Você pesquisou por:"Luís Bento"
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Rev Bras Ter Intensiva. 2015;27(2):185-189
DOI 10.5935/0103-507X.20150031
Este artigo relata o caso de um homem caucasiano de 43 anos de idade com nefropatia terminal em tratamento com hemodiálise e apresentando endocardite infecciosa das válvulas aórtica e tricúspide. O quadro clínico foi dominado pelo comprometimento neurológico, devido à embolia cerebral e a componentes hemorrágicos. Uma tomografia computadorizada tóraco-abdominal revelou um êmbolo séptico pulmonar. O paciente foi submetido à antibioticoterapia empírica utilizando ceftriaxona, gentamicina e vancomicina, sendo o tratamento modificado para flucloxacilina e gentamicina após o isolamento de S. aureus nas hemoculturas. A equipe multidisciplinar determinou que o paciente deveria ser submetido à substituição de válvulas após estabilização da hemorragia intracraniana; contudo, no oitavo dia após a hospitalização, o paciente entrou em parada cardíaca causada por embolia séptica pulmonar maciça, vindo a falecer. Apesar do risco de agravamento da lesão hemorrágica cerebral, em pacientes de alto risco deveria ser considerado realizar precocemente uma intervenção cirúrgica.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2016;28(2):209-210
DOI 10.5935/0103-507X.20160039
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2015;27(4):322-332
DOI 10.5935/0103-507X.20150056
A determinação do prognóstico de pacientes em coma após parada cardíaca tem implicações clínicas, éticas e sociais. Exame neurológico, marcadores de imagem e bioquímicos são ferramentas úteis e bem aceitas na previsão da recuperação. Com o advento da hipotermia terapêutica, tais informações devem de ser confirmadas. Neste estudo procurou-se determinar a validade de diferentes marcadores que podem ser utilizados na detecção de pacientes com mau prognóstico durante um protocolo de hipotermia.
Foram coletados prospectivamente os dados de pacientes adultos, internados após parada cardíaca em nossa unidade de terapia intensiva para realização de protocolo de hipotermia. Nosso intuito foi realizar um estudo descritivo e analítico para analisar a relação entre os dados clínicos, parâmetros neurofisiológicos, de imagem e bioquímicos, e o desfecho após 6 meses, conforme definido pela escala Cerebral Performance Categories (bom, se 1-2, e mau, se 3-5). Foi coletada uma amostra para determinação de neuroenolase após 72 horas. Os exames de imagem e neurofisiológicos foram realizados 24 horas após o período de reaquecimento.
Foram incluídos 67 pacientes, dos quais 12 tiveram evolução neurológica favorável. Fibrilação ventricular e atividade teta no eletroencefalograma se associaram a bom prognóstico. Pacientes submetidos a resfriamento mais rápido (tempo médio de 163 versus 312 minutos), com lesão cerebral causada por hipóxia/isquemia detectada na ressonância nuclear magnética ou níveis de neuroenolase superiores a 58ng/mL se associaram a desfecho neurológico desfavorável (p < 0,05).
A presença de lesão cerebral causada por hipóxia/isquemia e de neuroenolase foram fortes preditores de má evolução neurológica. Apesar da crença de que atingir rapidamente a temperatura alvo da hipotermia melhora o prognóstico neurológico, nosso estudo demonstrou que este fator se associou a um aumento da mortalidade e a uma pior evolução neurológica.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2014;26(4):416-420
DOI 10.5935/0103-507X.20140064
Os autores apresentam um caso raro de choque em doente sem antecedentes pessoais significativos, admitido na unidade de terapia intensiva por suspeita de choque séptico. Inicialmente, foi tratado com fluidoterapia sem melhoria, tendo sido aventada a hipótese de síndrome de hiperpermeabilidade capilar, após confirmação de hipoalbulinemia paradoxal grave, hipotensão e hemoconcentração exuberante - tríade característica da doença. Os autores discutiram o diagnóstico diferencial e ainda realizaram uma revisão do diagnóstico e do tratamento da doença.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2017;29(4):481-489
DOI 10.5935/0103-507X.20170072
Apresentar uma revisão sistemática do uso da monitorização do sistema nervoso autônomo como ferramenta de prognóstico, verificando a variabilidade da frequência cardíaca nas unidades de cuidados intensivos.
Revisão de literatura publicada até julho de 2016 na PubMed/MEDLINE de estudos realizados em unidades de cuidados intensivos, sobre a monitorização do sistema nervoso autônomo, por meio da análise da variabilidade da frequência cardíaca, como ferramenta de prognóstico - estudo da mortalidade. Foram utilizados os seguintes termos em inglês no campo de pesquisa: ("autonomic nervous system" OR "heart rate variability") AND ("intensive care" OR "critical care" OR "emergency care" OR "ICU") AND ("prognosis" OR "prognoses" OR "mortality").
A probabilidade de morte nos doentes aumentou com a diminuição da variabilidade da frequência cardíaca, estudada por meio da variância da frequência cardíaca, desacoplamento cardíaco, volatilidade da frequência cardíaca, integer heart rate variability, desvio padrão de todos os intervalos RR normais, raiz quadrada da média do quadrado das diferenças entre intervalos RR adjacentes, poder total, componente de baixa frequência, componente de muito baixa frequência, razão entre o componente de baixa frequência e o componente de alta frequência), razão entre expoentes fractais de curto e longo prazo, entropia de Shannon, entropia multiescalar e entropia aproximada.
Nos doentes internados em unidades de cuidados intensivos, independentemente da patologia que motivou o internamento, a variabilidade da frequência cardíaca varia de forma inversa com a gravidade clínica e com o prognóstico.