Você pesquisou por:"Estevão Bassi"
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Rev Bras Ter Intensiva. 2016;28(2):205-206
DOI 10.5935/0103-507X.20160037
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2015;27(4):315-321
DOI 10.5935/0103-507X.20150055
Avaliar o impacto do monitoramento da pressão intracraniana nos desfechos em curto prazo de pacientes com lesão encefálica traumática.
Estudo retrospectivo e observacional que incluiu 299 pacientes consecutivos admitidos por lesão cerebral traumática entre janeiro de 2011 e julho de 2012 em um centro de trauma Nível 1 localizado em São Paulo (SP). Os pacientes foram categorizados em dois grupos, segundo a mensuração da pressão intracraniana (grupos com mensuração da pressão intracraniana e sem mensuração da pressão intracraniana). Aplicamos uma análise de propensão pareada para ajustar quanto a possíveis fatores de confusão (variáveis contidas no algoritmo prognóstico CRASH Score).
A mortalidade global aos 14 dias (16%) foi equivalente à observada em países desenvolvidos no estudo CRASH, e melhor que o previsto com base na calculadora de escore CRASH (20,6%), com uma proporção padronizada de mortalidade de 0,77. No total, 28 pacientes receberam monitoramento da pressão intracraniana (grupo com mensuração da pressão intracraniana), dos quais 26 foram pareados em proporção 1:1 com pacientes do grupo sem mensuração da pressão intracraniana. Não houve melhora no grupo com mensuração da pressão intracraniana em comparação àquele sem mensuração da pressão intracraniana quanto à mortalidade hospitalar, à mortalidade aos 14 dias, ou à mortalidade combinada hospitalar e em hospital de retaguarda. A sobrevivência até 14 dias foi também similar entre os grupos.
Os pacientes que receberam monitoramento da pressão intracraniana tendem a ser portadores de lesões encefálicas mais graves. Porém, após ajustar quanto a múltiplos fatores de confusão com a utilização de um escore de propensão, não se observou qualquer benefício em termos de sobrevivência entre os pacientes com monitoramento da pressão intracraniana em relação aos tradados segundo um protocolo clínico sistematizado.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2011;23(3):374-379
DOI 10.1590/S0103-507X2011000300017
Existem poucos relatos na literatura sobre o uso de oxigenação extracorpórea por membrana venoarterial por dupla disfunção decorrente de contusão cardíaca e pulmonar no paciente politraumatizado. Relatamos o caso de um paciente de 48 anos, vítima de acidente de motocicleta e automóvel, que evoluiu rapidamente com choque refratário com baixo débito cardíaco por contusão miocárdica e hipoxemia refratária decorrente de contusão pulmonar, tórax instável e pneumotórax bilateral. O suporte extracorpóreo foi uma medida efetiva de resgate para esse caso dramático, e o seu uso pôde ser interrompido com sucesso no 4º dia após o trauma. O paciente evoluiu com extenso infarto cerebral, morrendo no 7º dia de internação
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2014;26(4):421-429
DOI 10.5935/0103-507X.20140065
Em janeiro de 2013, uma catástrofe ocorrida em Santa Maria (RS), decorrente de um incêndio em ambiente fechado, resultou em 242 mortes, a maioria por lesões inalatórias. Em novembro de 2013, quatro vítimas necessitaram de suporte intensivo após inalação de fumaça em incêndio no Memorial da América Latina, em São Paulo (SP). Este artigo relata a evolução clínica e o manejo dos pacientes com lesão inalatória vítimas de uma catástrofe. Os pacientes ERL e OC apresentaram insuficiência respiratória precoce com broncoaspiração de material carbonáceo e intoxicação por monóxido de carbono. Foi instituído suporte ventilatório com oxigênio a 100%, retirada do material aspirado por broncoscopia, e terapia empírica com nitrito de sódio e tiossulfato de sódio para intoxicação por cianeto. O paciente RP apresentou tosse e queimação retroesternal. Evoluiu com insuficiência respiratória por edema de via aérea alta e infecção pulmonar precoce, manejados com ventilação pulmonar protetora e antimicrobianos. Foi extubado após melhora do edema no seguimento broncoscópico. O paciente MA, asmático, apresentou intoxicação por monóxido de carbono e broncoespasmo, sendo tratado com hiperóxia normobárica, broncodilatadores e corticoterapia. A estadia na unidade de terapia intensiva variou de 4 e 10 dias, e todos os pacientes apresentaram boa recuperação funcional no seguimento. Em conclusão, nos incêndios em ambientes fechados, as lesões inalatórias têm papel preponderante. O suporte ventilatório invasivo não deve ser postergado em caso de edema significativo de via aérea. A hiperóxia deve ser instituída precocemente como terapêutica para intoxicação por monóxido de carbono, bem como terapia farmacológica empírica para intoxicação por cianeto em caso de suspeita.