Você pesquisou por:"Ana Paula Pierre de Moraes"
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Rev Bras Ter Intensiva. 2019;31(2):138-146
DOI 10.5935/0103-507X.20190031
Avaliar a qualidade de unidades de terapia intensiva adulto.
Estudo populacional, transversal, observacional, analítico, do tipo avaliação para gestão, no Estado do Maranhão. Um instrumento de avaliação foi aplicado, atribuindo pontuações para cada serviço (máximo 124). As unidades foram categorizadas como insuficientes (< 50% da pontuação máxima), regulares (≥ 50% e < 80% da pontuação máxima) ou suficientes (≥ 80% da pontuação máxima).
Das 26 unidades de terapia intensiva do Estado, 23 foram avaliadas; 15 (65,2%) estavam localizadas na capital, e 14 (60,9%) eram públicas. A pontuação final média foi de 67,2 (54,2% do máximo possível). O pior desempenho ocorreu nos processos (50,9%), nas unidades fora da capital (p = 0,037) e em hospitais com número de leitos ≤ 68 (p = 0,027). O resultado da avaliação consistiu na categorização dos serviços em função do total geral de pontos alcançados, a saber: 8 (34,8%) serviços receberam avaliação insuficiente, 13 (56,5%) regular e 2 (8,7%) suficiente.
A maioria das unidades do estudo recebeu avaliação regular. Tais serviços necessitam ser melhor qualificados. As prioridades são os processos de unidades localizadas fora da capital e em hospitais de pequeno porte.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2020;32(2):229-234
DOI 10.5935/0103-507X.20200041
Mostrar o quadro clínico e os desfechos de uma coorte de pacientes críticos com câncer esofágico.
Conduzimos um estudo multicêntrico retrospectivo que incluiu pacientes com câncer esofágico admitidos a unidades de terapia intensiva em razão de doença aguda entre setembro de 2009 e dezembro de 2017. Colhemos os dados demográficos e as características clínicas de todos os pacientes incluídos, assim como as medidas de suporte a órgãos e os desfechos no hospital. Realizamos uma análise de regressão logística para identificar os fatores associados de forma independente com mortalidade hospitalar.
Dentre os 226 pacientes incluídos no estudo, 131 (58,0%) faleceram antes de receber alta hospitalar. O carcinoma espinocelular foi mais frequente do que o adenocarcinoma, e 124 (54,9%) pacientes tinham câncer metastático. As principais razões para admissão foram sepse/choque séptico e insuficiência respiratória aguda. Uso de ventilação mecânica (RC = 6,18; IC95% 2,86 - 13,35) e doença metastática (RC = 7,10; IC95% 3,35 - 15,05) tiveram associação independente com mortalidade hospitalar.
Nesta coorte de pacientes com câncer esofágico admitidos à unidades de terapia intensiva em razão de doença aguda, a taxa de mortalidade hospitalar foi muito elevada. A necessidade de utilizar ventilação mecânica invasiva e a presença de doença metastática foram fatores independentes de prognóstico e devem ser levados em conta nas discussões a respeito dos desfechos destes pacientes em curto prazo.