Você pesquisou por:"Carlos Augusto Ramos Feijó"
Encontramos (4) resultados para a sua busca.Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2006;18(1):18-21
DOI 10.1590/S0103-507X2006000100004
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Analisar a gravidade de pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital universitário, utilizando o escore APACHE II. MÉTODO: Foi realizado estudo descritivo, retrospectivo, com análise de 300 pacientes admitidos à UTI, no período de março de 2004 a julho de 2005. RESULTADOS: Dos 300 pacientes estudados, 51,7% eram do sexo masculino, com média idade de 54,2 ± 19,57) anos. Houve maior prevalência de pacientes acima de 60 anos (43%). Quanto à procedência, 78% foram provenientes das enfermarias do próprio hospital. De acordo com o sistema acometido, as principais disfunções foram respiratórias e cardiovasculares. A média de permanência na UTI foi de 7,51 ± 8,21) dias. A média geral de APACHE II foi de 16,48 ± 7,67), com significativa diferença entre sobreviventes e falecidos. A mortalidade total na UTI foi de 32,7%, sem diferença significativa entre os pacientes falecidos com menos ou mais de 48 horas. A razão de mortalidade padronizada foi 1,1. CONCLUSÕES: Apesar da gravidade dos pacientes admitidos, a razão de mortalidade padronizada sugere satisfatória qualidade no serviço em apreço.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2021;33(2):206-218
DOI 10.5935/0103-507X.20210028
Descrever as práticas de ressuscitação volêmica em unidades de terapia intensiva brasileiras e compará-las com as de outros países participantes do estudo Fluid-TRIPS.
Este foi um estudo observacional transversal, prospectivo e internacional, de uma amostra de conveniência de unidades de terapia intensiva de 27 países (inclusive o Brasil), com utilização da base de dados Fluid-TRIPS compilada em 2014. Descrevemos os padrões de ressuscitação volêmica utilizados no Brasil em comparação com os de outros países e identificamos os fatores associados com a escolha dos fluidos.
No dia do estudo, foram incluídos 3.214 pacientes do Brasil e 3.493 pacientes de outros países, dos quais, respectivamente, 16,1% e 26,8% (p < 0,001) receberam fluidos. A principal indicação para ressuscitação volêmica foi comprometimento da perfusão e/ou baixo débito cardíaco (Brasil 71,7% versus outros países 56,4%; p < 0,001). No Brasil, a percentagem de pacientes que receberam soluções cristaloides foi mais elevada (97,7% versus 76,8%; p < 0,001), e solução de cloreto de sódio a 0,9% foi o cristaloide mais comumente utilizado (62,5% versus 27,1%; p < 0,001). A análise multivariada sugeriu que os níveis de albumina se associaram com o uso tanto de cristaloides quanto de coloides, enquanto o tipo de prescritor dos fluidos se associou apenas com o uso de cristaloides.
Nossos resultados sugerem que cristaloides são usados mais frequentemente do que coloides para ressuscitação no Brasil, e essa discrepância, em termos de frequências, é mais elevada do que em outros países. A solução de cloreto de sódio 0,9% foi o cristaloide mais frequentemente prescrito. Os níveis de albumina sérica e o tipo de prescritor de fluidos foram os fatores associados com a escolha de cristaloides ou coloides para a prescrição de fluidos.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2008;20(3):249-253
DOI 10.1590/S0103-507X2008000300007
OBJETIVOS: Face à demanda de nosso serviço, buscamos descrever as características e a evolução dos pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES) internados na unidade de terapia intensiva do Hospital Universitário Walter Cantídio. MÉTODOS: Os pacientes foram, retrospectivamente, caracterizados quanto aos dados demográficos, tempo de diagnóstico da doença, disfunções orgânicas e exames laboratoriais à admissão, suportes terapêuticos usados durante a internação, tempo de internação hospitalar prévio à admissão, tempo de permanência na unidade, reinternações e desfecho evolutivo. Foram avaliados os escores Systemic Lupus Erythematosus Disease Activity (SLEDAI) e Acute Physiological and Chronic Health Evaluation II (APACHE II) à admissão, a mortalidade prevista e a razão de mortalidade padronizada. RESULTADOS: No período de novembro de 2003 a outubro de 2006, 1.052 pacientes foram admitidos à UTI, 50 (4,75%) dos quais com LES. Houve predomínio do sexo feminino (88,2%), com média de idade de 30,3 ± 12,8 anos. A mediana do tempo de diagnóstico da doença foi de 67 meses. As disfunções mais prevalentes à admissão foram: renal (70,6%), cardiovascular (61,8%), respiratória (55,9%) e neurológica (55,9%). As principais disfunções motivadoras da admissão na unidade de terapia intensiva foram: respiratória (38,2%), cardiovascular (29,4%) e neurológica (29,4%). Os tratamentos mais utilizados foram: hemocomponentes (44,1%), fármacos vasopressores (41,2%), ventilação mecânica (35,3%) e diálise (23,5%). A média do SLEDAI foi 15 ± 12,2 pontos e a do APACHE II foi 19,3 ± 6,8 pontos, com mortalidade prevista de 37,6%. Registrou-se óbito de 20,6% após 48 horas na unidade de terapia intensiva e 8,8%, com menos de 48h. A razão de mortalidade padronizada foi 0,78. Os pacientes com APACHE II maior que 18 pontos, com mais de três disfunções orgânicas, leucopenia (menor que 4.000 mm³) e acometimento gastrintestinal ou metabólico faleceram significativamente mais. CONCLUSÃO: A despeito da gravidade à admissão na unidade de terapia intensiva, inferida pelo APACHE II e as disfunções agudas, a evolução dos pacientes analisados sugere susceptibilidade às medidas terapêuticas.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2006;18(3):263-267
DOI 10.1590/S0103-507X2006000300008
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Identificar a gravidade dos pacientes idosos atendidos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital universitário, relacionando com a mortalidade durante a internação. MÉTODO: Foi realizado um estudo retrospectivo, com análise de 130 pacientes admitidos na UTI, no período de março de 2004 a julho de 2005. RESULTADOS: Dos 130 pacientes, houve predomínio do sexo feminino, com média de idade de 72,2 ± 7,3 anos. Houve maior prevalência de pacientes na faixa entre 65 e 74 anos. Mais de 80% eram provenientes do próprio hospital universitário. De acordo com os sistemas acometidos, as principais disfunções foram cardiovasculares e respiratórias. A sepse foi implicada como causa em 23,8% dos pacientes. O tempo médio de permanência na UTI foi de 8,2 ± 7,6 dias. A média de índice APACHE II foi 18,2 ± 7,2. Menores valores de APACHE II, tempo de internação e mortalidade foram observados entre os pacientes com acometimento primariamente cardiovascular. Do total, 66,1% foram transferidos da UTI, 6,2% evoluíram para o óbito com menos de 48h, e 27,7% após as primeiras 48h. A razão de mortalidade padronizada foi de 0,988. CONCLUSÕES: A faixa etária não determinou diferença significativa entre os valores de APACHE II, não esteve associada a maior mortalidade, nem com maior tempo de permanência na UTI. Os pacientes com disfunção cardiovascular apresentaram menores valores de APACHE II, tempo de internação e mortalidade na UTI.