Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2016;28(3):301-309
DOI 10.5935/0103-507X.20160054
Descrever as características de pacientes com HIV/AIDS e comparar as medidas terapêuticas e cuidados de fim de vida, antes e após a avaliação da equipe de cuidados paliativos.
Trata-se de uma coorte retrospectiva, que incluiu todos os pacientes com HIV/AIDS internados na unidade de terapia intensiva do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e avaliados pela equipe de cuidados paliativos no período de janeiro de 2006 a dezembro de 2012.
Dos 109 pacientes avaliados, 89% tinham relato de doenças oportunistas, 70% apresentavam CD4 menor que 100cels/mm3 e apenas 19% aderiram ao tratamento. A mortalidade geral foi de 88%. Dentre os pacientes considerados em provável terminalidade (68%), observaram-se redução do uso da terapia antirretroviral altamente ativa (50,0% para 23,1%; p = 0,02), antibioticoterapia (100% para 63,6%; p < 0,001), drogas vasoativas (62,1% para 37,8%, p = 0,009), terapia de substituição renal (34,8% para 23%; p < 0,0001) e transfusão de hemoderivados (74,2% para 19,7%; p < 0,0001). Foi realizada reunião com a família em 48% dos casos, e 23% dos pacientes em provável terminalidade receberam alta da unidade de terapia intensiva.
A equipe de cuidados paliativos foi acionada para pacientes com perfil de elevadas gravidade e mortalidade. Os pacientes acompanhados pela equipe de cuidados paliativos avaliados como provável terminalidade tiveram significativa redução de intervenções potencialmente inapropriadas, e 26% desses pacientes conseguiram receber alta da unidade de terapia intensiva.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2008;20(2):210-212
DOI 10.1590/S0103-507X2008000200016
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A pneumonia por Pneumocystis jirovecii tem sido uma das doenças mais comuns e uma complicação infecciosa fatal em pacientes com síndrome da imunodeficiência adquirida. O objetivo deste estudo foi apresentar uma paciente com provável diagnóstico de pneumonia por Pneumocystis jirovecii que recebeu ventilação não-invasiva com pressão positiva. RELATO DO CASO: Paciente do sexo feminino, 25 anos, com diagnóstico provável de pneumonia por Pneumocystis jirovecii grave, recebeu ventilação mecânica não-invasiva com pressão positiva. CONCLUSÕES: Todos os parâmetros melhoraram progressivamente nos primeiros cinco dias. Os resultados sugeriram a eficácia desta medida para otimizar a oxigenação, reverter a hipoxemia e prevenir a intubação traqueal.