Você pesquisou por:"Nuno André de Almeida Costa"
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Rev Bras Ter Intensiva. 2012;24(3):270-277
DOI 10.1590/S0103-507X2012000300011
OBJETIVO: As unidades de terapia intensiva recorrem às equações preditivas, para determinar o gasto energético, ou às recomendações estabelecidas por sociedades internacionais, devido à inacessibilidade da calorimetria indireta. O objetivo deste trabalho foi comparar o gasto energético de pacientes críticos, por calorimetria indireta, aos calculados por meio da equação de Harris-Benedict. MÉTODOS: Estudo retrospectivo observacional realizado no Serviço de Cuidados Intensivos 1 do Centro Hospitalar do Porto. Foram avaliadas as necessidades energéticas, desde janeiro de 2003 até abril de 2012, dos pacientes críticos internados em que foi realizada calorimetria indireta. Procedeu-se ao cálculo da precisão (intervalo de ±10% entre os valores medidos e estimados), da diferença média e dos limites de concordância da equação estudada. RESULTADOS: Foram avaliados 85 pacientes, em que se efetuaram 288 medições por calorimetria indireta. Valores obtidos para necessidades energéticas em diferentes métodos: calorimetria indireta 1.753,98±391,13 kcal ao dia (24,48±5,95 kcal/kg ao dia), equação de Harris-Benedict 1.504,11±266,99 kcal ao dia (20,72±2,43 kcal/kg ao dia). A precisão da equação foi de 31,76%, a diferença média de -259,86 kcal ao dia, com limites de concordância entre -858,84 a 339,12 kcal ao dia. O gênero (p=0,023), a temperatura (p=0,009) e o índice de massa corporal (p<0,001) revelaram-se fatores com impacto significativo no gasto energético. CONCLUSÃO: A equação de Harris-Benedict não é precisa na determinação do gasto energético, subestimando-o e apresentando diferenças significativas para predizer, a nível individual, o gasto energético real.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2012;24(3):270-277
DOI 10.1590/S0103-507X2012000300011
OBJETIVO: As unidades de terapia intensiva recorrem às equações preditivas, para determinar o gasto energético, ou às recomendações estabelecidas por sociedades internacionais, devido à inacessibilidade da calorimetria indireta. O objetivo deste trabalho foi comparar o gasto energético de pacientes críticos, por calorimetria indireta, aos calculados por meio da equação de Harris-Benedict. MÉTODOS: Estudo retrospectivo observacional realizado no Serviço de Cuidados Intensivos 1 do Centro Hospitalar do Porto. Foram avaliadas as necessidades energéticas, desde janeiro de 2003 até abril de 2012, dos pacientes críticos internados em que foi realizada calorimetria indireta. Procedeu-se ao cálculo da precisão (intervalo de ±10% entre os valores medidos e estimados), da diferença média e dos limites de concordância da equação estudada. RESULTADOS: Foram avaliados 85 pacientes, em que se efetuaram 288 medições por calorimetria indireta. Valores obtidos para necessidades energéticas em diferentes métodos: calorimetria indireta 1.753,98±391,13 kcal ao dia (24,48±5,95 kcal/kg ao dia), equação de Harris-Benedict 1.504,11±266,99 kcal ao dia (20,72±2,43 kcal/kg ao dia). A precisão da equação foi de 31,76%, a diferença média de -259,86 kcal ao dia, com limites de concordância entre -858,84 a 339,12 kcal ao dia. O gênero (p=0,023), a temperatura (p=0,009) e o índice de massa corporal (p<0,001) revelaram-se fatores com impacto significativo no gasto energético. CONCLUSÃO: A equação de Harris-Benedict não é precisa na determinação do gasto energético, subestimando-o e apresentando diferenças significativas para predizer, a nível individual, o gasto energético real.
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