Você pesquisou por:"Adriana Koliski"
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Rev Bras Ter Intensiva. 2009;21(4):453-460
DOI 10.1590/S0103-507X2009000400017
Recentes mudanças foram introduzidas na forma de ventilar crianças com doenças que determinam o quadro de insuficiência respiratória aguda hipoxêmica. Há evidências que estratégias ventilatórias menos agressivas, melhoram a sobrevida de pacientes com grave lesão pulmonar. Estudos experimentais evidenciaram relação entre modalidades ventilatórias inapropriadas e retardo na melhora e até mesmo piora da lesão pulmonar aguda. A partir desta concepção, surge uma estratégia ventilatória protetora, combinada à manobra de recrutamento alveolar. Acredita-se, que esta associação na prática clínica, determina importante redução da morbidade e mortalidade, bem como, prevenção das lesões induzidas pela ventilação mecânica. Sua indicação relaciona-se com quadros de lesão pulmonar aguda, geralmente decorrente de pneumonia ou sepse, que cursam com grave hipoxemia. Suas principais contra-indicações são instabilidade hemodinâmica, presença de pneumotórax e hipertensão intracraniana. Estudos experimentais demonstraram efeitos benéficos da manobra sobre a oxigenação e colapso alveolar. Estudos em adultos demonstraram melhora da função pulmonar e reversão da hipoxemia. Em crianças, a manobra demonstrou significativa redução da fração inspirada de oxigênio e do colapso alveolar, menor dependência ao oxigênio, melhora da complacência pulmonar e menor índice de displasia broncopulmonar. Porém, os estudos em pediatria são limitados. Faz-se necessária maior investigação sobre o tema e evidências de sua aplicação clínica. Foi realizada revisão da literatura, com pesquisa de livros-texto e nas bases de dados da MEDLINE, Pubmed, Cochrane library, SciELO e Ovid, no período de 1998 até 2009, em português e inglês. Foram incluídas publicações acerca da manobra de recrutamento alveolar em adultos e crianças, artigos de revisão, estudos experimentais e ensaios clínicos utilizando as palavras-chave: estratégia ventilatória protetora, manobra de recrutamento alveolar, pediatria e ventilação mecânica.
Resumo
Crit Care Sci. 2023;35(1):66-72
DOI 10.5935/2965-2774.20230312-pt
Avaliar se um modelo de checklist diário de aptidão para o teste de respiração espontânea é capaz de identificar variáveis preditivas de falha no processo de extubação em pacientes pediátricos internados em uma unidade de terapia intensiva brasileira.
Estudo unicêntricotransversal, com coleta prospectiva de dados. O modelo de checklist foi elaborado com 20 itens e aplicado para avaliação de aptidão para o teste de respiração espontânea.
A amostra foi composta de 126 pacientes pediátricos em ventilação mecânica invasiva, 85 do sexo masculino (67,5%), para os quais foram aplicadas 1.217 avaliações diárias à beira do leito. A pontuação total ponderada do modelo de predição apresentou o maior poder de discriminação para a realização do teste de respiração espontânea, com índices de sensibilidade e especificidade para a falha de aptidão de 89,7% ou sucesso de 84,6%. O ponto de corte sugerido pelo checklist foi 8, com probabilidade de falha de extubação inferior a 5%. Observou-se que a falha aumentou progressivamente com o aumento da pontuação obtida, com probabilidade máxima de predição de falha de extubação de 85%.
A taxa de falha de extubação com a utilização desse modelo ficou dentro do que é aceitável na literatura. O modelo de checklist diário para aptidão do teste de respiração espontânea foi capaz de identificar variáveis preditivas de falha no processo de extubação em pacientes pediátricos.