Por que não devemos usar o APACHE II como parâmetro para avaliação de desempenho e comparação? - Critical Care Science (CCS)

Por que não devemos usar o APACHE II como parâmetro para avaliação de desempenho e comparação?

Rev Bras Ter Intensiva. 2017;29(3):268-270

DOI: 10.5935/0103-507X.20170043

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O Acute Physiology and Chronic Health Evaluation (APACHE) é o escore de avaliação de gravidade de doença mais utilizado nas unidades de terapia intensivas (UTI) de adultos. Os escores APACHE utilizam dados clínicos, fisiológicos e laboratoriais observados na admissão e durante as primeiras 24 horas de internação na UT para estimar a gravidade da doença aguda para um dado paciente, por meio de um escore em pontos e a respectiva probabilidade de óbito hospitalar. Embora os escores de gravidade de doença, inclusive o escore APACHE, não devam ser utilizados para guiar tomadas de decisão em pacientes individuais, eles são úteis para caracterizar pacientes em estudos clínicos, avaliar o desempenho da UTI e fins de comparação (benchmarking) em caso em que são necessárias correções quanto à mescla de casos.()

A primeira versão do APACHE data do início da década de 1980.() No entanto, o APACHE I era demasiadamente complexo e consumia muito tempo para poder ser usado na rotina da UTI. O escore APACHE II foi apresentado há mais de 35 anos, em 1985, e utilizava os dados de 5.815 pacientes internados entre 1979 e 1982 em 13 hospitais dos Estados Unidos.() O número de variáveis foi reduzido de 34 para 12, e foram fornecidos 50 grupos de diagnósticos à admissão para melhorar a precisão da predição do desfecho. O APACHE II foi rapidamente adotado pelas UTI em todo o mundo, e é hoje o escore mais utilizado em ensaios clínicos. O escore APACHE III foi publicado em 1991 com uso dos dados de 17.440 pacientes internados em 40 hospitais dos Estados Unidos.() Utilizaram-se estratégias de modelagem estatística mais sofisticadas, e se expandiram os números de grupos de diagnósticos à internação e de variáveis fisiológicas.

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