Você pesquisou por:"Andre Miguel Japiassú"
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Rev Bras Ter Intensiva. 2009;21(1):111-112
DOI 10.1590/S0103-507X2009000100017
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2012;24(2):162-166
DOI 10.1590/S0103-507X2012000200011
OBJETIVO: Avaliar as repercussões gasométricas de dois métodos de ventilação (ventilador de transporte e ressuscitador manual autoinflável) durante o transporte intra-hospitalar de pacientes submetidos à cirurgia cardíaca. MÉTODOS: Estudo observacional, longitudinal, prospectivo e randomizado. Foram coletadas gasometrias arteriais ao final da cirurgia e ao final do transporte do paciente. RESULTADOS: Foram incluídos 23 pacientes: 13 no Grupo ventilador de transporte e 10 no ressuscitador manual autoinflável. As características dos pacientes entre os grupos foram semelhantes, exceto pela maior gravidade no Grupo ventilador de transporte. Observaram-se diferenças significativas nas comparações das variações percentuais dos dados gasométricos: pH (VT: + 4% vs RMA: - 5%, p=0,007), PaCO2 (VT: - 8% vs RMA: + 13%, p=0,006), PaO2 (VT: + 47% vs RMA: - 34%, p=0,01) e SatO2 (VT: + 0,6% vs RMA: - 1,7%, p=0,001). CONCLUSÃO: O uso de ventilador mecânico causa menor repercussão nos gases sanguíneos no transporte intra-hospitalar de pacientes após de cirurgia cardíaca.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2021;33(2):206-218
DOI 10.5935/0103-507X.20210028
Descrever as práticas de ressuscitação volêmica em unidades de terapia intensiva brasileiras e compará-las com as de outros países participantes do estudo Fluid-TRIPS.
Este foi um estudo observacional transversal, prospectivo e internacional, de uma amostra de conveniência de unidades de terapia intensiva de 27 países (inclusive o Brasil), com utilização da base de dados Fluid-TRIPS compilada em 2014. Descrevemos os padrões de ressuscitação volêmica utilizados no Brasil em comparação com os de outros países e identificamos os fatores associados com a escolha dos fluidos.
No dia do estudo, foram incluídos 3.214 pacientes do Brasil e 3.493 pacientes de outros países, dos quais, respectivamente, 16,1% e 26,8% (p < 0,001) receberam fluidos. A principal indicação para ressuscitação volêmica foi comprometimento da perfusão e/ou baixo débito cardíaco (Brasil 71,7% versus outros países 56,4%; p < 0,001). No Brasil, a percentagem de pacientes que receberam soluções cristaloides foi mais elevada (97,7% versus 76,8%; p < 0,001), e solução de cloreto de sódio a 0,9% foi o cristaloide mais comumente utilizado (62,5% versus 27,1%; p < 0,001). A análise multivariada sugeriu que os níveis de albumina se associaram com o uso tanto de cristaloides quanto de coloides, enquanto o tipo de prescritor dos fluidos se associou apenas com o uso de cristaloides.
Nossos resultados sugerem que cristaloides são usados mais frequentemente do que coloides para ressuscitação no Brasil, e essa discrepância, em termos de frequências, é mais elevada do que em outros países. A solução de cloreto de sódio 0,9% foi o cristaloide mais frequentemente prescrito. Os níveis de albumina sérica e o tipo de prescritor de fluidos foram os fatores associados com a escolha de cristaloides ou coloides para a prescrição de fluidos.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2008;20(3):226-234
DOI 10.1590/S0103-507X2008000300004
OBJETIVOS: Devido ao aumento de longevidade da população e a alta prevalência de doença coronariana em idosos, o procedimento de revascularização miocárdica se tornou mais freqüente nesta faixa etária. O objetivo deste estudo foi avaliar as características operatórias, tempo de internação, complicações e desfechos de curto prazo, observada nas cirurgias de revascularização miocárdica em idosos. MÉTODOS: Entre fevereiro de 2005 e outubro de 2007, 269 pacientes foram submetidos à revascularização miocárdica . Foram identificados dados demográficos, comorbidades, escores prognósticos (Euroscore, Ontário e APACHE II), caráter eletivo versus urgente da cirurgia, dados do intra-operatório, complicações no período pós-operatório e tempo de permanência e letalidade na unidade de terapia intensiva. Os pacientes foram divididos em 4 grupos de acordo com a faixa etária: grupo I (até 60 anos, n = 68), II (60-69, n = 86), III (70-79, n = 93) e IV (acima de 80, n = 22). RESULTADOS: Quando comparados a outros grupos etários, o grupo IV foi submetido a maior número de cirurgias combinadas com troca valvar e de caráter urgente, com maior tempo de Unidade de Terapia Intensiva (p < 0,01). A incidência de pelo menos uma complicação pósoperatória foi significativamente maior no grupo com mais de 80 anos (p < 0.001). A análise multivariada demonstrou que idade e tempo de circulação extracorpórea foram fatores associados independentemente com a ocorrência de complicações. A letalidade foi maior em pacientes com mais de 70 anos (p = 0,03). CONCLUSÕES: Pacientes com mais de 80 anos submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica apresentaram maior tempo de permanência na unidade de terapia intensiva, número de complicações e letalidade. Idade e tempo de circulação extracorpórea foram fatores de risco, independentemente associados com a incidência de complicações pós-operatórias.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2011;23(3):304-311
DOI 10.1590/S0103-507X2011000300008
OBJETIVOS: A dissecção da aorta ascendente tem prognóstico ruim se não for corrigido cirurgicamente. Mesmo após a cirurgia, o manuseio pós-operatório é temido pelo seu curso complicado. Nosso objetivo foi descrever a incidência de complicações pós-operatórias e mortalidade em 1 e 6 meses de pacientes submetidos a cirurgia de correção de dissecção ou aneurisma da aorta ascendente; secundariamente a comparação foi realizada com pacientes pareados submetidos a revascularização miocárdica de urgência. MÉTODOS: Uma análise retrospectiva de banco de dados preenchido prospectivamente de Fevereiro de 2005 a Junho de 2008 revelou 12 pacientes com dissecção da aorta ascendente e 10 com aneurisma de aorta eletivos, analisando demografia e características per-operatórias. Pacientes com dissecção da aorta ascendente foram comparados a pacientes com revascularização miocárdica de acordo com idade (± 3 anos), gênero, procedimento urgente/eletivo e equipe cirúrgica. O principal desfecho foi morbidade (complicações pós-operatórias e tempo de permanência na unidade de terapia intensiva e no hospital). RESULTADOS: Vinte e dois pacientes foram operados para correção de dissecção da aorta ascendente e aneurisma de aorta eletivos, enquanto 246 pacientes foram submetidos à revascularização miocárdica. Pacientes com dissecção da aorta ascendente e aneurisma de aorta eletivos eram semelhantes, exceto pelo maior tempo de ventilação mecânica e de internação hospitalar. Depois do pareamento entre pacientes de revascularização miocárdica e dissecção da aorta ascendente, resultados significativamente piores foram encontrados para este ultimo grupo: maior incidência de complicações pós-operatórias (91 vs 45%, p=0,03) e maior tempo de permanência hospitalar (34,6 ± 35,8 vs 12,9 ± 8,5 dias, p=0,05). Não houve diferença na mortalidade em 1 mês (8,3%) e 6 meses (16,6%) entre os grupos. CONCLUSÃO: A correção da dissecção da aorta ascendente está associada à incidência aumentada de complicações pós-operatórias e tempo de permanência hospitalar, mas a mortalidade em 1 e 6 meses é igual a de pacientes após revascularização miocárdica pareados.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2009;21(4):349-352
DOI 10.1590/S0103-507X2009000400003
OBJETIVOS: A variação respiratória da pressão arterial é um bom preditor da resposta a fluidos em pacientes ventilados. Foi recentemente demonstrado que a variação respiratória na pressão arterial de pulso se correlaciona com a variação da amplitude da onda pletismográfica da oximetria de pulso. Nossa intenção foi avaliar a correlação entre a variação respiratória da pressão arterial de pulso e a variação respiratória na amplitude da onda pletismográfica da oximetria de pulso, e determinar se esta correlação foi influenciada pela administração de norepinefrina. MÉTODOS: Estudo prospectivo de sessenta pacientes com ritmo sinusal normal sob ventilação mecânica, profundamente sedados e hemodinamicamente estáveis. Foram monitorados o índice de oxigenação e pressão arterial invasiva. A variação respiratória da pressão do pulso e a variação respiratória da amplitude da onda pletismográfica na oximetria de pulso foram registradas simultaneamente batimento a batimento, e foram comparadas utilizando o coeficiente de concordância de Pearson e regressão linear. RESULTADOS: Trinta pacientes (50%) necessitaram de norepinefrina. Ocorreu uma correlação significante (K=0,66; p<0,001) entre a variação respiratória na pressão arterial de pulso e a variação respiratória na amplitude de onda pletismográfica na oximetria de pulso. A área sob a curva ROC foi de 0,88 (variando de 0,79-0,97) com melhor valor de corte de 14% para prever uma variação respiratória na pressão arterial de pulso de 13. O uso de norepinefrina não influenciou esta correlação (K=0,63; p=0,001, respectivamente). CONCLUSÕES: Uma variação respiratória na pressão do pulso arterial acima de 13% pode ser prevista com precisão por meio de uma variação respiratória da amplitude de onda pletismográfica na oximetria de pulso de 14%. O uso de norepinefrina não modifica este relacionamento.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2011;23(3):352-357
DOI 10.1590/S0103-507X2011000300014
A evolução para disfunção de múltiplos órgãos ainda é comum na sepse e está relacionada diretamente com a disfunção microcirculatória. Através de pesquisa nas bases de dados PubMed, empregando-se os unitermos microcirculação e sepse, vinte e seis artigos foram selecionados para esta revisão, bem como citações consideradas relevantes extraídas de artigos de revisão. Com o advento da técnica de imagem obtida através de polarização ortogonal, que permite a observação à beira do leito da microcirculação em pacientes críticos, é possível estabelecer uma relação entre disfunção microvascular e prognóstico, além de observar diretamente o efeito de diferentes intervenções terapêuticas. No entanto, a relação causal entre disfunção microcirculatória e prognóstico adverso na sepse, bem como os efeitos de terapias dirigidas para correção destas anormalidades microcirculatórias ainda precisam ser melhor definidos.