Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2010;22(1):64-68
DOI 10.1590/S0103-507X2010000100011
Um sistema de estadiamento da sepse com foco na predisposição, no insulto, na resposta do hospedeiro e na falência orgânica pode fornecer uma base útil para a estratificação do risco. O conhecimento das interações entre os fatores predisponentes, características do insulto e resposta do hospedeiro pode nos ajudar a melhorar a compreensão sobre a fisiopatologia da sepse e permitir uma abordagem terapêutica mais individualizada. Estudos clínicos recentes documentaram a relevância da abordagem PIRO na estratificação da gravidade de pacientes sépticos na unidade de terapia intensiva, e também para condições específicas como pneumonia adquirida na comunidade e pneumonia associada a ventilação mecânica, com bom desempenho para previsão do desfecho. Nesta revisão, descrevemos como este novo conceito pode ser utilizado na prática clínica e fornecemos algumas compreensões sobre a sua utilidade para facilitar a estratificação e potencial para inclusão em estudos clínicos de tratamentos da sepse.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2007;19(2):210-215
DOI 10.1590/S0103-507X2007000200012
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A sepse é a expressão de uma complexa rede de mediadores. Falência de múltiplos órgãos e choque séptico são as principais causas de óbito nas unidades de terapia intensiva em todo o mundo. Indicadores biológicos como as citocinas, bem como centenas de outros indicadores celulares, moléculas bioativas circulantes ou produtos da coagulação são potenciais indicadores biológicos que poderão ser de grande utilidade no reconhecimento e tratamento da infecção e sepse. O objetivo deste estudo foi apresentar os principais indicadores que podem ser utilizados, atualmente ou possivelmente, no futuro, na prática clínica ou experimental. CONTEÚDO: Revisão dirigida da literatura sobre possíveis indicadores de infecção e sepse, com ênfase aos da cascata da coagulação, proteína C-reativa e procalcitonina. CONCLUSÕES: O papel da maioria dos indicadores biológicos não está ainda definido para uso na prática clínica. Todavia os níveis séricos de PCR e de procalcitonina podem ser de grande auxílio no diagnóstico e no prognóstico da infecção e da sepse quando usados em conjunto com os parâmetros convencionais.