Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2008;20(2):190-196
DOI 10.1590/S0103-507X2008000200013
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A parada cardiorrespiratória (PCR) ocorrida em ambulatório tem elevada mortalidade, sendo a sobrevida entre 5% e 35%. Dos pacientes que são reanimados uma percentagem elevada permanece com déficits neurológicos, resultantes das lesões ocorridas, tanto no período de ausência de circulação ou durante a reperfusão. No entanto a compreensão dos mecanismos da lesão cerebral não tem traduzido na melhoria do prognóstico. A hipotermia terapêutica após a reanimação parece ser uma opção válida associada à diminuição destas seqüelas neurológicas. O objetivo deste estudo foi rever a evidência científica relativa à abordagem do paciente reanimado após PCR. CONTEÚDO: Descrição e abordagem dos principais fatores de risco associados à lesão neurológica após PCR, bem como dos seus critérios de prognóstico.Feita pesquisa não sistemática na base de dados PubMed dos artigos referentes à abordagem terapêutica dos pacientes reanimados de parada cardíaca. As referências bibliográficas dos artigos de revisão foram igualmente analisadas. Elaboradas normas práticas para essa abordagem. CONCLUSÕES: Os pacientes que sobrevivem à PCR têm elevado risco de permanecer com lesões neurológicas graves. A hipotermia terapêutica e o controle das variáveis fisiológicas, com otimização da perfusão cerebral, podem melhorar o seu prognóstico.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2006;18(2):143-147
DOI 10.1590/S0103-507X2006000200007
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Geralmente a equipe de enfermagem que atua em UTI, por permanecer sempre junto ao paciente, é quem identifica uma parada cardiorrespiratória e inicia as manobras de reanimação. O objetivo deste estudo foi avaliar o conhecimento teórico que a equipe de enfermagem de uma UTI tem acerca de parada e reanimação cardiorrespiratória, como subsidio para um programa de treinamento em serviço. MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem quantitativa, desenvolvida em uma UTI geral de adulto, de um Hospital do Estado de Santa Catarina. A população foi constituída de enfermeiros, técnicos e auxiliares de Enfermagem. Para a coleta de dados, foi utilizado um questionário estruturado com perguntas subjetivas sobre o tema. Os resultados foram analisados à luz da literatura médica e de enfermagem sobre parada e reanimação cardiorrespiratória. RESULTADOS: Responderam ao questionário 26 profissionais, destes 54% tinham mais de 2 anos de atuação em UTI. Os sinais de PCR foram identificados corretamente somente por 15,4% dos profissionais. As principais causas foram mencionadas corretamente por 53,8% dos participantes do estudo. A maioria 65,4% conhece o nome das medicações mais utilizadas em reanimação. CONCLUSÕES: O tempo de atuação dos profissionais de enfermagem em UTI e a sua categoria profissional influenciaram positivamente sobre o conhecimento de parada e reanimação cardiorrespiratória. O fato de a maioria dos participantes, 84,6%, não saber identificar corretamente uma parada cardiorrespiratória, assim como 34,6% desconhecem as medicações nela utilizadas, podem comprometer o início, organização e rapidez das manobras. O estudo, apesar de limitado, apresenta alguns subsídios para a abordagem teórica de um programa de treinamento em serviço para a equipe de enfermagem da UTI onde ele foi realizado ou onde houver semelhança.