Lemos com entusiasmo o artigo de Dominguez-Rojas et al. sobre um menino de 9 anos com histórico de 3 dias de infecção gastrintestinal submetido à cirurgia exploratória de abdômen agudo, a qual não se revelou informativa.() No pós-operatório, o paciente desenvolveu pneumonia, que requereu ventilação mecânica.() Após a extubação, o paciente foi diagnosticado com síndrome inflamatória multissistêmica infantil devido à presença elevada de anticorpos de imunoglobulinas G (IgG) do coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2) e com síndrome da encefalopatia reversível posterior (PRES – posterior reversible encephalopathy syndrome), considerada causalmente relacionada ao SARS-CoV-2.() O estudo é interessante, embora com limitações que suscitam dúvidas as quais devem ser amplamente discutidas.
A principal limitação do estudo reside na associação causal entre PRES e SARS-CoV-2 mantendo-se, no entanto, o diagnóstico sem confirmação. O paciente zero testou negativo para SARS-CoV-2 por reação em cadeia da polimerase (PCR). Apenas os anticorpos IgG estavam elevados. O paciente não foi testado para SARS-CoV-2 por PCR em secreções brônquicas durante a ventilação mecânica.() Não se determinaram os níveis de citocinas ou quimiocinas séricas. Dado que o IgG anti-SARS-CoV-2 pode persistir durante meses,() é bastante especulativa a relação causal entre PRES e COVID-19.
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Lemos com entusiasmo o artigo de Dominguez-Rojas et al. sobre um menino de 9 anos com histórico de 3 dias de infecção gastrintestinal submetido à cirurgia exploratória de abdômen agudo, a qual não se revelou informativa.() No pós-operatório, o paciente desenvolveu pneumonia, que requereu ventilação mecânica.() Após a extubação, o paciente foi diagnosticado com síndrome inflamatória multissistêmica infantil devido à presença elevada de anticorpos de imunoglobulinas G (IgG) do coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2) e com síndrome da encefalopatia reversível posterior (PRES - posterior reversible encephalopathy syndrome), considerada causalmente relacionada ao SARS-CoV-2.() O estudo é interessante, embora com limitações que suscitam dúvidas as quais devem ser amplamente discutidas.
A principal limitação do estudo reside na associação causal entre PRES e SARS-CoV-2 mantendo-se, no entanto, o diagnóstico sem confirmação. O paciente zero testou negativo para SARS-CoV-2 por reação em cadeia da polimerase (PCR). Apenas os anticorpos IgG estavam elevados. O paciente não foi testado para SARS-CoV-2 por PCR em secreções brônquicas durante a ventilação mecânica.() Não se determinaram os níveis de citocinas ou quimiocinas séricas. Dado que o IgG anti-SARS-CoV-2 pode persistir durante meses,() é bastante especulativa a relação causal entre PRES e COVID-19.
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