Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2021;33(1):1-11
DOI 10.5935/0103-507X.20210001
Fornecer recomendações para nortear o manejo clínico do potencial doador em morte encefálica.
O presente documento foi formulado em dois painéis compostos por uma força tarefa integrada por 27 especialistas de diferentes áreas que responderam a questões dirigidas aos seguintes temas: ventilação mecânica, hemodinâmica, suporte endócrino-metabólico, infecção, temperatura corporal, transfusão sanguínea, e uso de checklists. Os desfechos considerados foram: parada cardíaca, número de órgãos retirados ou transplantados e função/sobrevida dos órgãos transplantados. A qualidade das evidências das recomendações foi avaliada pelo sistema Grading of Recommendations Assessment, Development, and Evaluation.
Foram geradas 19 recomendações a partir do painel de especialistas. Dessas, 7 foram classificadas como fortes, 11 fracas e uma foi considerada boa prática clínica.
Apesar da concordância entre os membros do painel em relação à maior parte das recomendações, o grau de recomendação é fraco em sua maioria.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2016;28(3):285-293
DOI 10.5935/0103-507X.20160043
Avaliar o conhecimento e a aceitação da população e dos profissionais que trabalham em unidades de terapia intensiva sobre a doação de órgãos após morte cardíaca.
Foram elencados os três hospitais com mais notificações de morte encefálica em Curitiba e estabelecidos dois grupos de entrevistados pelo mesmo questionário: o público geral, ou seja, acompanhantes de pacientes em unidades de terapia intensiva, e profissionais de saúde que trabalhavam nas mesmas unidades de terapia intensiva. O questionário aplicado perguntou sobre dados demográficos, a intenção de doar órgãos e o conhecimento da legislação vigente, bem como sobre morte encefálica e doação após morte cardíaca.
No total, foram 543 questionários coletados, sendo 442 de familares e 101 de profissionais de saúde. Observou-se predomínio de mulheres e de católicos em ambos os grupos. O sexo feminino apresentou maior intenção de doar. Os profissionais de saúde tiveram um desempenho melhor na comparação de conhecimento. A intenção de doar órgãos foi significativamente maior no grupo de profissionais de saúde (p = 0,01). Não houve diferença significativa na intenção de doar com relação ao grau de instrução ou renda. Houve maior aceitação da doação após morte cardíaca não controlada entre os católicos, quando comparados com os evangélicos (p < 0,001).
A maioria da população geral teve intenção de doar, sendo maior a intenção no sexo feminino. Escolaridade e renda não influenciaram em tal decisão. A modalidade de transplante que utiliza doação após morte cardíaca não controlada não teve boa aceitação na população estudada, apontando para a necessidade de mais esclarecimentos para o uso no nosso meio.