Você pesquisou por:"Pedro Kurtz"
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Rev Bras Ter Intensiva. 2008;20(2):160-164
DOI 10.1590/S0103-507X2008000200008
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A bacteremia associada a cateter venoso central (CVC) aumenta a morbidade e mortalidade hospitalar em pacientes internados em unidade de terapia intensiva (UTI). Os cateteres recobertos com rifampicina e minociclina (RM) reduzem a freqüência de colonização e bacteremia. No entanto, resultados de estudos recentes questionaram o seu impacto clínico. O objetivo deste estudo foi comparar a incidência de colonização e bacteremia associada à CVC recobertos com RM e não recobertos numa coorte de pacientes admitidos em UTI. METODO: Estudo prospectivo, controlado em UTI mista clínico-cirúrgica. Os pacientes receberam um CVC recobertos com RM ou não recoberto. Após remoção do CVC, foi feita cultura de ponta do cateter e hemoculturas foram coletadas. Avaliou-se a freqüência de colonização e bacteremia. RESULTADOS: Cento e vinte CVC foram inseridos e 100 puderam ser avaliados, 49 no grupo não recobertos e 51 no grupo recoberto. As características clínicas foram similares nos 2 grupos. Dois casos de bacteremia associada ao cateter (BAC) (3,9%) ocorreram em pacientes que receberam CVC recobertos com RM comparado a 5 (10,2%) casos de BAC no grupo não recobertos (p = 0,26). Seis (11,8%) cateteres recobertos foram colonizados, comparados a 14 (28,6%) no grupo não recoberto (p = 0,036). A análise de Kaplan-Meier não demonstrou diferença no risco de colonização ou BAC entre os dois grupos estudados. A taxa de BAC foi de 4,7 por 1000 cateteres-dia no grupo com CVC recobertos e 11,4 por 1000 cateteres-dia no grupo que recebeu cateteres não recobertos (p = 0,45). CONCLUSÕES: Neste estudo piloto, demonstrou-se menor freqüência de colonização em cateteres recobertos com RM, quando comparados a cateteres não recobertos. A freqüência de BAC não foi diferente entre os dois grupos.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2011;23(3):304-311
DOI 10.1590/S0103-507X2011000300008
OBJETIVOS: A dissecção da aorta ascendente tem prognóstico ruim se não for corrigido cirurgicamente. Mesmo após a cirurgia, o manuseio pós-operatório é temido pelo seu curso complicado. Nosso objetivo foi descrever a incidência de complicações pós-operatórias e mortalidade em 1 e 6 meses de pacientes submetidos a cirurgia de correção de dissecção ou aneurisma da aorta ascendente; secundariamente a comparação foi realizada com pacientes pareados submetidos a revascularização miocárdica de urgência. MÉTODOS: Uma análise retrospectiva de banco de dados preenchido prospectivamente de Fevereiro de 2005 a Junho de 2008 revelou 12 pacientes com dissecção da aorta ascendente e 10 com aneurisma de aorta eletivos, analisando demografia e características per-operatórias. Pacientes com dissecção da aorta ascendente foram comparados a pacientes com revascularização miocárdica de acordo com idade (± 3 anos), gênero, procedimento urgente/eletivo e equipe cirúrgica. O principal desfecho foi morbidade (complicações pós-operatórias e tempo de permanência na unidade de terapia intensiva e no hospital). RESULTADOS: Vinte e dois pacientes foram operados para correção de dissecção da aorta ascendente e aneurisma de aorta eletivos, enquanto 246 pacientes foram submetidos à revascularização miocárdica. Pacientes com dissecção da aorta ascendente e aneurisma de aorta eletivos eram semelhantes, exceto pelo maior tempo de ventilação mecânica e de internação hospitalar. Depois do pareamento entre pacientes de revascularização miocárdica e dissecção da aorta ascendente, resultados significativamente piores foram encontrados para este ultimo grupo: maior incidência de complicações pós-operatórias (91 vs 45%, p=0,03) e maior tempo de permanência hospitalar (34,6 ± 35,8 vs 12,9 ± 8,5 dias, p=0,05). Não houve diferença na mortalidade em 1 mês (8,3%) e 6 meses (16,6%) entre os grupos. CONCLUSÃO: A correção da dissecção da aorta ascendente está associada à incidência aumentada de complicações pós-operatórias e tempo de permanência hospitalar, mas a mortalidade em 1 e 6 meses é igual a de pacientes após revascularização miocárdica pareados.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2022;34(4):418-425
DOI 10.5935/0103-507X.20220209-en
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Descrevemos a plataforma IMPACTO-MR, seu desenvolvimento, critérios para seleção das unidades de terapia intensiva, caracterização da coleta de dados, objetivos e projetos de pesquisa futuros a serem realizados na plataforma.
Os dados principais foram coletados por meio do Epimed Monitor System® e consistiram em dados demográficos, dados de comorbidades, estado funcional, escores clínicos, diagnóstico de internação e diagnósticos secundários, dados laboratoriais, clínicos e microbiológicos e suporte de órgãos durante a internação na unidade de terapia intensiva, entre outros. De outubro de 2019 a dezembro de 2020, 33.983 pacientes de 51 unidades de terapia intensiva foram incluídos no banco de dados principal.
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