Você pesquisou por:"Rafael Viegas Cremonese"
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Rev Bras Ter Intensiva. 2013;25(3):218-224
DOI 10.5935/0103-507X.20130038
Avaliar aspectos funcionais e psicológicos dos pacientes imediatamente após alta da unidade de terapia intensiva.
Coorte prospectiva. Na primeira semana após alta da unidade de terapia intensiva, por meio de uma entrevista estruturada, foram aplicados questionários e escalas referentes à avaliação do grau de dependência e da capacidade funcional (escalas de Barthel modificada e Karnofsky), e aos problemas psíquicos (questionário hospitalar de ansiedade e depressão), além da escala de sonolência de Epworth, em todos os sobreviventes com mais de 72 horas de internação na unidade de terapia intensiva, admitidos de agosto a novembro de 2012.
Nos 79 pacientes incluídos no estudo, houve aumento do grau de dependência após a alta da unidade de terapia intensiva, quando comparados aos dados pré-hospitalização, por meio da escala de Barthel modificada (57±30 versus 47±36; p<0,001). Nos 64 pacientes independentes ou parcialmente dependentes previamente à internação (Karnofsky >40), o prejuízo foi uniforme em todas as categorias da escala de Barthel modificada (p<0,001). Já nos 15 pacientes previamente muito dependentes (Karnofsky <40), o prejuízo ocorreu somente nas categorias de higiene pessoal (p=0,01) e na capacidade de subir escadas (p=0,04). Na avaliação dos distúrbios psicológicos, os transtornos do humor (ansiedade e/ou depressão) ocorreram em 31% dos pacientes e os distúrbios do sono em 43,3%.
Em pacientes internados na unidade de terapia intensiva por 72 horas ou mais, observaram-se redução da capacidade funcional e aumento do grau de dependência na primeira semana após alta da unidade de terapia intensiva, bem como elevada incidência de sintomas depressivos, de ansiedade e distúrbios do sono.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2014;26(3):263-268
DOI 10.5935/0103-507X.20140037
O desmame da ventilação mecânica é acompanhado, na prática clínica em terapia intensiva, de concomitante mobilização precoce do paciente. O objetivo deste estudo foi comparar o sucesso da extubação realizada com pacientes sentados em uma poltrona à extubação de pacientes na posição supina.
Foi realizado um estudo retrospectivo, observacional e não randomizado em uma unidade de terapia intensiva de 23 leitos, que atende pacientes clínicos e cirúrgicos. O desfecho primário do estudo foi o sucesso da extubação, definido como a tolerância da remoção do tubo endotraqueal por, pelo menos, 48 horas. As diferenças entre os grupos do estudo foram avaliadas utilizando-se o teste t de Student e o qui quadrado.
Foram incluídos 91 pacientes no período compreendido entre dezembro de 2010 e junho de 2011. A população do estudo tinha uma média de idade de 71 anos ± 12 meses, escore APACHE II médio de 21±7,6 e duração média da ventilação mecânica de 2,6±2 dias. A extubação foi realizada em 33 pacientes enquanto permaneciam sentados em uma poltrona (36%) e 58 pacientes mantidos em posição supina (64%). Não houve diferenças significantes entre os grupos em termos de idade, escore médio APACHE II ou duração da ventilação mecânica. Foi observada uma taxa de sucesso da extubação similar entre os grupos sentado (82%) e em posição supina (85%), com p>0,05. Além disso, não se encontraram diferenças significantes entre os dois grupos em termos de disfunção respiratória pós-extubação, necessidade de traqueostomia, duração do desmame da ventilação mecânica, ou tempo de permanência na unidade de terapia intensiva.
Os desfechos clínicos de pacientes extubados em posição sentada foram similares aos de pacientes extubados na posição supina. A nova prática de extubação na posição sentada não se associou a eventos adversos e permitiu que a extubação ocorresse simultaneamente à mobilização precoce.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2019;31(1):64-70
DOI 10.5935/0103-507X.20190010
Avaliar a razão neutrófilo-linfócito na predição de sepse e mortalidade em pacientes admitidos em uma unidade de terapia intensiva.
Estudo de caso-controle de pacientes adultos admitidos em terapia intensiva. Foram incluídos como casos pacientes que tiveram sepse como razão de admissão e possuíam exame laboratorial de hemograma prévio. As análises estatísticas realizadas foram curva ROC, regressão logística binária, Mann Whitney e qui-quadrado de Pearson. Foi considerado significativo valor de p < 0,05.
Os valores de curva ROC foram 0,62 para razão neutrófilo-linfócito, 0,98 para neutrófilos bastonados e 0,51 para leucócitos totais. A presença de razão neutrófilo-linfócito superior a 5,0, o número de leucócitos acima de 12.000mm3/mL e número de neutrófilos bastonados acima 10% foram fatores de risco para sepse, entretanto somente os escores SAPS 3 e SOFA estavam relacionados a mortalidade dos pacientes.
A razão neutrófilo-linfócito e os neutrófilos bastonados em combinação com outros parâmetros podem ser marcadores na detecção precoce de sepse em terapia intensiva.