Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2017;29(4):476-480
DOI 10.5935/0103-507X.20170071
Avaliar a intra e interconfiabilidade, e a facilidade de medir a espessura muscular do quadríceps, usando ultrassom à beira do leito.
Trata-se de um estudo prospectivo, observacional. A avaliação da espessura muscular do quadríceps foi realizada em dois pontos de referência e quantificada com ultrassom portátil em modo B em dois voluntários saudáveis. Para padronização das medidas e validação das coletas das imagens, foi realizada capacitação da equipe por meio de treinamentos com aulas teóricas e práticas, com carga horária de 6 horas.
Foram examinadas 112 imagens pelo treinador e comparadas com os alunos. A correlação de Person encontrou excelente relação entre o treinador e todos os alunos (R2 > 0,90). A melhor associação foi entre o treinador e os nutricionistas (R2: 0,99; p < 0,001), e a pior, entre o treinador e alunos médicos (R2: 0,92; p < 0,001). Quanto à comparação de Bland-Altman, a maior porcentagem de erro encontrada entre treinador e alunos foi de 5,12% (IC95% 3,64 - 12,37) e a menor, 1,01% (IC95% 0,72 - 2,58); o maior viés dos valores descrito foi -0,12 ± 0,19, e o menor, -0,01 ± 0,04.
Os dados analisados mostraram boa correlação entre as medidas feitas pelo instrutor e alunos, mostrando que o ultrassom de músculo quadríceps é uma ferramenta viável e de fácil aplicabilidade.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2013;25(2):148-154
DOI 10.5935/0103-507X.20130026
OBJETIVO: Identificar escalas capazes de estabelecer uma avaliação quantitativa dos sintomas do delirium em pacientes graves por meio de uma revisão sistemática. MÉTODOS: Foram selecionados estudos que avaliaram escalas de estratificação de delirium em pacientes internados em unidades de terapia intensiva a partir de busca na base de dados MedLine. Os estudos de validação dessas escalas foram analisados, e foram identificados os pacientes alvos para aplicação, o avaliador, os sinais e sintomas avaliados, a duração da aplicação, além da sensibilidade e da especificidade de cada escala. RESULTADOS: Seis escalas foram identificadas: o Delirium Detection Score, o Cognitive Test of Delirium, a Memorial Delirium Assessment Scale, o Intensive Care Delirium Screening Checklist, a The Neelon and Champagne Confusion Scale e a Delirium Rating Scale-Revised-98. CONCLUSÃO: As escalas identificadas permitem estratificação e acompanhamento do paciente grave com delirium. Dentre as seis escalas, a mais estudada e que melhor se adequa ao uso em unidade de terapia intensiva foi o Intensive Care Delirium Screening Checklist.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2012;24(3):258-262
DOI 10.1590/S0103-507X2012000300009
OBJETIVO: Avaliar a influência do conhecimento sobre morte encefálica relacionada à doação de órgãos dos pacientes do Centro de Saúde Escola do Marco, órgão vinculado à Universidade do Estado do Pará. MÉTODOS: Foram entrevistados 136 pacientes, com base em um protocolo de pesquisa, no qual foi analisado o conhecimento sobre morte encefálica e doação de órgãos, além de dados sociodemográficos. RESULTADOS: A maioria por pacientes era do gênero feminino e favorável à doação de órgãos, apresentando média de idade de 39 anos. Apenas 19,9% souberam informar o que era morte encefálica, 85,3% acreditavam que o médico pode se equivocar na firmação do estado de morte encefálica de um paciente e 18,4% confiavam no diagnóstico de morte encefálica. Observou-se relação estatisticamente significante (p<0,01) entre o grau de confiança no diagnóstico de morte encefálica e a pessoa aceitar doar seus órgãos após sua morte. CONCLUSÃO: A maioria da população estudada não compreendia o significado da morte encefálica e apresentava um baixo grau de confiança no diagnóstico de morte encefálica, sendo que esse perfil influência negativamente o desejo de doar órgãos.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2009;21(2):219-225
DOI 10.1590/S0103-507X2009000200016
Ensaios clínicos aleatorizados são investigações científicas consideradas padrão-ouro para avaliar intervenções terapêuticas. Ensaios clínicos aleatorizados podem examinar e avaliar a segurança e eficácia de novas drogas ou procedimentos terapêuticos ou comparar os efeitos entre duas ou mais drogas ou qualquer outra intervenção. Nesse artigo apresentamos as características essenciais e fatores que podem introduzir viés nesses estudos. Em seguida, apresentamos critérios para avaliação crítica de artigos reportando os resultados de ensaios clínicos aleatorizados e mostramos como interpretar e aplicá-los à prática clínica.