Você pesquisou por:"Arthur Oswaldo de Abreu Vianna"
Encontramos (2) resultados para a sua busca.Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2009;21(2):226-230
DOI 10.1590/S0103-507X2009000200017
O cateter de artéria pulmonar é frequentemente usado na monitorização de pacientes durante o transplante hepático. O advento de métodos menos invasivos para estimar o débito cardíaco e a pressão de oclusão da artéria pulmonar, aliado ao fracasso de estudos randomizados em demonstrar redução da mortalidade com o uso do cateter de artéria pulmonar, reduziu sua aplicabilidade. A ruptura de artéria pulmonar pelo uso do cateter de artéria pulmonar é complicação rara, porém grave. Objetivamos relatar a ruptura de artéria pulmonar como complicação do cateter de artéria pulmonar, revendo a abordagem clínica e discutindo a monitorização hemodinâmica com o cateter de artéria pulmonar no transplante hepático. Paciente do sexo feminino, 56 anos, portadora de vírus da hepatite C e cirrose (escore MELD 26), apresentou quadro de encefalopatia hepática. Foi realizado transplante hepático sob monitorização invasiva com cateter de artéria pulmonar. Nas primeiras 24 horas pós-operatórias apresentou instabilidade hemodinâmica, queda do hematócrito e parada cárdio-respiratória. Após a ressuscitação cárdio-pulmonar, foi solicitado um ecocardiograma trans-torácico que evidenciou hemopericárdio. Mesmo após a pericardiocentese a paciente evoluiu com hemopericárdio recidivo. A angiografia pulmonar não evidenciou lesões e o diagnóstico de ruptura de artéria pulmonar só foi feito através da esternotomia exploratória. As complicações pelo uso do cateter de artéria pulmonar são infrequentes, entretanto associadas a grande morbimortalidade. A redução do uso do cateter de artéria pulmonar diminuiu as complicações em diversas situações clínicas, entretanto o risco-benefício do uso do cateter de artéria pulmonar para transplante de fígado não é conhecido. Novos estudos comparando o cateter de artéria pulmonar a métodos não invasivos da avaliação da pressão de oclusão da artéria pulmonar devem ser realizados no transplante hepático.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2008;20(3):313-317
DOI 10.1590/S0103-507X2008000300015
O manuseio anestésico de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica grave é extensamente discutido devido ao elevado número de complicações destes pacientes, quando submetidos à procedimentos cirúrgicos de médio e grande porte. O objetivo deste estudo foi relatar um caso de paciente idoso portador de doença pulmonar obstrutiva crônica grave e coronariopatia, submetido a artroplastia de quadril sob anestesia espinhal e suporte intra-operatório de ventilação mecânica não-invasiva - bilevel positive airway pressure.. Paciente do sexo masculino, 81 anos, doença pulmonar obstrutiva crônica grave (GOLD 4), submetido à artroplastia de quadril devido à fratura de fêmur sob anestesia espinhal e suporte intra-operatório de ventilação mecânica não invasiva - bilevel positive airway pressure, sob parâmetros de pressão expiratória de 7 cmH2O, pressão inspiratória 15 cmH2O e fluxo de O2 de 3 L/min. Apresentou um episódio de broncoespasmo, revertido farmacologicamente, sem apresentar complicações no pós-operatório. A combinação de técnica anestésica regional com ventilação mecânica não-invasiva é de fácil aplicação e pode ser útil no intraoperatório destes pacientes de alto risco anestésico. A interação entre a equipe clínica, cirúrgica e de anestesia propiciou benefícios e reduz a morbimortalidade associada a procedimentos de grande porte em pacientes graves.