Você pesquisou por:"Gisele do Carmo Leite Machado Diniz"
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Rev Bras Ter Intensiva. 2015;27(1):18-25
DOI 10.5935/0103-507X.20150005
Avaliar e comparar os fatores estressantes identificados pelos pacientes de uma unidade de terapia intensiva coronariana com aqueles percebidos pelos pacientes de uma unidade de terapia intensiva pós-operatória geral.
Estudo transversal, descritivo, realizado na unidade de terapia intensiva coronariana e na unidade de terapia intensiva pós-operatória geral de um hospital privado. Participaram 60 pacientes, sendo 30 de cada unidade de terapia intensiva. Para identificação dos fatores estressantes, utilizou-se a escala de estressores em unidade de terapia intensiva. Foram calculados o escore médio de cada item da escala e, em seguida, o escore total de estresse). Após a comparação entre os grupos, as diferenças foram consideradas significantes quando p < 0,05.
A idade dos pacientes da unidade de terapia intensiva coronariana foi de 55,63 ± 13,58 e da unidade de terapia intensiva pós-operatória geral foi de 53,60 ± 17,47 anos. Os principais estressores para a unidade de terapia intensiva coronariana foram “sentir dor”, “estar incapacitado para exercer o papel na família” e “estar aborrecido”. Para a unidade de terapia intensiva pós-operatória geral foram “sentir dor”, “estar incapacitado para exercer o papel na família” e “não conseguir se comunicar”. A média do escore total de estresse na unidade de terapia intensiva coronariana foi de 104,20 ± 30,95 e, na unidade de terapia intensiva pós-operatória geral, foi de 116,66 ± 23,72 (p = 0,085). Comparando cada fator estressante separadamente, houve diferença estatisticamente significante apenas entre três itens. “Ter a enfermagem constantemente fazendo tarefas ao redor do leito” foi mais estressante para a unidade de terapia intensiva pós-operatória geral do que para a unidade de terapia intensiva coronariana (p = 0,013). Por outro lado, os itens “escutar sons e ruídos desconhecidos” e “ouvir pessoas falando sobre você” foram mais estressantes para a unidade de terapia intensiva coronariana (p = 0,046 e 0,005, respectivamente).
A percepção sobre os principais estressores, bem como o escore total de estresse foi semelhante entre a unidade de terapia intensiva coronariana e a unidade de terapia intensiva pós-operatória geral.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2009;21(3):292-298
DOI 10.1590/S0103-507X2009000300009
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS: Frações inspiradas de oxigênio (FiO2) < 40% são recomendadas durante o desmame ventilatório se pressão arterial de oxigênio (PaO2)/FiO2 >150-200 mmHg, O objetivo desse estudo foi comparar as variáveis respiratórias e os dados vitais coletados durante a utilização de uma FiO2 suficiente para manter a saturação periférica de oxigênio em 92% (ideal) com aquelas coletadas durante uma FiO2 rotineiramente ajustada em 40% (basal) em pacientes sob desmame ventilatório. MÉTODOS: Estudo prospectivo cruzado. As variáveis freqüência respiratória, volume corrente, pressão de oclusão, relação tempo inspiratório/tempo total, pressão arterial e freqüência cardíaca foram coletados, seqüencialmente, aos 30 e 60 minutos sob FiO2 basal (40%) e, em seguida sob FiO2 ideal. Essas foram comparadas pelo modelo linear generalizado para medidas repetidas. Para comparar os valores basal e ideal da FiO2 e da PaO2 foram utilizados os testes t Student ou Wilcoxon. RESULTADOS: Em 30 pacientes adultos a mediana da FiO2 ideal foi 25% (IQ25%-75% 23-28), significativamente menor que a basal (40%) (p< 0,001). A relação PaO2/FiO2 não apresentou diferença significativa entre a FiO2 basal (269±53) e a FiO2 ideal (268±47). O volume corrente foi significativamente menor durante a utilização da FiO2 ideal (p=0,003) e a pressão arterial foi significativamente maior durante a utilização da FiO2 ideal (p=0,041), mas sem significância clínica. A FiO2 ideal não influenciou as demais variáveis. CONCLUSÃO: Esses resultados sugerem que níveis de FiO2 suficientes para manter uma SpO2>92% não alteraram o padrão respiratório ou provocaram alterações clínicas em pacientes sob desmame ventilatório.