Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2016;28(1):78-82
DOI 10.5935/0103-507X.20160001
A oxigenação por membrana extracorpórea é utilizada em casos de hipoxemia refratária em diversas condições clínicas. Pacientes vítimas de traumatismo torácico geralmente desenvolvem síndrome da angústia respiratória aguda. Em razão do elevado risco de sangramentos, as complicações trombóticas que se apresentam neste contexto são particularmente difíceis de tratar e, geralmente, demandam a inserção de um filtro na veia cava inferior, com a finalidade de prevenir a migração de êmbolos oriundos das veias distais para a circulação pulmonar. Neste artigo, apresentamos o caso de um paciente com traumatismo torácico, que apresentou grave síndrome de angústia respiratória aguda, com necessidade de utilizar oxigenação por membrana extracorpórea aplicada por meio da introdução de uma cânula com duplo-lúmen na veia jugular interna direita. Este procedimento foi realizado tendo em vista a prévia inserção de um filtro na veia cava inferior, por conta da ocorrência de trombose venosa profunda em ambas as panturrilhas.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2014;26(4):430-434
DOI 10.5935/0103-507X.20140066
A síndrome nefrótica associa-se a um estado de hipercoagulabilidade, apresentando risco aumentado de complicações tromboembólicas. A trombose dos seios venosos cerebrais é uma complicação rara da síndrome nefrótica, com poucos casos descritos na literatura, mas com diagnósticos cada vez mais frequentes. A verdadeira incidência pode estar subestimada, uma vez que muitos eventos são assintomáticos ou não são diagnosticados a tempo. Descrevemos aqui o caso de uma criança do sexo masculino, de 2 anos e 10 meses, com síndrome nefrótica, que apresentou, na evolução, cefaleia, crises epilépticas e rebaixamento sensorial, com o diagnóstico de trombose do seio sagital superior e transverso. Foi realizada revisão da literatura internacional por meio de estratégia de busca definida, nas bases de dados PubMed, SciELO e Lilacs, utilizando os termos “nephrotic syndrome” e “cerebral sinovenous thrombosis”. O diagnóstico de trombose venosa deve ser considerado em qualquer paciente com síndrome nefrótica que manifeste sinais e sintomas neurológicos, destacando que a suspeita clínica precoce tem relação com um desfecho favorável.