Você pesquisou por:"Luiz Fernando dos Reis Falcão"
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Rev Bras Ter Intensiva. 2006;18(1):104-108
DOI 10.1590/S0103-507X2006000100017
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Relatar um caso de paciente submetida à passagem de sonda enteral (SE) na UTI, sendo evidenciado falso trajeto no esôfago proximal durante o procedimento endoscópico, demonstrando tunelização pela submucosa. RELATO DO CASO: Paciente do sexo feminino, 77 anos, transferida para UTI, onde foi instalada sonda oroentérica (devido à dificuldade de ser realizada através de ambas as narinas) sendo confirmada sua posição através de radiografia tóraco-abdominal. A paciente permaneceu em torno de 10 dias com a SE, recebendo dieta, sem qualquer alteração. No décimo dia evoluiu com melena e redução dos valores de hemoglobina e hematócrito, sem repercussão hemodinâmica. Foi submetida à endoscopia digestiva alta que evidenciou lesão ulcerosa bulbar de 2,5 cm, com sinais de sangramento pregresso. Durante o exame foi visibilizado um falso trajeto da SE no esôfago proximal, ou seja, no terço superior, cerca de 2 cm abaixo do cricofaríngeo, tunelizada pela submucosa possivelmente por todo segmento descrito, seguindo seu trajeto habitual até câmara gástrica. CONCLUSÕES: Pacientes de alto risco para perfuração esofágica por instalação de SE podem ser identificados e cuidados adequados podem ser utilizados. Se ocorrer perfuração, esta deve ser identificada precocemente, para tratamento adequado. Ele depende da individualização de cada caso e mesmo a terapia clínica pode ser apropriada em casos selecionados.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2006;18(4):423-426
DOI 10.1590/S0103-507X2006000400018
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A presença de efeitos adversos, inerentes a todos os tratamentos, justifica a necessidade do profundo conhecimento pela equipe médica para prevenção e tratamento de eventuais disfunções orgânicas, reduzindo o seu impacto. O objetivo deste estudo foi relatar um caso de paciente que apresentou diversas manifestações sistêmicas, após a realização de perfusão isolada de membro com melfalan e hipertermia. RELATO DO CASO: Paciente do sexo feminino, 64 anos, branca, com diagnóstico de melanoma na região de maléolo medial do membro inferior esquerdo. Seis meses após a excisão da lesão, realizou-se perfusão isolada do membro, com melfalan e hipertermia para conter o processo em evolução de possível metástase. A admissão na UTI apresentou síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS) com instabilidade hemodinâmica refratária à expansão volêmica. Durante a internação evoluiu com quadro de edema agudo de pulmão e disfunção miocárdica, revertidos com sucesso, depois de adequada intervenção terapêutica. CONCLUSÕES: A presença de efeitos adversos, inerentes a todos os tratamentos oncológicos, justifica a necessidade do conhecimento pela equipe da terapia intensiva para prevenção e tratamento de eventuais disfunções orgânicas, reduzindo o impacto de sua morbimortalidade.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2006;18(1):45-51
DOI 10.1590/S0103-507X2006000100009
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Este estudo teve por objetivo descrever a avaliação pelos visitantes da qualidade de atendimento prestada em uma unidade de terapia intensiva geral de um hospital universitário de nível terciário. MÉTODO: Foi elaborado um questionário para avaliação da qualidade de atendimento da Unidade de Terapia Intensiva. Foram incluídos familiares de pacientes que se encontravam internados há mais de 48 horas, e que já haviam visitado o paciente uma vez ou mais durante o período. Os critérios de exclusão foram familiares de pacientes internados há menos de 48 h, familiares que não haviam visitado o paciente pelo menos uma vez ou que não desejavam responder ao questionário por quaisquer motivos de ordem pessoal. Os familiares foram entrevistados de maneira pessoal e os entrevistadores não faziam parte da equipe de atendimento do paciente. RESULTADOS: Foram entrevistados 100 familiares; a queixa mais freqüente e que, portanto gerou maior incômodo pela internação na UTI, referiu-se ao estado geral do paciente em 28% das entrevistas. Um total de 96% considerou a qualidade da equipe médica como ótima ou boa. No entanto, 15% declararam insatisfeitos com as informações médicas prestadas e outros 5%, apesar de afirmar satisfação, reclamaram por ter de conversar com diferentes médicos (plantonistas) a cada dia. CONCLUSÕES: Falhas na comunicação surgiram como principal fator apontado para a qualidade insatisfatória do serviço pela visão do familiar. Embora não se possa comparar o grau de satisfação entre trabalhos distintos publicados, devido a diferenças nos métodos, considera-se que na casuística apresentada, o reconhecimento dos mais freqüentes fatores de descontentamento ou crítica, pode apontar melhorias na qualidade do atendimento prestado.