Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2010;22(2):153-158
DOI 10.1590/S0103-507X2010000200009
INTRODUÇÃO: As principais causas de parada cardiorrespiratória são endêmicas e exigem do médico constante aperfeiçoamento no que se refere à reanimação cardiorrespiratória, tornando o treinamento e a educação continuada essenciais ao atendimento qualificado de parada cardiorrespiratória. OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi avaliar o conhecimento teórico de médicos sobre diagnóstico e tratamento da parada cardiorrespiratória. MÉTODOS: Trata-se de pesquisa de corte transversal e descritiva em hospital geral terciário de Roraima. A população foi composta por médicos que atuam em unidades de pronto atendimento. Para coleta de dados foi utilizado questionário com perguntas sobre o tema e busca ativa dos profissionais em seus locais de trabalho. RESULTADOS: Responderam ao questionário 44 profissionais. A média de acertos foi de 50%. Cometeram "erros fatais" 88,5% dos profissionais. Cursos de treinamento nunca foram realizados por 54,5% dos médicos. Não houve correlação entre número de acertos e realização de cursos de treinamento. Houve correlação inversamente proporcional entre desempenho e idade, mas não houve diferença estatisticamente significativa entre desempenho e tempo de graduação. CONCLUSÃO: o conhecimento teórico dos médicos mostrou-se preocupante. Os dados apontam para a importância do treinamento de profissionais em suporte avançado de vida para garantir um padrão de qualidade no atendimento à parada cardiorrespiratória neste hospital geral.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2006;18(2):177-185
DOI 10.1590/S0103-507X2006000200011
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: As novas diretrizes contêm modificações significativas para tentar melhorar a prática da reanimação e a sobrevida de pacientes com parada cardíaca. Este artigo teve por objetivo revisar as principais alterações na reanimação praticada pelo profissional de saúde. CONTEÚDO: São várias as novas recomendações quanto à reanimação cardiopulmonar (RCP), a maioria com a finalidade de prover boa circulação durante a parada cardíaca. A alteração mais importante é a ênfase na qualidade das compressões torácicas. A relação universal de 30:2 é recomendada para simplificar o treinamento, alcançar ótima freqüência delas e reduzir as interrupções. Choque único é aplicado quando indicado, seguido imediatamente de RCP. Este choque deve ser de 120 a 200J, quando onda bifásica ou 360J quando onda monofásica. Os socorristas nunca devem interromper as compressões torácicas para verificar o ritmo antes de terminar os 5 ciclos, ou aproximadamente 2 minutos de RCP. Após este período, se um ritmo organizado estiver presente, o profissional de saúde deve observar o pulso. Existem várias e pequenas alterações quanto aos fármacos administrados durante a RCP de acordo com o ritmo. Dada a falta de evidência de qualquer destes fármacos melhorar a sobrevida em longo prazo durante a parada cardíaca, a seqüência de RCP enfatiza muito mais o suporte básico de vida. CONCLUSÕES: É importante a atualização quanto às novas diretrizes de RCP para melhorar a qualidade da reanimação e alcançar melhores taxas de sobrevida dos pacientes críticos.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2006;18(4):374-379
DOI 10.1590/S0103-507X2006000400009
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: As novas diretrizes contêm importantes modificações para melhorar à prática de reanimação e a sobrevida de pacientes com parada cardíaca (PC). O objetivo desse estudo foi avaliar o conhecimento teórico a cerca da PC e reanimação cardiopulmonar (RCP) entre os médicos com mais de cinco anos graduação. MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem quantitativa em Hospital de Emergência no Estado de Alagoas. A população foi composta por médicos com mais de cinco anos de graduação. Para a coleta de dados utilizou-se questionário com perguntas sobre o tema. Os resultados foram analisados de conformidade com a literatura sobre parada cardíaca e reanimação cardiopulmonar. RESULTADOS: Responderam ao questionário 39 profissionais. O diagnóstico da PC foi corretamente respondido por 76,9%; e, em um caso clínico houve aumento para 87,2%. As indicações do bicarbonato de sódio foram corretamente respondidas por 30,8% e a indicação adequada do uso de vasopressina era conhecida por 15,4% dos participantes. CONCLUSÕES: Esse estudo revelou alguma deficiência no conhecimento dos médicos quando questionados sobre a terapêutica usada na PCR. Mostrou pouco conhecimento acerca da vasopressina como alternativa à adrenalina e o uso freqüente do bicarbonato de sódio é utilizado de maneira inadequada. O estudo apresentou dados que justificam o treinamento contínuo para médicos com mais de cinco anos de formado.