Você pesquisou por:"Fabiano Pinheiro da Silva"
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Rev Bras Ter Intensiva. 2013;25(3):205-211
DOI 10.5935/0103-507X.20130036
Ânion gap corrigido e íon gap forte são usados comumente para estimar os ânions não medidos. Avaliamos o desempenho do ânion gap corrigido para albumina, fosfato e lactato na predição do íon gap forte em uma população mista de pacientes enfermos graves. Formulamos a hipótese de que o ânion gap corrigido para albumina, fosfato e lactato seria um bom preditor do íon gap forte, independentemente da presença de acidose metabólica. Além disso, avaliamos o impacto do íon gap forte por ocasião da admissão na mortalidade hospitalar.
Incluímos 84 pacientes gravemente enfermos. A correlação e a concordância entre o ânion gap corrigido para albumina, fosfato e lactato e o íon gap forte foi avaliada utilizando-se os testes de correlação de Pearson, regressão linear, plot de Bland-Altman e pelo cálculo do coeficiente de correlação interclasse. Foram realizadas duas análises de subgrupos: uma para pacientes com excesso de base <-2mEq/L (grupo com baixo excesso de base) e outro grupo de pacientes com excesso de base >-2mEq/L (grupo com alto excesso de base). Foi realizada uma regressão logística para avaliar a associação entre os níveis de íon gap forte na admissão e a mortalidade hospitalar.
Houve correlação muito forte e uma boa concordância entre o ânion gap corrigido para albumina, fosfato e lactato e o íon gap forte na população geral (r2=0,94; bias 1,40; limites de concordância de -0,75 a 3,57). A correlação foi também elevada nos grupos com baixo excesso de base (r2=0,94) e alto excesso de base (r2=0,92). Estavam presentes níveis elevados de íon gap forte em 66% da população total e 42% dos casos do grupo alto excesso de. Íon gap forte não se associou com a mortalidade hospitalar, conforme avaliação pela regressão logística.
O ânion gap corrigido para albumina, fosfato e lactato e o íon gap forte tiveram uma excelente correlação. Os ânions não medidos estão frequentemente elevados em pacientes gravemente enfermos com excesso de base normal. Entretanto, não ocorreu associação entre os ânions não medidos e a mortalidade hospitalar.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2013;25(4):284-289
DOI 10.5935/0103-507X.20130049
Haplótipos do HLA têm sido associados a muitas doenças autoimunes, mas não foi descrita qualquer associação na sepse. O objetivo desse estudo é investigar o sistema HLA como um possível marcador de suscetibilidade genética à sepse.
Estudo prospectivo de coorte, incluindo pacientes admitidos em unidade de terapia intensiva e controles-saudáveis obtidos em lista de doadores de transplante renal. Foram excluídos pacientes abaixo dos 18 anos de idade, gestantes ou HIV positivos, pacientes com doença maligna metastática ou sob quimioterapia, pacientes com hepatopatia avançada, com condições de fim de vida. O DNA foi extraído de sangue total, e a haplotipagem de HLA foi realizada com a tecnologia MiliPlex®.
Foram incluídos 1.121 pacientes (1.078 doadores de rim, 20 pacientes com sepse grave e 23 pacientes admitidos por choque séptico) entre outubro de 2010 e outubro de 2012. Os participantes positivos para HLA-A*31 tiveram risco aumentado de desenvolver sepse (OR: 2,36 IC95%: 1,26-5,35). Não foi identificada outra associação significativa, quando considerado como nível de significância o valor de p<0,01.
A expressão de HLA-A*31 está associada ao risco de desenvolvimento de sepse.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2014;26(4):392-396
DOI 10.5935/0103-507X.20140060
Avaliar e compreender as implicações clínicas dos níveis plasmáticos de uma isoforma solúvel de um receptor de produtos finais de glicação avançada (do inglês receptor for advanced glycation end products - sRAGE) em diferentes fases da sepse.
Os valores do sRAGE sérico em pacientes divididos nos grupos controle na unidade de terapia intensiva, sepse grave, choque séptico e recuperação de choque séptico foram analisados do ponto de vista estatístico para avaliar a quantidade (Kruskal-Wallis), variabilidade (teste de Levine) e correlação (teste Spearman rank) em relação a certos mediadores inflamatórios (IL-1 α, IL-6, IL-8, IL-10, IP-10, G-CSF, MCP-1, IFN-γ e TNF-α).
Não se observaram modificações nos níveis de sRAGE entre os grupos; contudo o grupo com choque séptico demonstrou diferenças na variabilidade do sRAGE em comparação aos demais grupos. Foi relatada, no grupo com choque séptico, uma correlação positiva com todos os mediadores inflamatórios.
Os níveis de sRAGE se associaram com desfechos piores nos pacientes com choque séptico. Entretanto, uma análise de correlação estatística com outras citocinas pró-inflamatórias indicou que as vias que levam a esses desfechos são diferentes, dependendo dos níveis de sRAGE. A realização de estudos futuros para elucidar os mecanismos fisiopatológicos que envolvem sRAGE nos modelos de sepse será de grande importância clínica para possibilitar o uso seguro desse biomarcador.