Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2019;31(1):39-46
DOI 10.5935/0103-507X.20190005
Comparar a eficiência das técnicas de vibrocompressão e hiperinsuflação com ventilador mecânico de forma isolada e a associação das duas técnicas (hiperinsuflação com ventilador mecânico + vibrocompressão), na quantidade de secreção aspirada e na alteração de parâmetros hemodinâmicos e pulmonares.
Ensaio clínico randomizado com pacientes críticos em ventilação mecânica, realizado na unidade de terapia intensiva de um hospital universitário. Os pacientes foram randomizados para receber uma das técnicas de higiene brônquica por 10 minutos (vibrocompressão, ou hiperinsuflação com ventilador mecânico, ou hiperinsuflação com ventilador mecânico + vibrocompressão). Após, foram novamente randomizados para receber inicialmente a técnica (previamente randomizada) ou apenas a aspiração isolada. Foram analisados o peso de secreção aspirada (em gramas), dados de mecânica ventilatória e cardiopulmonares, antes e após a aplicação das técnicas. A frequência de reintubação traqueal, o tempo de ventilação mecânica e a mortalidade, também foram avaliados.
Foram incluídos 93 pacientes (29 vibrocompressão, 32 hiperinsuflação com ventilador mecânico e 32 hiperinsuflação com ventilador mecânico + vibrocompressão) em ventilação mecânica por mais de 24 horas. O grupo hiperinsuflação com ventilador mecânico + vibrocompressão foi o único que apresentou aumento significativo da secreção aspirada, quando comparado a aspiração isolada 0,7g (0,1 - 2,5g) versus 0,2g (0,0 - 0,6g), com valor de p = 0,006.
Quando comparada à aspiração isolada, a associação das técnicas hiperinsuflação com ventilador mecânico + vibrocompressão foi mais eficiente na quantidade de secreção aspirada.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2013;25(2):115-122
DOI 10.5935/0103-507X.20130022
OBJETIVO: Avaliar a efetividade de uma intervenção educacional na adesão dos profissionais da saúde às recomendações técnicas de aspiração traqueobrônquica em pacientes internados na unidade de terapia intensiva. MÉTODOS: Estudo quasi-experimental, com avaliação da adesão dos profissionais da unidade de terapia intensiva às recomendações da técnica de aspiração traqueobrônquica, em pacientes internados na unidade de terapia intensiva, antes e após uma intervenção educacional teórico-prática. As comparações foram feitas com teste do qui-quadrado e foi utilizado o nível de significância de p<0,05. RESULTADOS: Foram observados 124 procedimentos, pré e pós-intervenção. Verificou-se aumento da adesão em: utilização de equipamento para proteção individual (p=0,01), cuidado com a abertura da embalagem do cateter (p<0,001), uso de luva estéril na mão dominante para retirada do cateter (p=0,003), contato da luva estéril apenas com o cateter (p<0,001), realização de movimentos circulares durante a retirada do cateter (p<0,001), cateter envolto na luva estéril no final do procedimento (p=0,003), utilização de água destilada, aberta no início do procedimento, para lavagem do látex de conexão (p=0,002), descarte do restante do conteúdo de água destilada ao final do procedimento (p<0,001) e realização do conjunto dos procedimentos da técnica de aspiração (p<0,001). CONCLUSÃO: Houve baixa adesão dos profissionais de saúde às medidas preventivas de infecção hospitalar, indicando a necessidade de implantação de estratégias educativas. A intervenção educativa utilizada mostrou-se efetiva para melhorar a adesão às recomendações da técnica de aspiração traqueobrônquica.