Você pesquisou por:"Graciele Sbruzzi"
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Crit Care Sci. 2024;36:e20240253en
DOI 10.62675/2965-2774.20240253-pt
Identificar a influência da obesidade na mortalidade, no tempo de desmame da ventilação mecânica e na mobilidade na alta da unidade de terapia intensiva em pacientes com COVID-19.
Trata-se de estudo de coorte retrospectivo realizado entre março e agosto de 2020. Foram incluídos todos os pacientes adultos internados na unidade de terapia intensiva com necessidade de suporte ventilatório e diagnosticados com COVID-19. Os desfechos incluíram mortalidade, duração da ventilação mecânica e mobilidade na alta da unidade de terapia intensiva.
Identificamos 429 pacientes, dos quais 36,6% estavam acima do peso e 43,8% eram obesos. Em comparação com os pacientes com índice de massa corporal normal, os pacientes com sobrepeso e obesidade apresentaram menor mortalidade (p = 0,002) e maior sobrevida na unidade de terapia intensiva (log-rank p < 0,001). Em comparação com pacientes com índice de massa corporal normal, aqueles com sobrepeso tiveram risco 36% menor de morte (p = 0,04), enquanto os pacientes com obesidade apresentaram risco 23% menor (p < 0,001). Não houve associação entre obesidade e duração da ventilação mecânica. O nível de mobilidade na alta da unidade de terapia intensiva não diferiu entre os grupos e apresentou correlação inversa moderada com o tempo de internação na unidade de terapia intensiva (r = -0,461; p < 0,001).
Os pacientes com sobrepeso e obesidade tiveram menor mortalidade e maior tempo de sobrevida na unidade de terapia intensiva. A duração da ventilação mecânica e o nível de mobilidade na alta da unidade de terapia intensiva não diferiram entre os grupos.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2018;30(2):219-225
DOI 10.5935/0103-507X.20180036
Revisar as evidências sobre segurança da eletroestimulação neuromuscular quando utilizada em unidade de terapia intensiva.
Revisão sistemática, sendo a busca realizada nas bases de dados MEDLINE (acessado via PubMed), PEDro, Cochrane CENTRAL e EMBASE, além de busca manual de referências em estudos randomizados. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados que comparassem aplicação da eletroestimulação neuromuscular com grupo controle ou placebo em unidades de terapia intensiva, e que contivessem informações sobre segurança da técnica nos desfechos, sendo considerado como segurança dados de variáveis hemodinâmicas e informações sobre efeitos adversos.
Os artigos foram analisados por dois revisores independentes, e a análise dos dados foi descritiva. A busca inicial encontrou 1.533 artigos; destes, foram incluídos somente 4 ensaios clínicos randomizados. Dois estudos avaliaram segurança por meio das variáveis hemodinâmicas, e somente um deles mostrou aumento nas frequências cardíacas, respiratória e lactato, porém sem relevância clínica. Os outros dois estudos avaliaram a segurança por meio do relato de efeitos adversos; um expôs que 15% dos pacientes apresentaram sensação de picada, sem alteração clinicamente relevante; o outro relatou apenas que um paciente sofreu queimadura superficial por configuração incorreta dos parâmetros.
A eletroestimulação neuromuscular é uma técnica segura para ser aplicada em pacientes graves, porém deve ser aplicada por profissional treinado e utilizando parâmetros corretos, baseados em evidências.