Você pesquisou por:"Jefferson Piva"
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Rev Bras Ter Intensiva. 2011;23(1):24-29
DOI 10.1590/S0103-507X2011000100005
Cuidado paliativo é uma forma de abordagem que visa a melhoria da qualidade de vida de pacientes e seus familiares que enfrentam doenças ameaçadoras à vida, através da prevenção, da identificação e do tratamento precoces dos sintomas de sofrimento físico, psíquico, espiritual e social. Todo paciente criticamente enfermo deve receber cuidados paliativos desde a internação, o que torna de primordial importância a educação e o treinamento dos intensivistas para a implantação destes cuidados nas unidades de terapia intensiva, tanto para atendimento de adultos como pediátrico. Em continuidade aos planos da Câmara Técnica de Terminalidade e Cuidados Paliativos da Associação de Medicina Intensiva Brasileira e, levando em consideração o conceito previamente apontado, foi realizado em outubro de 2010, durante o Congresso Brasileiro de Terapia Intensiva, o IIºForum do "Grupo de Estudos do Fim da Vida do Cone Sul", com o objetivo de elaborar recomendações pertinentes aos cuidados paliativos a serem prestados aos pacientes críticamente enfermos.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2007;19(3):284-291
DOI 10.1590/S0103-507X2007000300003
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A síndrome de abstinência tem alta prevalência em nosso meio e, além do desconforto, prolonga o tempo de internação. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência da adição de clonidina por via oral, à infusão contínua de morfina e midazolam na sedação de crianças submetidas à ventilação mecânica. MÉTODO: Foi realizado um estudo aleatório, duplamente encoberto e placebo controlado na UTI Pediátrica do Hospital Geral de Caxias do Sul, no período de maio de 2005 a agosto de 2006. Foram Incluídas crianças com idade entre 1 e 36 meses, submetidas à ventilação mecânica por mais de 12 horas, que utilizaram morfina e midazolam em infusão contínua. Foram divididas em dois grupos: clonidina (5 µg/kg) e placebo, associados à infusão de morfina e midazolam. As doses dos sedativos em infusão contínua foram definidas pelos médicos assistentes. Diariamente foram registradas as doses de sedativos administradas nas 24 horas, assim como as doses intermitentes e aplicado o escore de Finnegan para definir e quantificar abstinência. Os grupos foram comparados quanto às doses de sedativos administradas, tempo de uso de infusão contínua, presença e duração da abstinência. RESULTADOS: Foram incluídas 69 crianças (31 no grupo clonidina e 38 no placebo). Os grupos foram semelhantes nas características gerais (peso, idade, sexo, indicação de ventilação mecânica). Ambos os grupos utilizaram altas doses cumulativas de sedativos, tanto em infusão contínua quanto intermitente. Completaram o estudo 59 pacientes, 25 no grupo clonidina e 34 no placebo. Em ambos os grupos a prevalência da abstinência foi semelhante (72% e 75%, respectivamente), sem diferença na sua duração e no tempo de ventilação mecânica. CONCLUSÕES: Em crianças submetidas à ventilação mecânica que utilizaram altas doses de opióides e diazepínicos, a adição de clonidina não promoveu redução nas doses diárias ou cumulativas de sedativos, não influiu na prevalência ou na evolução da abstinência.