Você pesquisou por:"Claúdia da Rocha Cabral"
Encontramos (3) resultados para a sua busca.Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2009;21(1):18-24
DOI 10.1590/S0103-507X2009000100003
OBJETIVOS: Avaliar a mortalidade e qualidade de vida dos pacientes que receberam alta do centro de tratamento intensivo a longo prazo. MÉTODOS: Coorte prospectiva em que foram avaliados todos os pacientes que internaram em um centro de tratamento intensivo durante 6 meses e entrevistados, via telefone, após dois anos da alta do centro de tratamento intensivo, visando o preenchimento de duas escalas de qualidade de vida: escala de Karnofsky e escala de atividades de vida diária (ADL). RESULTADOS: De um total de 380 pacientes, 100 (26,5%) indivíduos estavam vivos na época da entrevista, 94% vivendo em suas casas e 90% sem necessidade de cuidado familiar ou especializado. Houve uma redução significativa na qualidade de vida dos sobreviventes (Karnofsky pré-CTI = 90 ±10 vs. Karnofsky após dois anos = 79±11; p<0,05), porém com manutenção da sua capacidade funcional (ADL pré-CTI = 28±4 vs. ADL após dois anos = 25±8; p=0,09). Esta queda na qualidade de vida deveu-se principalmente aos pacientes que sofreram acidente vascular encefálico (Karnofsky pré-CTI = 88±7 vs. Karnofsky após dois anos = 60±15; p<0,01). CONCLUSÃO: Estes dados preliminares sugerem que o desempenho dos pacientes após dois anos da alta do centro de tratamento intensivo é preservado, pois os mesmos mantêm a capacidade de realizar auto cuidado, exceto naqueles com danos cerebrais, os quais pioram muito a sua qualidade de vida.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2009;21(4):398-403
DOI 10.1590/S0103-507X2009000400010
OBJETIVOS: Hiperglicemia induzida por estresse ocorre com freqüência em pacientes criticamente doentes e tem sido associada a aumento de mortalidade e morbidade tanto em pacientes diabéticos, quanto em não diabéticos. O objetivo deste estudo foi avaliar o perfil e prognóstico a longo prazo dos pacientes críticos que recebem terapia insulínica contínua na unidade de terapia intensiva. MÉTODOS: Coorte prospectiva, em que foram estudados os pacientes internados na unidade de terapia intensiva no período de 1 ano. Foram analisadas variáveis demográficas, escores de gravidade e o prognóstico a curto na unidade de terapia intensiva, e a longo prazo (2 anos da alta da unidade de terapia intensiva). Os pacientes foram classificados em 2 grupos: pacientes que receberam terapia insulínica contínua para controle glicêmico indicada pela equipe da unidade de terapia intensiva e pacientes que não receberam terapia insulínica. RESULTADOS: Dos 603 pacientes incluídos no estudo, 102 (16,9%) receberam terapia insulínica contínua, objetivando níveis glicêmicos <150 mg/dL e 501 pacientes (83,1%) não receberam insulina contínua. Os pacientes que necessitaram terapia insulínica contínua eram mais graves que os do grupo não necessitou de terapia insulínica: escore APACHE II (14 ±3 versus 11 ±4; p =0,04), escore SOFA (4,9 ±3,2 versus 3,5 ±3,4; p <0,001) e TISS das 24h (25,7 ±6,9 versus 21,1 ±7,2; p <0,001). Os pacientes do grupo que recebeu terapia insulínica contínua tiveram também pior prognóstico: insuficiência renal aguda (51% versus 18,5%; p <0,001), polineuropatia da doença crítica (16,7% versus 5,6%; p <0,001)] e maior mortalidade [na unidade de terapia intensiva (60,7% versus 17,7%; p <0,001) e 2 anos após a alta da unidade de terapia intensiva (77,5% versus 23,4%; p <0,001). CONCLUSÃO: A necessidade de controle glicêmico rigoroso através do uso de protocolos de insulina contínua é um marcador de gravidade e de pior prognóstico dos pacientes internados na unidade de terapia intensiva, refletindo também maior mortalidade a longo prazo.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2019;31(3):425-427
DOI 10.5935/0103-507X.20190046