Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2022;34(4):469-476
DOI 10.5935/0103-507X.20220429-en
Avaliar os efeitos da doença crítica no status funcional de crianças de zero a 4 anos com e sem histórico de prematuridade após a alta da unidade de terapia intensiva pediátrica.
Estudo transversal secundário aninhado a uma coorte de caráter observacional de sobreviventes de uma unidade de terapia intensiva pediátrica. A avaliação funcional aconteceu por meio da Functional Status Scale no período de até 48 horas após a alta da unidade de terapia intensiva pediátrica.
Participaram do estudo 126 pacientes, sendo 75 prematuros e 51 nascidos a termo. Na comparação entre o status funcional basal e o status funcional da alta da unidade de terapia intensiva pediátrica, ambos os grupos apresentaram diferenças significativas (p < 0,001). Os pacientes prematuros apresentaram maior declínio funcional na alta da unidade de terapia intensiva pediátrica (61%). Nos pacientes nascidos a termo, houve correlação significativa entre Pediatric Index of Mortality, tempo de sedação, tempo de ventilação mecânica e tempo de internação com os desfechos funcionais (p = 0,05).
A maior parte dos pacientes estudados apresentou declínio funcional na alta da unidade de terapia intensiva pediátrica. Apesar de os pacientes prematuros apresentarem maior declínio funcional na alta, os pacientes nascidos a termo apresentaram influência do tempo de sedação e do tempo de uso de ventilação mecânica nos seus status funcionais.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2017;29(4):460-465
DOI 10.5935/0103-507X.20170066
Avaliar a funcionalidade de pacientes pediátricos após alta da unidade de terapia intensiva pediátrica por meio da Functional Status Scale e comparar o tempo de ventilação mecânica invasiva, tempo de internação e o Pediatric Index of Mortality 2 entre os indivíduos com diferentes graus de comprometimento funcional.
Estudo transversal, realizado com pacientes egressos de uma unidade de terapia intensiva pediátrica. A avaliação funcional pela Functional Status Scale foi realizada no primeiro dia após a alta da unidade, tendo sido utilizado o Pediatric Index of Mortality 2 como índice preditivo de mortalidade do momento da admissão na unidade.
A amostra foi composta por 50 indivíduos, sendo 60% do sexo masculino, com mediana de idade de 19 meses [6 - 61]. O escore global da Functional Status Scale foi de 11,5 [7 - 15] e maiores escores nos domínios "função motora" 3 [1 - 4] e "alimentação" 4 [1 - 4]. Os pacientes que reinternaram na unidade de terapia intensiva pediátrica demonstraram, comparativamente aos que não reinternaram, ter pior escore global (p = 0,01), "função motora" (p = 0,01), "alimentação" (p = 0,02), "respiração" (p = 0,036) e maior índice de mortalidade pelo Pediatric Index of Mortality 2 (p = 0,025).
A avaliação da Functional Status Scale indicou disfunção funcional moderada dos pacientes após a alta da unidade de terapia intensiva pediátrica, principalmente na função motora e alimentação; pacientes que reinternaram na unidade de terapia intensiva pediátrica demonstraram ter piores escore funcional global e função motora, alimentação e respiração. Indivíduos com maior comprometimento funcional apresentaram maior tempo de ventilação mecânica invasiva e internação na unidade de terapia intensiva pediátrica.