Você pesquisou por:"Márcia Oliveira Staffa Tironi"
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Rev Bras Ter Intensiva. 2008;20(3):235-240
DOI 10.1590/S0103-507X2008000300005
OBJETIVOS: A síndrome de Burnout é uma reação de estresse excessivo relacionada ao trabalho que se apresenta em três dimensões: exaustão emocional, despersonalização e ineficácia. O objetivo deste estudo foi descrever o perfil de médicos plantonistas de unidades de terapia intensiva e avaliar os fatores associados à presença de síndrome de Burnout nessa população. MÉTODOS: Estudo descritivo de corte transversal, avaliando os médicos que trabalham em unidades de terapia intensiva adulto de Salvador-BA com carga mínima de 12 horas de plantão semanal. Foi distribuído um questionário auto-aplicável dividido em duas partes: a primeira referente a características sóciodemográficas e a segunda composta da avaliação da síndrome de Burnout através do Maslach Burnout Inventory. RESULTADOS: Foram avaliados 297 plantonistas, sendo 70% homens. A média de idade e de tempo de formado foi de 34,2 e 9 anos, respectivamente. Níveis elevados de exaustão emocional, despersonalização e ineficácia foram encontrados em 47,5%, 24,6% e 28,3%, respectivamente. A prevalência da síndrome de Burnout, considerada como nível elevado em pelo menos uma dimensão, foi de 63,3%. Esta prevalência foi significativamente menor nos médicos que possuíam título de especialista em medicina intensiva, com mais de nove anos de formado e que ainda pretendem trabalhar por mais de 10 anos em unidades de terapia intensiva. A prevalência foi maior nos médicos com mais de 24 horas de plantão ininterrupto em terapia intensiva por semana. CONCLUSÕES: A prevalência de síndrome de Burnout foi elevada entre os médicos avaliados, sendo mais freqüente nos plantonistas mais jovens, com elevada carga de trabalho e sem especialização em medicina intensiva.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2016;28(3):270-277
DOI 10.5935/0103-507X.20160053
Estimar a prevalência de burnout em médicos intensivistas que trabalham em unidades de terapia intensiva adulto, pediátrica e neonatal, de cinco capitais brasileiras.
Estudo epidemiológico descritivo, com amostra aleatória e estratificada por conglomerado, de 180 médicos intensivistas de cinco capitais, representando as regiões geográficas brasileiras: Porto Alegre (RS), São Paulo (SP), Salvador (BA), Goiânia (GO) e Belém (PA). Um questionário autoaplicável avaliou dados sociodemográficos e o nível de burnout foi avaliado por meio do Maslach Burnout Inventory.
Foram avaliados 180 médicos, sendo 54,4% do sexo feminino. A média de idade foi 39 ± 8,1 anos, 63,4% com a especialização como a maior titulação, 55,7% com até 10 anos de trabalho em unidade de terapia intensiva e 46,1% possuíam título de especialista em terapia intensiva. A maioria (50,3%) tinha carga horária semanal de trabalho entre 49 e 72 horas, e o tipo de vínculo mais frequente foi empregado assalariado. Níveis elevados de exaustão emocional, despersonalização e ineficácia foram encontrados em 50,6%, 26,1% e 15,0%, respectivamente. A prevalência de burnout foi de 61,7%, quando considerado nível alto em pelo menos uma dimensão e de 5% com nível alto nas três dimensões simultaneamente.
Observou-se elevada prevalência da síndrome de burnout entre os médicos intensivistas. Estratégias para promoção e proteção à saúde desses trabalhadores devem ser discutidas e implementadas nos hospitais.