Você pesquisou por:"Claudia Kumpel"
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Rev Bras Ter Intensiva. 2014;26(2):163-168
DOI 10.5935/0103-507X.20140024
Comparar a eficácia da manobra de recrutamento alveolar e a técnica de breath stacking, na mecânica pulmonar e na troca gasosa, em pacientes com lesão pulmonar aguda.
Trinta pacientes foram distribuídos em dois grupos: Grupo 1 - breath stacking e Grupo 2 - manobra de recrutamento alveolar. Após receberem atendimento de fisioterapia convencional, todos os pacientes receberam ambos os tratamentos, com intervalo de 1 dia entre eles. No primeiro grupo foi aplicada primeiramente a técnica de breath stacking e, posteriormente, a manobra de recrutamento alveolar. Já os pacientes do segundo Grupo 2 foram submetidos inicialmente ao recrutamento alveolar e, após, a técnica de breath stacking. Foram avaliadas as medidas de complacência pulmonar e de resistência de vias aéreas antes e após a aplicação de ambas as técnicas. Foram coletadas gasometrias arteriais pré e pós-técnicas para avaliar a oxigenação e a troca gasosa.
Ambos os grupos apresentaram aumento significativo da complacência estática após breath stacking (p=0,021) e recrutamento alveolar (p=0,03), mas não houve diferença entre eles (p=0,95). A complacência dinâmica não aumentou para os grupos breath stacking (p=0,22) e recrutamento alveolar (p=0,074), sem diferença entre os grupos (p=0,11). A resistência de vias aéreas não diminuiu para ambos os grupos: breath stacking (p=0,91) e recrutamento alveolar (0,82), sem diferença entre os grupos p=0,39. A pressão parcial de oxigênio aumentou significantemente após breath stacking (p=0,013) e recrutamento alveolar (p=0,04); mas entre os grupos não houve diferença (p=0,073). A diferença alvéolo arterial de O2 diminuiu para ambos os grupos após intervenções breath stacking (p=0,025) e recrutamento alveolar (p=0,03), não sendo diferente entre os grupos (p=0,81).
Nossos dados sugerem que as técnicas breath stacking e de recrutamento alveolar são eficazes em melhorar a mecânica pulmonar e a troca gasosa em pacientes com lesão pulmonar aguda.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2008;20(3):213-219
DOI 10.1590/S0103-507X2008000300002
OBJETIVOS: A realização deste estudo se justifica pelo fato que na prática clinica ocorrem constantes mudanças de decúbito do paciente no leito durante a hospitalização na terapia intensiva, sendo que necessita melhor entendimento sobre possíveis efeitos adversos principalmente sobre as condições do sistema respiratório que tais mudanças podem ocasionar. O objetivo deste estudo foi avaliar se o posicionamento do paciente no leito pode interferir na complacência pulmonar. MÉTODOS: Todos os pacientes incluídos neste estudo estavam em ventilação mecânica, e foram sedados e curarizados. Verificou-se a complacência do sistema respiratório de todos os pacientes em três diferentes posicionamentos: decúbito lateral (DL), decúbito dorsal (DD) e sentado (PS), para tanto, após a manobra de recrutamento alveolar os pacientes ficavam no posicionamento definido por 2 horas e nos últimos 5 min os dados eram colhidos do mostrador do ventilador mecânico. RESULTADOS: Vinte e oito pacientes foram prospectivamente analisados, Os valores de complacência do sistema respiratório no DL foram 37,07 ± 12,9 no DD 39,2 ± 10,5 e na PS 43,4 ± 9,6 mL/cmH2O. Houve diferença estatisticamente significativa quando a PS e a DD foram comparadas com a DL para complacência o sistema respiratório (p = 0.0052) e volume corrente (p < 0.001). Houve correlação negativa entre os valores médios de pressão expiratória final positiva e complacência do sistema respiratório (r = 0,59, p = 0,002). Para o DL a FIO2 foi 0,6, para o DD e posição sentada foi 0,5. (p = 0,049). CONCLUSÕES: O posicionamento dos pacientes no leito, em ventilação mecânica invasiva, ocasiona variação na complacência do sistema respiratório, volume corrente e saturação arterial de oxigênio. Na posição sentada a complacência do sistema respiratório é maior quando comparada aos decúbitos dorsal e lateral.