Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2007;19(4):499-503
DOI 10.1590/S0103-507X2007000400017
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A síndrome de esmagamento é descrita como um conjunto de manifestações sistêmicas resultantes da lesão à célula muscular devida a pressão ou esmagamento. O fator de inibição da migração de macrófagos (MIF) é uma citocina multifuncional envolvida em amplo espectro de eventos patológicos relevantes para o sistema imune. A interleucina-6 (IL-6) é uma citocina pró-inflamatória envolvida nas fases precoces da resposta inflamatória por trauma e no desenvolvimento das fases precoce e tardia da disfunção orgânica múltipla (MODS). Há poucos estudos publicados sobre o perfil de citocinas na síndrome de esmagamento (SE). O objetivo deste trabalho foi relatar quatro casos de SE, avaliando os níveis séricos de MIF e IL-6 nestes pacientes e sua correlação com a gravidade. RELATO DOS CASOS: Foram estudados quatro pacientes internados no centro de terapia intensiva (CTI) do Hospital Central do Exército (HCE) com história de trauma que desenvolveram síndrome de esmagamento. O escore APACHE II foi realizado em cada paciente nas primeiras 24 horas de admissão no CTI. Foram coletadas amostras diárias de soro de cada um durante seis dias consecutivos e o escore SOFA foi aferido diariamente. Foram dosados no soro a creatinoquinase (CK) e as citocinas MIF e IL-6. Os dados foram analisados. CONCLUSÕES: Variações observadas nos níveis de CK foram acompanhadas por alterações nos níveis das citocinas inflamatórias bem como do escore SOFA, sugerindo interdependência entre essas variáveis. Estudos anteriores já haviam demonstrado resultado semelhante. Embora o emprego de citocinas como indicadores de gravidade no trauma possa ser assunto de interesse, há necessidade de estudos com amostragem maior para validar esta observação.
Resumo
Rev Bras Ter Intensiva. 2007;19(4):504-508
DOI 10.1590/S0103-507X2007000400018
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Fibrose pleural idiopática é uma doença rara e pode afetar ambos pulmões já desde uma idade precoce. O achado mais comum na fibrose pleural idiopática é uma restrição pulmonar grave que pode levar a um quadro de falência respiratória e hipoxemia. RELATO DO CASO: Paciente do sexo masculino, 26 anos, internado com reagudização de insuficiência respiratória crônica e submetido à ventilação mecânica prolongada. Após intensa investigação e uma apresentação clínica atípica, foi estabelecido o diagnóstico de fibrose pleural idiopática associado à fibrose pulmonar. CONCLUSÕES: O prognóstico de pacientes com fibrose pleural idiopática é extremamente ruim, particularmente em fase avançada da doença. Recomenda-se o tratamento precoce com corticosteróides ou decorticação pleural cirúrgica.