Uso da hiperinsuflação manual combinada com pressão expiratória positiva e compressão torácica é seguro durante o choque séptico estável: um estudo clínico randomizado - Critical Care Science (CCS)

Uso da hiperinsuflação manual combinada com pressão expiratória positiva e compressão torácica é seguro durante o choque séptico estável: um estudo clínico randomizado

RESUMO

Objetivo:

Avaliar os efeitos de manobras de hiperinsuflação manual combinadas com pressão expiratória positiva associadas com técnicas padrão de compressão manual do tórax, com relação à segurança, à hemodinâmica e à oxigenação em pacientes com choque séptico estável.

Delineamento:

Este foi um estudo com dois grupos paralelos, randomizado e com avaliador cego. Um pesquisador independente preparou uma lista de randomização gerada por computador para alocação dos tratamentos.

Local:

Unidade de terapia intensiva do Hospital São Lucas, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

Participantes:

Foram avaliados 52 indivíduos quanto à elegibilidade e, destes, 32 pacientes foram incluídos no estudo. Todos os indivíduos incluídos (n = 32) receberam a intervenção alocada (n = 19 para o Grupo Experimental e n = 13 para o Grupo Controle).

Intervenção:

Vinte minutos de manobras de hiperinsuflação manual combinadas com pressão expiratória positiva associadas com técnicas padrão de compressão manual do tórax (Grupo Experimental) ou compressão do tórax, conforme o uso rotineiro de nossa unidade de terapia intensiva (Grupo Controle). Foi realizado seguimento imediatamente após e 30 minutos após a intervenção.

Principal métrica de desfecho:

Pressão arterial média.

Resultados:

Todos os indivíduos inscritos concluíram o estudo (n = 32). Não identificamos efeitos relevantes na pressão arterial média (p = 0,17), frequência cardíaca (p = 0,50) ou pressão média da artéria pulmonar (p = 0,89) após ajuste quanto à idade e ao peso do participante. Após ajuste dos dados, ambos os grupos foram idênticos com relação ao consumo de oxigênio (p = 0,84). A saturação periférica de oxigênio tendeu a aumentar com o tempo em ambos os grupos (p = 0,05), e não ocorreu associação significante entre o débito cardíaco e a saturação venosa de oxigênio (p = 0,813). Não se observou deterioração clínica.

Conclusão:

Uma única sessão de manobras de hiperinsuflação manual combinadas com pressão expiratória positiva associadas com técnicas padrão de compressão manual do tórax é hemodinamicamente segura em curto prazo para pacientes com choque séptico estável.

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