto pior a condição funcional, pior a função pulmonar, observando-se diferenças significantes em relação ao pico de fluxo expiratório (p = 0,030).
Em sua maioria, os pacientes que retornaram ao ambulatório 3 meses após a alta tinham boa condição funcional, porém apresentavam comprometimento pulmonar relacionado com o grau de dependência funcional.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2019;31(1):57-62
DOI 10.5935/0103-507X.20190016
Avaliar a pontuação da escala Perme de mobilidade como preditor de funcionalidade e complicações no pós-operatório de pacientes submetidos a transplante hepático.
A amostra foi composta por 30 pacientes que realizaram transplante hepático. Os pacientes foram avaliados em dois momentos, a fim de verificar a percepção da dor, o grau de dispneia, a força muscular periférica e a funcionalidade do paciente de acordo com a escala Perme. Os dados coletados foram analisados por estatística descritiva e inferencial. Para comparar médias entre as avaliações, foi aplicado o teste t de Student para amostras pareadas. Em caso de assimetria, o teste de Wilcoxon foi utilizado. Na avaliação da associação entre as variáveis quantitativas, os testes de correlação de Pearson ou Spearman foram aplicados.
Foram incluídos 30 indivíduos que realizaram transplante hepático. Houve predomínio de pacientes do sexo masculino, e a média de idade foi 58,4 ± 9,9 anos. A patologia de base mais prevalente foi a cirrose por vírus C (23,3%). Foram registradas associações significativas entre o tempo de ventilação mecânica e a escala Perme na alta da unidade de terapia intensiva (r = -0,374; p = 0,042) e entre o número de atendimentos fisioterapêuticos (r = -0,578; p = 0,001). Quando comparados os resultados da avaliação inicial e na alta hospitalar, houve significativa melhora da funcionalidade (p < 0,001).
Mobilidade funcional, força muscular periférica, percepção da dor e dispneia melhoram significativamente no momento da alta hospitalar em relação à admissão na unidade de internação.