Relação da hiperemia reativa pós-oclusiva avaliada pelo índice de perfusão pletismográfico com a depuração do lactato: uma nova peça no quebra-cabeça não resolvido da perfusão e da oxigenação dos tecidos no choque séptico - Critical Care Science (CCS)

Editorial

Relação da hiperemia reativa pós-oclusiva avaliada pelo índice de perfusão pletismográfico com a depuração do lactato: uma nova peça no quebra-cabeça não resolvido da perfusão e da oxigenação dos tecidos no choque séptico

Crit Care Sci. 2023;35(2):115-116

DOI: 10.5935/2965-2774.2023.Edit-2.v35n2-pt

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O choque séptico comumente caracteriza-se pela falta de coerência entre a hemodinâmica sistêmica e a microcirculação.() A otimização das variáveis cardiovasculares sistêmicas frequentemente não consegue melhorar o resultado dos pacientes com sepse. Como o objetivo final da ressuscitação deve ser a normalização da perfusão e a oxigenação dos tecidos, há um interesse crescente no monitoramento do fluxo microvascular. Infelizmente, poucas ferramentas para esse objetivo estão disponíveis na clínica.

As alterações na perfusão cutânea são manifestações típicas de todo tipo de choque. Embora métodos sofisticados possam ser usados para o estudo de distúrbios microcirculatórios da pele, a avaliação clínica ainda é uma abordagem fundamental.() A presença de máculas e sua gravidade estão fortemente associadas à mortalidade em pacientes com choque.() O tempo de reenchimento capilar também é um método útil, barato e universalmente acessível. Ele fornece informações prognósticas relevantes e pode orientar com sucesso a ressuscitação de pacientes com choque séptico.() O problema é que a medição do tempo de reenchimento capilar é pouco reprodutível. Mesmo após cuidadosa padronização e treinamento, a variabilidade inter e intraobservador do método é grande.() O tempo de reenchimento capilar muda de acordo com a temperatura ambiente, a idade, o sexo e as características da pele.() Outra ferramenta valiosa para a avaliação da perfusão cutânea é o índice de perfusão (IP), que é derivado da análise da forma de onda do pletismógrafo do oxímetro de pulso.() O IP é a razão entre o componente pulsátil (compartimento arterial) e o não pulsátil (sangue venoso e capilar) da luz que atinge o detector do oxímetro de pulso. Assim, a redução do componente pulsátil pela vasoconstrição periférica diminui a proporção e, portanto, o IP. Em voluntários saudáveis, os valores do IP têm distribuição altamente distorcida e variam de 0,3 a 10,0. No entanto, o IP está correlacionado com a diferença de temperatura entre o núcleo e os pés. Em pacientes gravemente doentes, um valor de IP abaixo de 1,4 reflete a presença de perfusão periférica deficiente.() O IP pode ser usado para a avaliação da responsividade a fluidos durante uma manobra de elevação passiva das pernas.() Além disso, a resposta dinâmica do IP a um teste de oclusão vascular (TOV) permite o estudo da hiperemia reativa, que é a capacidade de recrutar a microcirculação após um desafio isquêmico.

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