Você pesquisou por:"Janaína Feijó"
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Rev Bras Ter Intensiva. 2009;21(2):113-123
DOI 10.1590/S0103-507X2009000200001
OBJETIVO: Avaliar o impacto da aplicação de uma política institucional para detecção da sepse grave ou choque séptico. MÉTODOS: Estudo antes (fase I)/depois (fase II) com coleta prospectiva de dados em hospital público de 195 leitos. Fase I: Pacientes com sepse grave ou choque séptico foram incluídos consecutivamente durante 15 meses e tratados conforme diretrizes da Campanha Sobrevivendo à Sepse. Fase II: Nos 10 meses subseqüentes, pacientes com sepse grave ou choque séptico foram arrolados a partir da busca ativa de sinais sugestivos de infecção nos pacientes internados. As duas fases foram comparadas entre si no que diz respeito às variáveis demográficas, tempo necessário para reconhecimento de pelo menos dois sinais sugestivos de infecção (Δt-SSI), aderência aos pacotes de 6 e 24 horas, e mortalidade. RESULTADOS: Foram identificados 124 pacientes com sepse grave ou choque séptico, 68 na fase I e 56 na fase II. As variáveis demográficas foram semelhantes nas fases. O Δt-SSI foi de 34 ± 54 horas na fase I e 7 ± 8,4 horas na fase II (p < 0,001). Não houve diferença na aderência aos pacotes de tratamento. Paralelamente, observou-se redução significativa das taxas de mortalidade ao 28º dia (54,4% na fase I versus 30% na fase II; p < 0,02) e hospitalar (67,6% na fase I versus 41% na fase II; p < 0,003). CONCLUSÃO: A estratégia utilizada contribuiu para a identificação antecipada do risco de sepse e resultou em diminuição da mortalidade associada à sepse grave e ao choque séptico.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2010;22(3):213-219
DOI 10.1590/S0103-507X2010000300001
OBJETIVO: Analisar o impacto econômico de um protocolo de detecção precoce de sepse em dois hospitais gerais. MÉTODOS: Analisamos os dados colhidos em um estudo prospectivo em pacientes sépticos antes e após a implantação do protocolo de detecção precoce de sepse grave. Realizamos uma análise de custo-efetividade comparando: taxa de mortalidade, custo do tratamento da sepse e custos indiretos atribuídos a anos de vida produtiva perdidos por óbito prematuro em ambas as fases. RESULTADOS: Foram incluídos 217 pacientes, 102 na Fase I e 115 na Fase II. Após a implantação do protocolo, em hospital privado e em hospital público, as taxas de mortalidade caíram de 50% para 32,2%, e de 68,6% para 41% (p<0,05). A média de anos de vida produtiva perdida devida a sepse caiu de 3,18 para 0,80 e de 9,81 para 4,65 (p<0,05) com um ganho médio de 2,38 e 5,16 anos de vida produtiva para cada paciente séptico. Considerando o produto interno bruto per capita do Brasil, a estimativa de produtividade perdida devida a sepse caiu entre 3,2 e 9,7 bilhões de dólares americanos, variando com base na incidência de sepse. Os custos hospitalares foram similares em ambas as fases. CONCLUSÃO: Um protocolo para detecção e tratamento precoce em pacientes hospitalizados com sepse é altamente custo-efetiva do ponto de vista social.