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Rev Bras Ter Intensiva. 2017;29(2):154-162
DOI 10.5935/0103-507X.20170025
Avaliar os fatores potencialmente associados à decisão de admitir um paciente à unidade de terapia intensiva no Brasil.
Foi realizado um levantamento eletrônico de médicos brasileiros atuantes em unidades de terapia intensiva. Catorze variáveis consideradas potencialmente associadas à decisão de admitir um paciente à unidade de terapia intensiva foram pontuadas como importante (de 1 a 5) pelos participantes e, mais tarde, agrupadas como fatores "relacionados ao paciente", "relacionados à escassez" e "relacionados à administração". O ambiente de trabalho e as características do médico foram avaliados quanto à sua correlação com as pontuações dos fatores.
Durante o período do estudo, 125 médicos preencheram o formulário. Os escores dos fatores relacionados ao paciente foram pontuados, em termos de seu potencial para afetar as decisões, em um nível mais alto do que os fatores relacionados à escassez ou à administração, com média (mais ou menos o desvio padrão), respectivamente, de 3,42 ± 0,7, 2,75 ± 0,7 e 2,87 ± 0,7 (p < 0,001). O prognóstico da doença de base do paciente foi classificado em 64,5% pelos médicos como afetando sempre ou frequentemente as decisões, seguido por prognóstico da doença aguda (57%), número de leitos disponíveis na unidade de terapia intensiva (56%) e vontade dos pacientes (53%). Após o ajuste de fatores de confusão, o recebimento de treinamento específico em triagem para terapia intensiva se associou com escores mais elevados dos fatores relacionados ao paciente e à escassez, enquanto o fato de trabalhar em uma unidade de terapia intensiva pública (em oposição a trabalhar em uma unidade de terapia intensiva privada) se associou com gradações mais elevadas para fatores relacionados à escassez.
Os fatores relacionados ao paciente foram classificados como tendo potencial de afetar as decisões de admissão à unidade de terapia intensiva mais frequentemente do que fatores relacionados à escassez ou à administração. As características do médico e do ambiente de trabalho se associaram com classificações diferenciais dos fatores.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2007;19(2):216-220
DOI 10.1590/S0103-507X2007000200013
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A contusão miocárdica está freqüentemente associada ao trauma torácico fechado. Seu correto diagnóstico é um constante desafio aos profissionais que trabalham em unidades de emergência, devido aos seus sintomas inespecíficos e a ausência de exames subsidiários com precisão para fazer o diagnóstico. Dentre os diversos métodos diagnósticos estudados, tem-se destacado nos últimos anos o papel dos indicadores de necrose miocárdica troponina I e troponina T. Por serem proteínas constituintes do aparelho de regulação contrátil celular, são liberadas na corrente sanguínea somente após a perda da integridade de membrana dos miócitos e, portanto, são altamente específicas para detectar lesão miocárdica. CONTEUDO: Foi realizada uma revisão de estudos clínicos nas bases eletrônicas de dados MedLine e LILACS, no período de janeiro de 1980 a novembro de 2006, sobre a importância da dosagem seriada de troponina como instrumento diagnóstico e preditor de evolução clínica desfavorável nos pacientes com contusão miocárdica. CONCLUSÕES: Embora exista maior especificidade das troponinas I e T quando comparadas aos indicadores tradicionais, CKMB massa e CPK total, esses dois indicadores apresentarem sensibilidade e valor preditivo positivo baixos para diagnosticar contusão miocárdica. Pacientes que apresentam alterações eletrocardiográficas, elevação de troponinas, ou ambas, devem permanecer em observação em unidade de terapia intensiva (UTI), por no mínimo 24 horas, período em que se desenvolve a maioria das complicações decorrentes da contusão miocárdica.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2017;29(3):386-390
DOI 10.5935/0103-507X.20170052
A granulomatose com poliangiíte é um raro distúrbio inflamatório sistêmico que se caracteriza por vasculite de pequenas artérias, arteríolas e capilares, associada a lesões granulomatosas necrotizantes. Este artigo relata o caso de uma paciente com diagnóstico prévio de granulomatose com poliangiíte, admitida à unidade de terapia intensiva com quadro de crises convulsivas e instabilidade hemodinâmica em razão de bloqueio atrioventricular completo. Estas manifestações se associaram a múltiplos episódios de taquicardia ventricular sustentada; não havia alterações estruturais cardíacas, nem se detectaram distúrbios hidroeletrolíticos. Na unidade de terapia intensiva, a paciente foi submetida à implantação de marca-passo provisório, imunossupressão com uso de corticosteroides e terapia imunobiológica, resultando em melhora hemodinâmica completa. Distúrbios graves da condução cardíaca em pacientes com granulomatose com poliangiíte são raros, mas associam-se à grande morbidade. O reconhecimento precoce e o uso de intervenções específicas são capazes de prevenir a ocorrência de desfechos desfavoráveis, especialmente na unidade de terapia intensiva.