Você pesquisou por:"Silvia Maria Fachin"
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Rev Bras Ter Intensiva. 2018;30(4):414-422
DOI 10.5935/0103-507X.20180059
Descrever os efeitos de melhorias sucessivas nos sistemas de alerta precoce para identificação de pacientes com sepse, no que se refere ao tempo até o diagnóstico, à administração de antibióticos e à mortalidade.
Trata-se de um estudo observacional de coorte, que descreve as sucessivas melhorias implantadas em um período de 10 anos no sistema de alerta precoce para detecção de sepse, incluindo vigilância ativa manual sistemática, alertas eletrônicos via telefonista, e alertas enviados diretamente a dispositivos móveis da enfermagem. Para todos os períodos, após o desencadeamento do alerta, o tratamento foi realizado segundo as diretrizes institucionais para sepse.
Durante estes anos, detectaram-se 637 pacientes com sepse. O tempo mediano entre a triagem e o diagnóstico foi reduzido de 19:20 (9:10 - 38:15) horas para 12:40 (2:50 - 23:45) horas quando se utilizou o método manual de vigilância (p = 0,14), para 2:10 (1:25 - 2:20) horas quando o alerta foi enviado automaticamente ao serviço telefônico do hospital (p = 0,014) e para 1:00 (0:30 - 1:10) horas quando o alerta foi enviado diretamente ao telefone celular da enfermagem (p = 0,02), com manutenção de valores similares nos anos que se seguiram. Não houve diferença no tempo até o tratamento em relação aos pacientes sobreviventes e não sobreviventes.
Sistemas eletrônicos auxiliam na redução do tempo entre a triagem e o diagnóstico e entre o diagnóstico e o início da antibioticoterapia em pacientes com sepse.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2019;31(1):71-78
DOI 10.5935/0103-507X.20190013
Comparar as características clínicas e os desfechos de pacientes com sepse adquirida na comunidade ou no hospital.
Trata-se de estudo retrospectivo de coorte, que incluiu todos os pacientes com diagnóstico de sepse detectada entre janeiro de 2010 e dezembro de 2015 em um hospital privado localizado na Região Sul do Brasil. Os desfechos (mortalidade, tempo de permanência na unidade de terapia intensiva e no hospital) foram avaliados por meio da análise dos registros eletrônicos.
Foram hospitalizados, no total, 543 pacientes com diagnóstico de sepse, com frequência de 90,5 (85 a 105) casos por ano. Destes, 319 (58%) casos foram classificados como sepse adquirida no hospital. Este grupo apresentava doença mais grave e tinha um maior número de disfunções de órgãos, assim como teve um tempo maior de permanência no hospital [8 (8 - 10) versus 23 (20 - 27) dias; p < 0,001] e na unidade de terapia intensiva [5 (4 - 7) versus 8,5 (7 - 10); p < 0,001] do aqueles que apresentavam sepse adquirida na comunidade. Após ajustar quanto à idade, escore APACHE II e disfunção hemodinâmica e respiratória, a sepse adquirida no hospital persistiu associada com maior mortalidade (OR 1,96; IC95% 1,15 - 3,32, p = 0,013).
Nossos resultados contribuem para a definição do perfil epidemiológico da sepse na amostra estudada, na qual a sepse adquirida no hospital foi mais grave e associada com mortalidade mais alta.