Você pesquisou por:"Juçara Gasparetto Maccari"
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Características clínicas e preditores de ventilação mecânica em pacientes com COVID-19 hospitalizados no sul do país
Rev Bras Ter Intensiva. 2020;32(4):487-492
Resumo
Características clínicas e preditores de ventilação mecânica em pacientes com COVID-19 hospitalizados no sul do país
Rev Bras Ter Intensiva. 2020;32(4):487-492
DOI 10.5935/0103-507X.20200082
Visualizações1RESUMO
Objetivo:
Descrever as características clínicas e os preditores de ventilação mecânica em pacientes adultos internados com COVID-19.
Métodos:
Conduziu-se um estudo de coorte retrospectiva com inclusão de pacientes hospitalizados entre 17 de março e 3 de maio de 2020, que tiveram o diagnóstico de infecção pelo SARS-CoV-2. As características clínicas e demográficas foram extraídas de registros em prontuário eletrônico.
Resultados:
Incluíram-se no estudo 88 pacientes consecutivos. A mediana da idade dos pacientes foi de 63 anos (IQR: 49 – 71); 59 (67%) pacientes eram do sexo masculino, 65 (86%) tinham educação universitária e 67 (76%) tinham, no mínimo, uma comorbidade. Dentre eles, 29 (33%) pacientes foram admitidos à unidade de terapia intensiva, 18 (20%) necessitaram de ventilação mecânica e nove (10,2%) morreram durante a hospitalização. O tempo mediano de permanência na unidade de terapia intensiva e o tempo mediano de ventilação mecânica foram, respectivamente, de 23 e 29,5 dias. Idade acima ou igual a 65 anos foi fator de risco independente para ventilação mecânica (RC: 8,4; IC95% de 1,3 – 55,6; valor de p = 0,02).
Conclusão:
Nossos achados descrevem a primeira onda de pacientes brasileiros hospitalizados por COVID-19. Em nossa população, idade foi o maior preditor de insuficiência respiratória e necessidade de ventilação mecânica.
Palavras-chave: COVID-19estudos de coortefatores de riscoInfecções por coronavírusPandemiaRespiração artificialSARS-CoV-2Ver mais -
Associação entre achados eletromiográficos e mortalidade na unidade de terapia intensiva em pacientes com síndrome do desconforto respiratório agudo mecanicamente ventilados sob sedação profunda
Rev Bras Ter Intensiva. 2019;31(4):497-503
Resumo
Associação entre achados eletromiográficos e mortalidade na unidade de terapia intensiva em pacientes com síndrome do desconforto respiratório agudo mecanicamente ventilados sob sedação profunda
Rev Bras Ter Intensiva. 2019;31(4):497-503
DOI 10.5935/0103-507X.20190087
Visualizações0RESUMO
Objetivo:
Avaliar se os achados eletromiográficos podem prever a mortalidade na unidade de terapia intensiva em pacientes sépticos sob ventilação mecânica e sedação profunda.
Métodos:
Conduziu-se estudo prospectivo de coorte, que inscreveu, de forma consecutiva, pacientes com síndrome do desconforto respiratório agudo moderada a grave (pressão parcial de oxigênio/fração inspirada de oxigênio < 200) com idade ≥ 18 anos, dependentes de ventilação mecânica por 7 ou mais dias, e mantidos sob sedação profunda (escala de agitação e sedação de Richmond ≤ -4). Realizaram-se estudos eletromiográficos dos membros inferiores em todos os pacientes entre o sétimo e o décimo dia de ventilação mecânica. Registraram-se os potenciais de ação dos nervos sensitivos nos nervos mediano e sural, bem como os potenciais de ação compostos para os nervos mediano (músculo abdutor curto do polegar) e fibular comum (músculo extensor curto dos dedos).
Resultados:
Foram inscritos 17 pacientes durante os 7 meses de duração do estudo. Nove pacientes (53%) tinham sinais eletromiográficos de miopatia ou polineuropatia da doença crítica. O risco de óbito durante o tempo de permanência na unidade de terapia intensiva foi mais elevado nos pacientes com sinais eletromiográficos de miopatia ou polineuropatia da doença crítica, em comparação com aqueles sem esses diagnósticos (77,7% versus 12,5%; log-rank p = 0,02).
Conclusão:
A presença de sinais eletromiográficos de miopatia ou polineuropatia da doença crítica, entre o sétimo e décimo dias de ventilação mecânica, pode se associar com mortalidade na unidade de terapia intensiva em pacientes com síndrome do desconforto respiratório agudo moderada a grave mantidos sob sedação profunda, nos quais não é possível proceder à avaliação clínica da força muscular.
Palavras-chave: EletromiografiaEstado terminalMortalidadePolineuropatiasPrognósticoRespiração artificialsedaçãoSíndrome do desconforto respiratórioUnidades de terapia intensivaVer mais -
Qualidade de vida pós-unidades de terapia intensiva: protocolo de estudo de coorte multicêntrico para avaliação de desfechos em longo prazo em sobreviventes de internação em unidades de terapia intensiva brasileiras
Rev Bras Ter Intensiva. 2018;30(4):405-413
Resumo
Qualidade de vida pós-unidades de terapia intensiva: protocolo de estudo de coorte multicêntrico para avaliação de desfechos em longo prazo em sobreviventes de internação em unidades de terapia intensiva brasileiras
Rev Bras Ter Intensiva. 2018;30(4):405-413
DOI 10.5935/0103-507X.20180063
Visualizações0RESUMO
Objetivo:
Avaliar a prevalência de incapacidades físicas, cognitivas e psiquiátricas, fatores associados e sua relação com qualidade de vida em pacientes sobreviventes de internação em unidades de terapia intensiva brasileiras.
Métodos:
Um estudo de coorte prospectivo multicêntrico está sendo conduzido em dez unidades de terapia intensiva adulto clínico-cirúrgicas representativas das cinco regiões geopolíticas do Brasil. Pacientes com idade ≥ 18 anos que receberam alta das unidades de terapia intensiva participantes e permaneceram internados na unidade de terapia intensiva por 72 horas ou mais, nos casos de internação clínica ou cirúrgica de urgência, e por 120 horas ou mais, nos casos de internação cirúrgica eletiva, serão incluídos de forma consecutiva. Estes pacientes serão seguidos por 1 ano, por meio de entrevistas telefônicas estruturadas 3, 6 e 12 meses pós-alta da unidade de terapia intensiva. Dependência funcional, disfunção cognitiva, sintomas de ansiedade e depressão, sintomas de estresse pós-traumático, qualidade de vida relacionada à saúde, re-hospitalizações e mortalidade em longo prazo serão avaliados como desfechos.
Discussão:
O presente estudo tem o potencial de contribuir para o conhecimento a respeito da prevalência e dos fatores associados à síndrome pós-cuidados intensivos na população de pacientes adultos sobreviventes de internação em unidades de terapia intensiva brasileiras. Ademais, a associação entre síndrome pós-cuidados intensivos e qualidade de vida relacionada à saúde poderá ser estabelecida.
Palavras-chave: AnsiedadeDepressãoDisfunção cognitivaPessoas com deficiênciaQualidade de VidaResultados de cuidados críticosTranstornos de estresse pós-traumáticosVer mais -
Comportamento dos achados de ultrassonografia pulmonar durante tentativa de respiração espontânea
Rev Bras Ter Intensiva. 2017;29(3):279-286
Resumo
Comportamento dos achados de ultrassonografia pulmonar durante tentativa de respiração espontânea
Rev Bras Ter Intensiva. 2017;29(3):279-286
DOI 10.5935/0103-507X.20170038
Visualizações0RESUMO
Objetivo:
Investigar potencial associação entre a presença de linhas B e a falha do desmame.
Métodos:
Foram inscritos 57 pacientes elegíveis para liberação da ventilação. Excluíram-se pacientes com traqueostomia. Realizou-se avaliação ultrassonográfica pulmonar de seis zonas torácicas imediatamente antes e após o final da tentativa de respiração espontânea. Definiu-se a predominância de linhas B como qualquer perfil com padrão B bilateral anterior. Os pacientes foram seguidos por 48 horas após a extubação.
Resultados:
Foram extubados com sucesso 38 pacientes; 11 tiveram falha da tentativa de respiração espontânea; e 8 necessitaram de reintubação dentro de 48 horas após extubados. No início da tentativa com peça T, já se observava padrão B ou consolidação nas regiões posterior e inferior dos pulmões em mais de metade dos indivíduos, que permaneceram não aeradas ao final da tentativa. Observou-se certa tendência à perda da aeração pulmonar durante a tentativa de respiração espontânea apenas no grupo com falha da tentativa de respiração espontânea (p = 0,07), assim como maior predominância de padrão B ao final da tentativa (p = 0,01).
Conclusão:
A perda de aeração pulmonar durante a tentativa de respiração espontânea em áreas pulmonares não dependentes foi demonstrada em pacientes que tiveram falha do desmame.
Palavras-chave: Desmame do respiradorEdema pulmonarInsuficiência respiratóriaRespiração artificialUltrassonografiaVer mais -
A realidade dos pacientes que necessitam de ventilação mecânica prolongada: um estudo multicêntrico
Rev Bras Ter Intensiva. 2015;27(1):26-35
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A realidade dos pacientes que necessitam de ventilação mecânica prolongada: um estudo multicêntrico
Rev Bras Ter Intensiva. 2015;27(1):26-35
DOI 10.5935/0103-507X.20150006
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Na última década ocorreu um aumento no número de pacientes que necessitam manutenção de ventilação mecânica prolongada, resultando no surgimento de uma grande população de pacientes crônicos criticamente enfermos. Este estudo estabeleceu a incidência de ventilação mecânica prolongada em quatro unidades de terapia intensiva e relatou as diferentes características, desfechos hospitalares e impacto nos custos e serviços de pacientes com ventilação mecânica prolongada (dependência de ventilação mecânica por 21 dias ou mais) em comparação a pacientes sem ventilação mecânica prolongada (dependência de ventilação mecânica inferior a 21 dias).
Métodos:
Este foi um estudo multicêntrico de coorte que envolveu todos os pacientes admitidos em quatro unidades de terapia intensiva. As principais avaliações de desfechos incluíram o tempo de permanência na unidade de terapia intensiva e no hospital, a incidência de complicações durante a permanência na unidade de terapia intensiva, e a mortalidade na unidade de terapia intensiva e no hospital.
Resultados:
Durante o período do estudo, ocorreram 5.287 admissões às unidades de terapia intensiva. Alguns desses pacientes (41,5%) necessitaram de suporte ventilatório (n = 2.197), e 218 dos pacientes (9,9%) cumpriram os critérios de ventilação mecânica prolongada. Algumas complicações se desenvolveram durante a permanência na unidade de terapia intensiva como fraqueza muscular, úlceras de pressão, sepse nosocomial bacteriana, candidemia, embolia pulmonar, e delirium hiperativo; estas se associaram com um risco significantemente maior de ventilação mecânica prolongada. Os pacientes de ventilação mecânica prolongada tiveram um aumento significante da mortalidade na unidade de terapia intensiva (diferença absoluta = 14,2%; p < 0,001) e da mortalidade hospitalar (diferença absoluta = 19,1%; p < 0,001). O grupo com ventilação mecânica prolongada permaneceu mais dias no hospital após receber alta da unidade de terapia intensiva (26,9 ± 29,3 versus 10,3 ± 20,4 dias; p < 0,001) e acarretou custos mais elevados.
Conclusão:
A classificação de pacientes crônicos criticamente enfermos segundo a definição de ventilação mecânica prolongada adotada em nosso estudo (dependência de ventilação mecânica por período igual ou superior a 21 dias) identificou pacientes com risco elevado de complicações durante a permanência na unidade de terapia intensiva, permanência mais longa na unidade de terapia intensiva e no hospital, taxas de mortalidade maiores e custos mais elevados.
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Uso da tomografia por impedância elétrica torácica como ferramenta de auxílio às manobras de recrutamento alveolar na síndrome do desconforto respiratório agudo: relato de caso e breve revisão da literatura
Rev Bras Ter Intensiva. 2015;27(4):406-411
Resumo
Uso da tomografia por impedância elétrica torácica como ferramenta de auxílio às manobras de recrutamento alveolar na síndrome do desconforto respiratório agudo: relato de caso e breve revisão da literatura
Rev Bras Ter Intensiva. 2015;27(4):406-411
DOI 10.5935/0103-507X.20150068
Visualizações0RESUMO
A tomografia por impedância elétrica torácica constitui ferramenta de monitorização não invasiva, em tempo real, da distribuição regional da ventilação pulmonar. Sua utilização à beira do leito em pacientes com síndrome do desconforto respiratório agudo tem o potencial de auxiliar na condução de manobras de recrutamento alveolar, frequentemente necessárias em casos de hipoxemia refratária. Neste relato de caso, apresentamos os resultados e a interpretação da monitorização da tomografia por impedância elétrica torácica em um paciente com síndrome do desconforto respiratório agudo, durante manobras de recrutamento alveolar, com aplicação transitória de altas pressões alveolares e titulação da pressão positiva ao final da expiração ideal. Adicionalmente, apresentamos uma breve revisão da literatura a respeito do uso de manobras de recrutamento alveolar e monitorização com tomografia por impedância elétrica torácica em pacientes com síndrome do desconforto respiratório agudo.
Palavras-chave: Cardiografia de impedânciaInsuficiência respiratória/ fisiopatologiaMecânica respiratóriaRecrutamento alveolarRelatos de casosVer mais -
Extubação fora do leito: um estudo de viabilidade
Rev Bras Ter Intensiva. 2014;26(3):263-268
Resumo
Extubação fora do leito: um estudo de viabilidade
Rev Bras Ter Intensiva. 2014;26(3):263-268
DOI 10.5935/0103-507X.20140037
Visualizações2Ver maisObjetivo:
O desmame da ventilação mecânica é acompanhado, na prática clínica em terapia intensiva, de concomitante mobilização precoce do paciente. O objetivo deste estudo foi comparar o sucesso da extubação realizada com pacientes sentados em uma poltrona à extubação de pacientes na posição supina.
Métodos:
Foi realizado um estudo retrospectivo, observacional e não randomizado em uma unidade de terapia intensiva de 23 leitos, que atende pacientes clínicos e cirúrgicos. O desfecho primário do estudo foi o sucesso da extubação, definido como a tolerância da remoção do tubo endotraqueal por, pelo menos, 48 horas. As diferenças entre os grupos do estudo foram avaliadas utilizando-se o teste t de Student e o qui quadrado.
Resultados:
Foram incluídos 91 pacientes no período compreendido entre dezembro de 2010 e junho de 2011. A população do estudo tinha uma média de idade de 71 anos ± 12 meses, escore APACHE II médio de 21±7,6 e duração média da ventilação mecânica de 2,6±2 dias. A extubação foi realizada em 33 pacientes enquanto permaneciam sentados em uma poltrona (36%) e 58 pacientes mantidos em posição supina (64%). Não houve diferenças significantes entre os grupos em termos de idade, escore médio APACHE II ou duração da ventilação mecânica. Foi observada uma taxa de sucesso da extubação similar entre os grupos sentado (82%) e em posição supina (85%), com p>0,05. Além disso, não se encontraram diferenças significantes entre os dois grupos em termos de disfunção respiratória pós-extubação, necessidade de traqueostomia, duração do desmame da ventilação mecânica, ou tempo de permanência na unidade de terapia intensiva.
Conclusão:
Os desfechos clínicos de pacientes extubados em posição sentada foram similares aos de pacientes extubados na posição supina. A nova prática de extubação na posição sentada não se associou a eventos adversos e permitiu que a extubação ocorresse simultaneamente à mobilização precoce.
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Aspectos funcionais e psicológicos imediatamente após alta da Unidade de Terapia Intensiva: coorte prospectiva
Rev Bras Ter Intensiva. 2013;25(3):218-224
Resumo
Aspectos funcionais e psicológicos imediatamente após alta da Unidade de Terapia Intensiva: coorte prospectiva
Rev Bras Ter Intensiva. 2013;25(3):218-224
DOI 10.5935/0103-507X.20130038
Visualizações1Ver maisOBJETIVO:
Avaliar aspectos funcionais e psicológicos dos pacientes imediatamente após alta da unidade de terapia intensiva.
MÉTODOS:
Coorte prospectiva. Na primeira semana após alta da unidade de terapia intensiva, por meio de uma entrevista estruturada, foram aplicados questionários e escalas referentes à avaliação do grau de dependência e da capacidade funcional (escalas de Barthel modificada e Karnofsky), e aos problemas psíquicos (questionário hospitalar de ansiedade e depressão), além da escala de sonolência de Epworth, em todos os sobreviventes com mais de 72 horas de internação na unidade de terapia intensiva, admitidos de agosto a novembro de 2012.
RESULTADOS:
Nos 79 pacientes incluídos no estudo, houve aumento do grau de dependência após a alta da unidade de terapia intensiva, quando comparados aos dados pré-hospitalização, por meio da escala de Barthel modificada (57±30 versus 47±36; p<0,001). Nos 64 pacientes independentes ou parcialmente dependentes previamente à internação (Karnofsky >40), o prejuízo foi uniforme em todas as categorias da escala de Barthel modificada (p<0,001). Já nos 15 pacientes previamente muito dependentes (Karnofsky <40), o prejuízo ocorreu somente nas categorias de higiene pessoal (p=0,01) e na capacidade de subir escadas (p=0,04). Na avaliação dos distúrbios psicológicos, os transtornos do humor (ansiedade e/ou depressão) ocorreram em 31% dos pacientes e os distúrbios do sono em 43,3%.
CONCLUSÃO:
Em pacientes internados na unidade de terapia intensiva por 72 horas ou mais, observaram-se redução da capacidade funcional e aumento do grau de dependência na primeira semana após alta da unidade de terapia intensiva, bem como elevada incidência de sintomas depressivos, de ansiedade e distúrbios do sono.
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