Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2014;26(1):28-35
DOI 10.5935/0103-507X.20140005
Definir as características e mensurar o tempo estímulo-resposta da equipe de saúde aos alarmes de monitorização na terapia intensiva.
Estudo de abordagem quantitativa, observacional, descritivo, desenvolvido na unidade coronariana de um hospital público de cardiologia no Rio de Janeiro (RJ). Os dados foram extraídos de informações referentes aos pacientes, monitorização utilizada e da medição do tempo estímulo-resposta da equipe aos alarmes dos monitores multiparamétricos por observação de campo não participativa.
Acompanhamos 88 pacientes (49 no serviço diurno e 39 no serviço noturno). O número total de alarmes de monitorização foi de 227 nas 40 horas de observação (20 horas no serviço diurno e 20 horas no serviço noturno), 106 alarmes no serviço diurno e 121 no serviço noturno, numa média de 5,7 alarmes/hora. Foram observados 145 alarmes sem resposta da equipe, 68 (64,15%) alarmes no serviço diurno e 77 (63,64%) no serviço noturno. Demonstramos que mais de 60% dos alarmes excederam o tempo-resposta de 10 minutos, considerados alarmes sem resposta. Obtivemos uma mediana de temporesposta dos alarmes atendidos de 4 minutos e 54 segundos no serviço diurno e 4 minutos e 55 segundos no serviço noturno. A monitorização da respiração encontrava-se ativada em apenas 9 pacientes (23,07%) no serviço noturno. Em relação à habilitação dos alarmes dessas variáveis, o alarme de arritmia estava habilitado em somente 10 (20,40%) dos pacientes no serviço diurno e o alarme da respiração em 4 pacientes (44,44%) no serviço noturno.
A programação e configuração de variáveis fisiológicas monitorizadas e parâmetros de alarmes na unidade foram inadequadas, houve retardo no tempo resposta e falta de resposta aos alarmes, sugerindo que alarmes relevantes podem ter sido ignorados pela equipe, comprometendo assim a segurança dos pacientes.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2013;25(4):306-311
DOI 10.5935/0103-507X.20130052
Comparar os escores resultantes da escala Comfort-B com o índice biespectral, em crianças de uma unidade de terapia intensiva.
Onze crianças com idades entre 1 mês e 16 anos, submetidas a ventilação mecânica e sedação, foram classificadas pelo índice biespectral e pela escala Comfort-B, simultaneamente. Foi obtido registro de seus comportamentos por filmagem digital; posteriormente tal registro foi avaliado por três observadores independentes e foram aplicados testes de concordância (Bland-Altman e Kappa). Foi testada a correlação entre os dois métodos (correlação de Pearson).
Foram realizadas 35 observações em 11 pacientes. A concordância entre os avaliadores, segundo o coeficiente de Kappa, variou de 0,56 a 0,75 (p<0,001). Houve associação positiva e regular entre índice biespectral e Comfort-B, com r=0,424 (p=0,011) até r=0,498 (p=0,002).
Devido à alta concordância entre os avaliadores independentes e a correlação regular entre os dois métodos, conclui-se que a escala Comfort-B é reprodutível e útil na classificação do nível de sedação de crianças em ventilação mecânica.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2011;23(2):238-241
DOI 10.1590/S0103-507X2011000200018
São descritos os objetivos de redução da pressão intra-abdominal e o projeto de um dispositivo que os atenda. O ABDO-PRE compreende, pela primeira vez, um mecanismo de servo-controle de aplicação externa que mede a pressão intravesical como variável de controle. São apresentados os resultados da aplicação em 4 pacientes com hipertensão intra-abdominal, produzindo uma redução de 16% a 35% em três casos e um aumento paradoxal da pressão em um dos casos, devido a um desajuste entre a geometria da câmara de vácuo e a alteração anatômica acarretada pela obesidade da paciente. Estes resultados são promissores em relação ao possível uso do ABDOPRE na prática clínica para redução da hipertensão intra-abdominal.