Realizar um inquérito nacional com profissionais de terapia intensiva para determinar as práticas de promoção do sono em unidades de terapia intensiva para adultos no Brasil, e descrever suas percepções sobre a importância do sono para os pacientes.
Um questionário eletrônico foi distribuído pela rede de cooperação em pesquisa clínica da Associação de Medicina Intensiva Brasileira aos médicos e enfermeiros registrados na associação e pela Brazilian Research in Intensive Care Network. O questionário avaliou o perfil dos respondedores, de suas unidades de terapia intensiva, se estavam presentes protocolos de promoção do sono, quais as medidas farmacológicas e não farmacológicas usualmente empregadas na unidade e a percepção dos profissionais em relação ao sono nos pacientes críticos.
Foram avaliados 118 questionários. A Região Sudeste foi a mais representada (50 questionários; 42,4%). A maioria apresentava perfil clínico-cirúrgico (93 questionários; 78,8%) e 26 possuíam política de visita contínua (22,0%). Apenas 18 unidades de terapia intensiva (15,3%) referiram apresentar protocolos de promoção do sono. A medida mais citada para promoção de sono foi a redução da luminosidade no período noturno (95 questionários; 80,5%), sendo mais executada em unidades de terapia intensiva privadas. Quase a totalidade dos respondedores (99%) acreditou que o sono com qualidade ruim tinha impacto negativo na recuperação do paciente.
Nas respostas deste inquérito brasileiro, poucas unidades apresentaram um programa de promoção de sono na unidade de terapia intensiva, embora a quase totalidade dos participantes reconhecesse a importância do sono na recuperação do paciente.
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